Três bêbadas.

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Três meses depois....

Lalisa Manoban pov.

Eu sabia que não iria durar muito tempo e que aquela incontável segunda chance não iria fazer a Chaeyoung tomar jeito. A única coisa de útil que aquela imprestável fez, foi roubar alguns sorrisos da minha amiga e nada mais. Ela terminou com a Jisoo sem ao menos dizer o motivo, disse que não podia mais ficar com ela, sendo que aquele era o momento que minha amiga mais precisava dela, já que estava passando por uma forte crise de ansiedade e até tomando remédios. Mas aquela inútil da Son, não levou isso em consideração, poderia ao menos dar um motivo ou dizer que não queria mais fazê-la infeliz.

Antes de irmos a casa da Jisoo, eu e minha adorável namorada decidimos passar no supermercado. Comprar algo que pudesse ajudar nesse término.

— O que devemos comprar? - Perguntei à minha namorada.

— Porque ta me olhando com essa cara?

— Você tem algo em comum com a Jisoo, vocês duas passaram por um relacionamento abusivo e apego emocionou, a minha ex morreu e me deixou de luto, não é a mesma coisa.

— Nossa, magoou. - Ela fez o biquinho de drama, que me faz derreter por inteira e ela tem conhecimento disso. Não me segurei e beijei a bochecha dela. - Está desculpada. - Agarrou o colarinho da minha camiseta, me fazendo grudar os lábios nos dela, em um selinho quase rápido. - Respondendo a sua pergunta. Devemos comprar muito álcool e alguma comida que ela goste, também ingredientes para uma sopa de ressaca e alguns remédios.

— Porque muito álcool?

— Um coração partido precisa de álcool, muito álcool.

— Já que diz, então vou acreditar em você.

Compramos ao todo sete garrafas de soju, cinco latinhas de cerveja e lamen extra-apimentado, o preferido da minha amiga. Tirando os ingredientes para a sopa de ressaca, que eu ainda não sei exatamente como se faz, mas a Rosé sim sabe fazer. Também passamos na farmácia e compramos alguns antiácidos e remédio para dor de cabeça, coisa que teremos muito amanhã de manhã.

Quando chegamos na casa da minha amiga, ela parecia que havia chorado a noite toda, o que me deixou ainda mais triste por vê-la nesse estado. A Chaeyoung a abraçou primeiro, depois pegando as sacolas da minha mão e as levando para a cozinha. Meu abraço na Jisoo foi um pouco mais demorado que o habitual, porque ela precisava.

Mas depois que me afastei, esticando a mão.

— Me dê o seu passaporte. - Era isso ou correr o risco de não tê-la mais aqui.

— Porque?

— Porque eu lembro o que tentou fazer daquela última vez. Excluiu seu livro, comprou uma passagem e por pura sorte eu cheguei a tempo no aeroporto.

— Sobre o livro... - Ela juntou as mãos nas costas, abaixando a cabeça e fazendo a cara de quem aprontou.

— Não, eu não acredito que você fez de novo.

— Tava ruim, eu precisava fazer isso.

— As pessoas cortam o cabelo, mudam a cor, fazem uma tatuagem que mais tarde irão se arrepender e às vezes colocam um piercing. Mas você exclue a porra de um livro, Kim Jisoo? - Ela balançou a cabeça que sim. - Eu não acredito nisso, me dê seu notebook, eu vou resolver isso.

— Não, não há nada que possa fazer e eu não quero voltar atrás nessa decisão.

— Você merece uns bons puxões de orelha, sabia?

— Sim, mas deixa isso pra lá, em breve terei outra ideia, outro livro e talvez outra namorada.

— Você não vai namorar por um bom tempo.

Superando Traumas - ChaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora