Coisas do passado.

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Park Chaeyoung pov.

Nosso namoro ia maravilhosamente bem, ela passou a me chamar de jeitos carinhosos e às vezes até me surpreendia com novos gestos de carinho. E passou a me ajudar ainda mais com a anorexia, me sugerindo ir ao terapeuta e iniciar um tratamento para todos os traumas que aquela relação abusiva me causou.

Antes das aulas começarem, ela veio jantar aqui em casa, sendo formalmente apresentada como minha namorada e mulher da minha vida. Ela e meu pai se deram bem e a Lisa entendeu o humor das brincadeiras dele, o que nos rendeu muitas risadas, porque ela retrucava em mesmo tom.

Creio que eu não podia estar mais feliz do que estou agora. Porque consegui o que queria dela e até um pouco mais. Consegui alguém que me amasse, que soubesse me tratar bem e acima de tudo não se importasse com as minhas esquisitices, já que tinha algumas até piores.

(...)

Lalisa Manoban pov.

Esse com certeza foi o melhor mês da minha vida, sem qualquer dúvida. Desde as horas que passamos em ligação, as idas até a casa dela e as vezes que ela veio aqui. Saímos algumas vezes também, em encontros maravilhosos e às vezes íamos ao café, junto a Jisoo, porque mesmo que estivéssemos namorando, não a queremos deixar de fora de nossas vidas.

Quando as aulas da faculdade voltaram, ela fez questão de ir me buscar em casa, para que chegássemos juntas e todos vissem com seus próprios olhos que estávamos namorando, mesmo que algumas pessoas ali já tivessem presenciado no instagram ou em outra rede social.

Pude ver a Ji-won se mordendo de ódio e isso me deixou mais feliz do que eu já estava, porque ela foi a culpada de tudo, da nossa briga, do nosso fim e de todas as dores que sentimos com o término.

A Chaeyoung me contou que quando terminamos parou de comer como normalmente comia e às vezes recorria ao banheiro, por consequência disso ela chegou a perder sete quilos em menos de dois meses, o que me deixou preocupada e com ainda mais vontade de ajudá-la com tudo isso.

(...)

Nesse momento ela está no banheiro do meu quarto, escovando os dentes para vir deitar comigo, em uma noite sem muito movimento e pegação, já que amanhã tem aula e passamos a apreciar esses momentos juntas.

Assim que ela entrou no quarto, nossos celulares tocaram ao mesmo tempo e instantaneamente nos olhamos.

Três patetas.

Chu:

Você esqueceu a sua calcinha aqui, poderia voltar e continuamos de onde paramos. Eu não estou completamente saciada e tô doida para cumprir o que prometi. Te chupar em cima da mesa, até que não aguente mais. E escutar aquele gemido gostoso saindo da sua boca, Chaeyoung. (Áudio)

A chaeyoung que havia colocado o áudio para tocar e ficou vermelha no exato momento que escutou o nome dela saindo da boca da minha amiga. Mas eu caí na risada, não só pelo áudio, mas também pela expressão que havia no rosto da minha namorada. Como se não acreditasse que a minha amiga com cara de santa pudesse dizer uma coisa dessas e nem que escutaria seu nome saindo daquele jeito pela boca de outra pessoa. Instantes depois ela começou a rir também, tornando aquele meu riso mais duradouro do que se eu estivesse rindo sozinha.

— Aí, senhor. - Ela se jogou na cama, deitando a cabeça em meus pés. - Será que ela percebeu que mandou errado?

— Acho que não, uma hora dessas ela já estaria surtando e dizendo que não foi ela.

— Devemos avisar?

— Sim, mas do nosso jeitinho.

Peguei meu celular, sem dizer nenhuma palavra para a Rosé e talvez assim a deixando confusa.

Superando Traumas - ChaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora