eu não estou com ciúmes

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Capítulo onze 

As meninas enfim voltaram para casa e Bright sorriu ao ver Lotte entrando em seu quarto toda sorridente para lhe dar um beijo. Ame veio depois, apenas para saber se Bright estava melhor da gripe e mantendo uma distância segura, já que ela não podia ficar resfriada. O mais velho riu quando a irmã lhe disse isso e assentiu agradecendo por se preocupar. As duas tomaram banho e foram com ele para a sala esperar a pizza chegar.

Tia Jennie estava sentada na poltrona e os quatro viam TV comendo com as mãos os pedaços da pizza recém entregue. Bright ainda se sentia incomodado, como se faltasse sempre algo, mas tentou se manter junto das meninas para se distrair. Estava tão cansado quando se deitou para dormir, que logo pegou no sono e adormeceu. Naquela noite ele sonhou com Win.

Parado no deck, Bright observava as ondas quebrando nas pedras ali perto. Ele sentia uma paz imensa em seu interior e só soube explicar de onde ela vinha ao olhar para o lado e ver quem o acompanhava. Com os dentes de coelho a mostra, Win sorria largamente para ele e seus dedos estavam entrelaçados.

Era confortável e Bright sorria largamente sentindo toda aquela sensação espalhar-se por seu corpo. O vento quente nem era incômodo, pois ele estava sendo preenchido por frio na barriga quando Win se virou para ele e levou a mão até sua face, tocando delicadamente o lugar. Bright fechou os olhos e se permitiu ser acariciado, sem se afastar, ou achar ruim, pelo contrário, era surpreendentemente bom e ele ansiava por aquele toque.

Win estava tão perto agora ao encurtar o espaço entre eles e colar seu corpo ao de Bright, segurando-o pelos ombros. Bright abriu os olhos ao sentir a testa do mais novo colar na sua, com a respiração perto de seu nariz a maciez dos lábios de Win tocarem o seu. Enfim estava acontecendo, Win o estava beijando e ele apenas relaxou, deixando um gemido de alívio escapar. Ele ansiava tanto por aquilo, aquele beijo casto que lhe causou uma explosão de sentimentos. Era bom, tão bom, que Bright não se conteve.

Junto as mãos na cintura de Win e o trouxe para mais perto, apertando seus lábios contra o dele e dando passagem para a língua de Win penetrar sua boca. As duas dançaram ali dentro e seu estômago revirou em prazer. Ele tinha tantas borboletas ali agora que poderia jurar que saíram de dentro dele assim que se afastasse da boca de Win. Os dois se beijaram aumentando o ritmo e logo estavam ser ar, entre selares e mordiscadas provocantes.

Bright selou seus lábios e se afastou para fitar o rosto de Win e quando o fez, viu uma lágrima escorrer pela face tão próxima a sua que automaticamente levou sua mão até ela, secando com delicadeza. Win estava chorando e Bright suspirou pesadamente, o trazendo para um abraço. Ele estava aliviado de ter sido correspondido e o beijo ter sido tão bom como ele imaginava em seu íntimo. Os dois ficaram ali, por longos minutos abraçados e em silêncio.

Não havia nada para ser dito, tudo estava em seus corações e demonstrados através do toque, do beijo, do olhar, do abraçar. Eram um só agora e Bright gemeu de satisfação enquanto inalava o cheiro de Win em seu nariz, encostado no ombro do mais alto. Estava tudo bem agora, Bright poderia ser feliz ao lado de quem amava e nada poderia se opor aquilo.

Ao despertar naquela manhã, Bright sentiu o rosto molhado e ao levar a mão até a face, sentiu que uma lágrima escorria. Ele havia chorado? E então se lembrou do sonho, sentando-se na cama e ficando surpreso pela intensidade que seu coração batia. Havia sido um sonho tão intenso que ele se sentia ansioso para experimentar aquele sentimento na vida real, coisa que ele jamais iria admitir tão cedo, mas ele já estava plantado em seu coração.

Após se levantar, ainda com aquela sensação gostosa proporcionada pelo sonho, Bright se lavou, vestiu roupas confortáveis e desceu para tomar café. As meninas já estavam prontas e a tia organizava a lancheira, entregando ao sobrinho um copo de leite assim que o viu entrar na cozinha. Quando todos estavam prontos, Jennie acomodou as meninas no banco de trás e eles seguiram para suas rotinas.

Estrela do mar ⭐ {Parte I}Onde histórias criam vida. Descubra agora