Dedico esse livro a todas as pessoas que se sentem figurantes em sua vida.
Bunny Rose é uma jovem estudante do ultimo ano do colegial, que se vê presa em um triângulo amoroso entre seu melhor amigo, Adam Jones, e sua amiga, Violet. Cansada e desconf...
Meu peito borbulhava por curiosidade assim como minha mente.
Ver Peter apreensivo enquanto dirigia me fez perguntar se foi uma boa ideia ter fugido da escola. Ser mascote significava grande importância devido a torcida, e torcida era algo de extrema seriedade em nosso colégio.
E a mascote aqui, vazou.
— Você devia ter ficado. — A voz grossa de Peter quebrou o silêncio do trajeto.
— Eu não queria ficar. — Falei com sinceridade, apesar do receio que senti por sua postura fria.
— Se o Adam...— Começou.
— Se o Adam o que, Peter? Por que diabos você esta com medo dele agora? — Cruzei os braços em protesto, não fazia sentido essa implicância agora com Adam.
Ele gostava de provocar o Jones, então por que parecia com medo?
— Eu não tenho medo dele Bunny, mas não posso me meter em confusão. — Ele abaixou o tom de voz, como se não quisesse falar sobre. — Tanto faz, você vai comigo.
Quando abri minha boca para debater, ele virou todo o volante para o lado esquerdo, me fazendo bater levemente contra a porta. Ergui sobre o assento, resmungando pela brutalidade, tentei visualizar onde estávamos. Surpresa atravessou meu rosto assim que paramos próximo a um dos bairros mais perigosos da cidade, e eu não estava gostando nada disso.
A placa derrubada e enferrujada sinalizando a chegada do bairro 9 me dava arrepios. Não é que eu tinha preconceito ou algo do tipo, mas ali era um dos pontos de tráfico mais mencionados entre as pessoas, além de que a expressão apática e nada agradável da vizinhança me causava medo.
E eu vestida de coala não ajudava em nada.
Peter novamente deslizou seu palmo sobre o volante e pisou no freio, manobrando para estacionar de forma correta em uma das casas de madeiras velhas com grades desbotadas.
— Fica aqui. — Avisou, saindo do carro e fechando a porta.
Não gosto da ideia de ficar aqui dentro enquanto ele simplesmente anda por aí.
Da casa desbotada junto as grades, a porta foi aberta revelando um garoto que aparentava ter nossa idade, seus cabelos loiros e bagunçados lhe davam um charme de filho querido, mas suas tatuagens diziam outra coisa. Enquanto os olhos azuis e cansados demonstravam dias de luta, assim como suas roupas. O moletom azul e as jeans rasgadas e sujas de graxa. Ele encarou Peter com um sorriso grande no rosto, ambos deram um abraço amigável e parecia fazer questão de que Peter entrasse na casa.
Ele entrou.
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E eu continuava dentro do carro em uma das vizinhanças perigosas vestida de coala, minha perna balançava ansiosamente.
