A Gêmea Errada - O destino nos separou (PAUSADO)

Não Tem Perdão

Capitulo 57 | Liz / Dean

Recosto a cabeça no banco do carro e olho pra fora através da janela. João Lucas não insistiu com novas perguntas sobre o ocorrido e me senti grata por isso. Não queria conversar, não era um bom momento.

"Nunca mais se refira á mim e ao meu filho assim novamente." – fecho os olhos com o som da tapa que seguiu minhas palavras.

Toco a palma da mão e ainda posso sentir o formigamento causado pelo gesto impensado. – Abro os olhos tomada pela raiva ao me lembrar do motivo pelo qual havia batido nela. – Trinco a mandíbula e fecho a mão em punho. – Rebeca é um ser inescrupuloso, capaz de tudo. Até mesmo atingir um pobre inocente sem pensar no mal que o seu ato insano irá causar.

Acaricio minha barriga com todo amor do mundo. - Não vou permitir que ela se aproxime de você meu bebê. Sou capaz de tudo pra te defender! – Penso sentindo uma força inexplicável dentro de mim. - Eu nunca mais serei a mesma. Todos os meus medos, com exceção de te perder filho, foram embora. – Penso ao mesmo tempo que sinto um amor que não cabe em adjetivos nem expressões.

O gesto atrai a atenção de João Lucas que dirige em silencio ao lado. Ele me olha e em seguida desce o olhar para minhas mãos sobre o ventre. Concentrado ele volta à atenção para o volante. O bebê mexe e eu exclamo surpresa.

- Algum problema? – pergunta em alerta.

- O bebê mexeu. – ri.

Sem desviar a atenção do trânsito ele pergunta:

- Posso? – e me estende a mão direita.

Ele não espera pela resposta e põe a mão espalmada sobre minha barriga. O Bebê chuta e ele fica maravilhado.

- Acho que ele, ou ela, te reconheceu. – comento sorrindo.

- Você acredita nisso? – sorrir.

- Claro que sim! Ele está sempre ouvindo a voz do titio Lucas... – digo olhando para baixo.

Ao me ouvir ele retira sua mão e põe de volta ao volante. O clima fica estranho e o silêncio paira no ar. Me sinto triste, de alguma forma eu sentia que magoava os sentimentos dele. Recosto-me outra vez no assento do carro voltando á minha posição anterior. minutos depois ouço João Lucas quebrar o silêncio:

- Não quero te assustar... – olho para ele imediatamente. – Mas estamos sendo seguidos.

- O que?! – exclamo de olhos arregalados.

Ele olha através do espelho retrovisor. Me viro no banco e olho para traz por cima do ombro.

- Dean... – estremeço num misto de alivio e nervosismo.

- Tem certeza? – fito-o assentindo.

João Lucas diminui a velocidade e estaciona. Dean faz o mesmo parando logo atrás. Ele desce do carro e vem em nossa direção. João Lucas sai do carro e eu faço o mesmo. Dean me olha do outro lado do carro com extrema decepção. Vou ao seu encontro.

- Dean...

- Entra no carro. – diz duro me interrompendo.

- Eu...

- Entra no carro agora! – aponta para o automóvel atrás de si enquanto anda até João Lucas. - Eu sabia que não deveria confiar em você! – diz dando um soco no rosto do outro com o punho direito.

- Dean! – grito em choque ao ver que ele o tinha socado.

Eu não ouvia mais nada, exceto as batidas do meu coração e o som da minha respiração saindo em sopros.