Algo está errado.

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Park Chaeyoung pov.

A única coisa que restou do quarto foi uma caixa com algumas coisas. Como o nome dele em uma decoração de madeira. A foto do primeiro ultrassom que fizemos. Um elefante de pelúcia, que ele iria dormir todas as noites, que tem meu cheiro e da Liz.

E por fim a roupa que ele iria vestir assim que viesse para casa.

Todas as roupas foram doadas, assim como os brinquedos e coisas que nunca poderemos usar outra vez, já os móveis foram encaminhados para um depósito, em que guardamos coisas que não queremos dar ou que ela mandou trazer da Tailândia.

Pintei o quarto inteirinho de branco e ela fez questão de pintar a porta, também de branco. Após pintarmos, nós duas corremos para o banheiro tirar a tinta do rosto e do corpo. Lalisa usou da situação para tentar se aproveitar do meu corpo, esfregou os lugares sujos com a tinta e os que não estavam, só que não me deixou avançar ou tornar o banho mais quente, o que foi totalmente tentador.

No closet ela me olhava de cima a baixo, como se quisesse arrancar algum pedaço meu e isso estava me deixando louca. Quando terminei de vestir a calcinha e o sutiã, ela umedeceu os lábios e veio em minha direção.

— O que tanto olha?- Fui para mais perto dela.

— Suas curvas, a forma como fica ainda mais sexy com essas tatuagens. - Passou a mão nas flores que estão próximas a minha cintura.

— Estou pensando em fazer mais outra, na costela, o que acha?

— Onde exatamente? - Peguei na mão dela, a colocando abaixo do meu seio esquerdo. - Acho que vai ficar bom.

Ela só disse isso e se afastou, pegando uma das calças que estavam penduradas no cabide. Okay que ela anda um pouco estranha desde que toquei no divorcio, mas porque me provocar justo hoje?

A Lisa não trabalha nas tardes de quarta e eu tenho dias bônus, que ganho quando soluciono algum caso difícil, por sorte ainda tenho cinco dias bônus e pretendo usá-los apenas se necessário. Passei a manhã inteira escolhendo o que iríamos doar, enquanto ela chegou com o almoço e me ajudou pelo resto da tarde.

Hoje vamos jantar na casa da Jisoo, depois de dois meses escutando a Lisa inventar desculpas ou dizer que está cansada demais para aparecer lá. Acontece que depois do nosso sucesso com a inseminação, as duas pensaram bem e decidiram ter outro filho, até pensaram em desistir quando perdemos ele, mas eu as convenci a continuarem tentando.

Por que outro filho? Elas adotaram uma garotinha que tem oito anos, com o nome de Heejin e que se parece muito com as duas, tanto na atitude, quanto na inteligência e beleza. Jennie está com cinco meses e em pouco tempo vai dar a luz a uma linda garotinha, chamada Kim Arin.

Quando chegamos a Jisoo atendeu a porta e nos recebeu com uma abraço, demorando um pouco mais no da Lisa, já que elas não se veem há mais tempo.

Assim que entramos um pouco mais na casa escutei passos apressados e logo vi alguém correndo em minha direção.

— Tia Rosé. - Era Heejin, que pulou em meus braços como sempre faz.

— Heekki. - Esse foi o apelido que dei a ela, uma junção de seu nome com tokki (Coelho em coreano). - Como anda a minha garotinha?

Desde que a vi pela primeira vez me apaixonei por ela e acredito que Kim Heejin foi o motivo pelo qual não desmoronei quando perdi meu filho. Ela me respondeu que estava bem, em um singelo sorriso que faz saltitar meu pobre coração. Mas assim que ela percebeu que Lalisa também estava aqui, saiu dos meus braços, correndo em direção a minha mulher e sendo pega nos braços, assim como eu fiz, só que abraçando Lisa em um abraço bem apertado.

Superando Traumas - ChaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora