Estrela do mar ⭐ {Parte I}

sentindo demais

**Nota: estou de volta e com atualização dupla, espero que gostem! 

Capítulo nove

⛱️

Bright permaneceu sozinho na sala por um longo tempo, a TV estava ligada de novo, mas seus olhos não se concentravam em nada. Era uma tela em branco, já que estava preso em seus pensamentos, naquele momento sendo a coisa mais interessante do mundo para se permanecer atento.

Win demorou para voltar e quando o fez viu Bright sentado com os olhos grudados na tela e lá permaneceram, enquanto Win se sentava no sofá com as mãos entre as pernas e a cabeça encostada no encosto.

- Está com sono?

O mais novo perguntou e Bright balançou a cabeça sem emitir som algum. Ele não estava mais preso em seus pensamentos, pois o motivo deles estava bem ali agora, mas ele não ousou olhá-lo. Era demais.

- A chuva passou pelo jeito.

Comentou Win e Bright percebeu que havia a intensão de começar um diálogo e claro, o tempo sempre será um bom início de conversa.

- Sim. Você está com sono?

Bright perguntou e enfim o olhou, vendo-o encarando a janela atrás dele e depois o tendo em foco e assim o olhar dos dois se encontraram. Lá estava o coração de Bright bombeando sangue para todo seu corpo e acelerando com um simples encarar-se.

- Um pouco.

- Bom, então vou deixa-lo dormir e subir.

- Você já vai dormir?

- Talvez.

Disse dando de ombros e se preparou para levantar da poltrona, pronto para sair dali o mais rápido que podia. Era demais para ele.

- Quer ajuda?

Win ofereceu e Bright paralisou seu esforço doloroso e engoliu seco. Sua boca estava terrivelmente seca e ele podia jurar que estava tão ansioso ao ponto de senti-la arranhar sempre que abria a boca para falar. Ele não queria contato agora, mas iria mesmo recusar?

- Pode ser, se não for incomodar você.

Win sorriu ladino e se levantou do sofá, estendendo a mão para Bright que a segurou e os dois se apoiaram para então Bright conseguir levantar da poltrona que estava afundado. Win passou o braço de Bright por cima de seu ombro e o braço dele por trás das costas do mais velho, fechando os dedos em sua cintura. Todo seu corpo estava ciente da mão do mais novo ali e sua pele queimou.

- Pronto?

Bright assentiu aturdido e os dois começaram a andar pelo cômodo, subiram as escadas e foram para o quarto escuro. Ao entrar no cômodo ele procurou pelo interruptor e ao tocar não teve resposta.

- Droga, será que queimou?

Perguntou e então viu Win tirar o celular do bolso e acender a lanterna, tentando em vão repetir o ato de ligar desligar o interruptor na esperança nula de que fosse ligar.

- Amanhã a gente vê isso. Vem.

Disse já puxando Bright para irem até a cama, mas só deram alguns passos e então pararam no meio do quarto aos tropeços. Havia algo no chão e Win se desequilibrou quase levando os dois ao chão mais uma vez.

Bright segurou o lábio em uma linha reta, já pensando o quanto aquilo soava patético. Era só o que faltava, os dois irem ao chão novamente por Win ser um tremendo desastrado. Novamente o mais velho foi rápido e segurou Win o trazendo-o para mais perto e os dois estavam se encarando.