Prepare o túmulo e compre o caixão.

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Capítulo 29 | Dean / João Lucas / Liz

Dean

- Você..?

- Olá Medeiro, vim buscar a Luíza! - digo direto e sem rodeios desnecessários. - Avise à ela que estou aqui!

- Entre por favor! - gesticula.

Entro e dois, três passos depois, me volto para ele.

- Como soube que Liz está aqui?

- Melany me ligou dizendo que vocês tomaram um táxi depois que o pneu do carro da Luíza furou.

- É verdade. - afirmou desconfortável.

- Sabemos que isso não é verdade. - digo estudando - o.

- Mel pensa que estou mentindo?

- Não... ela acreditou na mentira, não se preocupe. - digo irônico.

- Não é mentira, porque pensa isso?

- Perguntei ao seu porteiro, ele os viu chegar em seu carro agora a pouco.

- Você fez perguntas ao meu porteiro? Porque?

- Sou responsável tanto por Melany quanto por Luíza, e assim sendo... tenho que cuidar delas.

- Filho... algum problema?

Ouço uma voz feminina vindo da escada. Olho a tempo de ver uma senhora muito elegante descer os degraus, ela tem uma enorme semelhança com Medeiro.

- Está tudo bem mamãe. - assim confirmo minhas suspeitas.

- Já nos conhecemos? - pergunta ao se aproximar.

- Acredito que não senhora. - estendo a mão e ela coloca a sua na minha. - É um prazer conhecê-la, sou Dean Lautner!

- Igualmente meu jovem, sou Laura Medeiro! Como pode ver, sou mãe do Lucas. - sorrir. - Imagino que sua visita a essa hora tenha um motivo muito importante. - soltamos as mãos.

- Me perdoe por incomoda - los, vim por Luíza.

- Ah... você se refere à nossa bela hóspede?

- Sim... a irmã dela está muito preocupada.

- Eu também estaria... uma garota tão jovem não deveria beber tanto. Os pais dela deveriam dar um belo sermão nela!

- Luiza está bêbada? - pergunto olhando para Medeiro. - Como assim?

- Bom... - a senhora olhou de mim para seu filho.

Pela confusão em seus olhos era claro que ela se desculpava por falar mais do que deveria.

- Mamãe, por favor vá para seu apartamento. Amanhã conversaremos. - ele pediu.

- Mas filho...

- Vá descansar... não se preocupe! Te vejo pela manhã. - diz em tom carinhoso.

Ela parece relutante, mas por fim concorda.

- Até mais tarde meu filho. - beija seu rosto.

- Até mãe. - retribui o gesto.

Aquela cena me trás lembranças da minha própria mãe. Não tinha palavras para definir a falta que ela fazia em minha vida. Jogo a lembrança para um canto da minha cabeça, não tinha tempo para isso agora.

Depois de se despedir, a senhora Medeiro vai embora, acredito que ela mora neste mesmo prédio.

- Que história é essa de que Luíza está dormindo bêbada? - digo irado, mas mantenho o tom de voz ameno.

A Gêmea Errada - O destino nos separou (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora