Esqueça-me

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Capitulo 18 | Dean

Luiza e o desconhecido desceram do carro e vieram na minha direção, nem por um segundo ela desviou seus olhos dos meus. Estava visivelmente sem jeito.

- Dean... O que... O que faz aqui? - perguntou ao se aproximar. - Porque a polícia está aqui?

O alívio que senti ao vê-la bem deu espaço a uma raiva que eu não imaginava que poderia sentir. Vê-la naquele carro sorrindo para um completo estranho despertou em mim um lado totalmente possessivo, o qual eu não fazia ideia que existia.

- Onde você estava? - eu tentei me controlar, mas foi impossível não falar com tanta frieza como falei.

- O que você faz aqui? - ela perguntou ignorando minha pergunta.

- Sua irmã me ligou depois que recebeu uma ligação da polícia falando que encontraram um dos carros de seu pai abandonado. O carro da descrição era o mesmo carro que você havia pego mais cedo. - coloquei as mãos no bolso lembrando como quase pirei quando Melany me disso aquilo. - Dá pra imaginar como sua irmã está, não é mesmo?

Ela ficou pálida no mesmo instante. Queria abraçá-la, sentir o calor do seu corpo contra o meu, mas ao mesmo tempo queria dar umas palmas em seu traseiro por nos dar um susto daquele tamanho.

- Melany deve está muito preocupada... - ela olhou para o chão tensa.

- Não faz ideia do quanto. - disse sério.

- Meu pai sabe disso? - me fitou com olhos arregalados.

- Não, eu pedi para que Melany não falasse nada até que eu soubesse como você estava. - a tranquilizei.

- Obrigado, não quero que ele se preocupe, eu estou bem!

O vento balançou seus cabelos, me trazendo seu doce cheiro de morango.

- Senhorita Simmons? - olhamos todos para o policial que se aproximou.

- Pois não? - respondeu.

- Esse carro pertence à senhorita, correto? - ele apontou para o Porsche vermelho com a dianteira amassada.

- Sim, senhor!

- O que aconteceu aqui? - perguntou pegando um bloco de notas.

- Bom... Eu... - ela começou.

- Ela bateu em meu carro policial, mas a culpa foi minha... - o imbecil interveio. - Eu diminui a velocidade e não me dei conta que vinha um carro logo atrás, no caso o carro da senhorita Luiza.

Olhei para Luiza que parecia aliviada pela ajuda nas explicações. Porém algo me dizia que as coisas não tinham acontecido exatamente como eles estavam relatando.

- Por qual motivo abandonaram o carro? - o policial argumentou com lógica.

- O carro não foi abandonado. O que houve foi que a senhorita Luiza precisou de atendimento médico, acabamos de vir do hospital.

- O que?! - perguntei interrompendo. - Está machucada Luiza?

Fui até ela em dois passos, procurei por algum ferimento aparente e não encontrei nada.

- Eu bati com a cabeça no volante do carro, mas está tudo bem comigo. - ela respondeu dando dois passos para trás. - João Lucas foi muito atencioso e me levou ao hospital. - virou para o policial. - Foi por isso que deixamos o carro policial, só agora a pouco saí do hospital, depois de alguns exames fui enfim liberada. O carro não foi abandonado.

- Então está tudo bem com à senhorita? - ele perguntou.

- Sim policial, estou bem! - ela deu um sorriso amarelo.

A Gêmea Errada - O destino nos separou (PAUSADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora