Amável estranho

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Capítulo 17 | Liz

O estranho veio em nossa direção. Eu apenas olhava para ele surpresa por vê-lo ali diante de mim no corredor do hospital.

Ele parou diante de nós, só agora pude prestar atenção em seus traços faciais, seus olhos eram azuis, como não percebi antes?

Ele tinha uma mandíbula bem marcada, o queixo quadrado com um leve furinho dando-lhe um ar sexy, a barba estava aparada, o nariz era fino e bem desenhado. Seus cabelos fartos eram castanhos e continham alguns fios mais claros, estavam penteados para trás de forma elegante.

"Esse homem é muito bonito". - pensei impressionada.

Vestia um terno azul-escuro com uma camisa branca e uma gravata também na cor azul, a julgar pelo carro que dirigi e a forma como se veste... Ele deve ser um homem bem sucedido financeiramente.

- Olá doutor! - ele estendeu a mão na direção do médico, o senhor Monteiro. - Como ela está?

Ele perguntou como se eu não esteve-se ali de pé diante dele, como se não pudesse perguntar diretamente pra mim.

- Não se preocupe, ela está bem! - o médico sorriu-lhe. - Como pode ver... - o médico virou para mim e completou com bom humor. - Sua namorada está bem!

Olhei do médico para o estranho com olhos arregalados, pelo que vi ele também estava sem graça pela confusão.

- Não, não somos namorados doutor! - respondi vermelha de vergonha.

- Ah, não? - o médico pareceu confuso. - Pensei que eram já que fiquei sabendo que tinha alguém muito nervoso na recepção. - olhou para o estranho sorrindo.

- Não somos namorados, mais fico feliz de saber que ela está bem! - sorriu.

- Então o que vocês são? - perguntou o médico.

- Basicamente... ele é a vítima, já que bati no carro dele! - respondi sem jeito.

- Mais isso agora é o de menos, o que importa é que você está bem! - ele disse me encarando de forma intensa.

Devo ter batido a cabeça mais forte do que imaginava, porque estou vendo coisas. Só pode ser fruto da minha imaginação... Ele está me encarando? - pensei comigo mesma.

O médico pigarreou chamando nossa atenção. Olhamos para ele no mesmo instante.

- Bom... - ele parecia se divertir. - Luiza agora pode ir pra casa, está tudo bem e já receitei alguns comprimidos para a dor de cabeça que você possa vir a sentir.

- Obrigada doutor! - agradeci.

- Não foi nada, se cuida! - ele respondeu.

- Obrigada doutor. - o estranho estendeu a mão e eles trocaram um cumprimento novamente.

*********

Fomos direto para o estacionamento do hospital, parei quando chegamos ao seu carro. Virei para ele do meu lado esquerdo.

- Obrigado por tudo o que fez por mim. - olhei direto nos seus olhos. - Foi muito gentil de sua parte me ajudar depois do que aconteceu.

- Já está se despedindo de mim? - deu um sorriso de lado.

- É o melhor... Você pode me dar seu cartão? Assim posso entrar em contato com você para pagar o prejuízo do seu carro. - olhei para o carro estacionado dois passos á nossa frente.

Eu não entendia sobre carro, mais reconhecia o bom gosto naquele. O carro era branco, grande e luxuoso. Carro e dono combinavam perfeitamente.

- Eu não fiz mais do que minha obrigação, eu acredito que você não fez por mal. - disse me olhando. - Você não me parece ser uma garota imprudente, que pega o carro e sai por aí sem responsabilidade.

A Gêmea Errada - O destino nos separou (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora