Operação cupido

655 88 23
                                    

Park Chaeyoung pov

Jimin quase pirou quando eu contei que aconteceu de novo, tive que contar pessoalmente, caso contrário ele nunca iria me perdoar. Tive que contar umas três vezes, ele parecia mais feliz do que eu nessa coisa.

O trabalho no sábado não foi tão pesado. Fiz muitos arranjos de rosas, as pessoas gostam muito de rosas vermelhas e como já peguei o jeito, consigo fazê-los rapidamente. Então quando deu umas três horas da tarde eu já tinha terminado tudo.

— Senhora Heo, eu já terminei. Tem mais alguma coisa que eu possa fazer?

— Já fez todos os arranjos? - Confirmei. - Anotou os endereços? - Confirmei novamente. Ela fez um carinho no meu cabelo. - Bendito seja o dia que apareceu aqui pedindo emprego. - Eu não sinto vergonha de forma frequente, mas a senhora Heo o tem o leve costume de me deixar envergonhada com esses elogios exagerados. - Está liberada por hoje, se alimente bem hoje, amanhã iremos receber carregamento.

— Okay, farei isso. - Uma baita mentira.

Fui até os fundos, tirei o avental, peguei minha mochila que sempre levo em caso de emergência e saí andando pelo meio dos corredores de flores, eu gosto de trabalhar aqui por conta disso, Rosas. Elas meio que me dão um pouco de paz e além de serem lindas, muito lindas de serem vistas.

Quando cheguei quase na metade do caminho até a minha casa, uma ligação interrompeu a música que tocava em meus fones. Número desconhecido, então recusei, mas tocou mais umas três vezes e por fim decidi atender.

— Oi, fantasma. - Uma voz mais grave, significando nada mais nada menos que Kim Jisoo.

Como conseguiu meu número? - Óbvio que essa seria a primeira coisa que eu iria dizer.

— Fácil, o Suga. - Eu poderia matá-lo. - Consegui extorquir ele com uma caixa de doces.

Certo, eu vou deixar isso para lá, mas porque me ligou?

— Amanhã é meu aniversário, pode parecer em cima da hora e também sei que não é costume comemorar no dia como fazem no resto do mundo e que aqui é na virada de ano, mas eu comemoro. - Tenho toda certeza que ela não foi criada aqui. - Então tecnicamente amanhã eu vou fazer vinte.....ou dezenove internacionalmente. Quero saber se você não quer vir para o meu aniversário?

Eu? Você quer que eu vá? - Ela confirmou do outro lado. - Porque?

— Te acho legal, o Suga fala muito bem de você e eu pretendo fazer amizade com você, se não tiver problemas, é claro.

Não tem problemas da minha parte, se não tiver da sua. Sua namorada me olha estranho e sua amiga... você sabe. - Nos pegamos em uma festa e perto do banheiro.

— Nem a Lisa e nem a minha namorada mandam na minha vida, ou nas minhas amizades.

Okay, então acho que vou.

— Nada de presente, se levar eu queimo.

Nem se for um livro? Acho que é pecado uma escritora queimar um livro.

— Podemos negociar, mas eu duvido que eu já não tenha, então se me disser o nome eu posso pensar em aceitar.

— Tá legal, depois eu te passo o nome.

— E eu o endereço, vai ser em um barzinho e se você ousar pagar eu arranco a sua mão.

— Nossa, que delicadeza.

— Mais do que você, senhorita chupão. - Não foi tão forte assim, nem ficou muito vermelho, não acredito que ela deixou alguém ver.

Você...

— Sim, eu vi. Eu queria poder te ajudar com ela, mas ela me impediria, então já que ela se recusa a dizer que estão ficando e também se recusa a outras coisas. Eu vou dar uma oportunidade de falarem a verdade.

— Não estamos ficando. Ela disse isso umas cinco vezes enquanto nós estávamos nos beijando.

— Eu vou tentar acreditar nisso. Te vejo amanhã.

Tchau, Kim Jisoo.

Acho que minha vida está mudando, fui convidada para um aniversário e irei ver a Lalisa, fora da faculdade e em um ambiente mais calmo. Talvez em um ambiente onde ela de fato é ela.

Kim Jisoo pov

Minha amiga está apaixonada, mas a conhecendo bem como eu a conheço, tenho certeza que nunca vai admitir isso. Então como eu sou uma boa, excelente e maravilhosa amiga, vou dar uma ajudinha. Para isso busquei ajuda de Suga, ele conhece a Chaeyoung melhor que eu e como os dois estudam juntos ele pode me servir de ajuda.

— Trabalho feito. - Disse quando desliguei a ligação.

— A gente vai mesmo fazer isso? - Passei três dias tentando convencê-lo que isso seria bom.

— Eu nunca vi a Lisa falando tanto de alguém ou sorrindo desse jeito. - Ela não fala tanto, mas já escutei o nome daquela menina umas cinco vezes desde que seu nome foi descoberto pela Liz. - Acho que ela gosta de Park e como você disse... a Chaeyoung saiu da zona de conforto só para beijar a Lisa e já admitiu que gosta da minha amiga. Temos duas lésbicas emocionadas e cabeças duras, então precisamos agir.

— Só que uma é psicopata e a outra tem aversão a compromisso. Isso vai dar errado, não quero ver a Chaeyoung magoada ou ser esfolado pela Lisa.

— Pensei que a Park que fosse te esfolar. Ela que é a psicopata.

— Vai por mim, aquela psicopata pode até me bater de vez em quando, mas algo me diz que ela tem um coração enorme. Já a Lisa sabe magoar muito bem as pessoas. Se der errado a Chaengie vai sair mal, posso perder a amizade dela e a Lisa vai me matar por tentar coloca-la em um relacionamento.

— Vamos intervir se as coisas derem errado. E negaremos tudo, ninguém tem como provar nada.

— Como vamos intervir?

— Sei lá, a gente pensa em alguma coisa. O importante é ajudar.

Se a Lisa vai me matar ou não, so vou descobrir se der errado, mas quero pelo menos tentar isso. Uma operação cupido para aquele coração carente.

Superando Traumas - ChaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora