Ajudinha de um amigo.

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Park Chaeyoung pov.

Contamos aos meus pais no sábado e ligamos para os da Lisa no mesmo momento, para que todos ficassem sabendo ao mesmo tempo. Meu pai ficou tão feliz que chegou a chorar, sim, ele chora quando fica emocionado e não tem nenhum problema com isso. Já os da Lisa só faltaram comprar as passagens, para vir nos parabenizar por essa escolha pessoalmente.

Mas desde a ligação da Jisoo não paro de pensar em tudo isso, na conversa que deveríamos ter e na opção de dizer não, de dizer que não estou pronta agora e que podemos esperar mais um pouco, talvez seis meses.

Só que antes de ter essa conversa com ela, eu decidi ir vê-lo, sozinha e sem e que Lalisa saiba. Por sorte minha mulher me avisou que iria almoçar com a Jen, para conversarem sobre a gravidez e tudo mais.

(...)

Novamente ele estava sozinho e isso mexia comigo, porque ninguém merece passar por algo assim e ele é muito novo para isso, se é que tem idade para ser excluído.

Cheguei perto dele e dessa vez não se encolheu, até que me olhou rapidamente e logo em seguida voltou a brincar, não largando o ursinho da mão.

— Oi, carinha. - Acariciei o cabelo dele. - Em algum tempo vamos nos ver mais, todos os dias e até você ir morar sozinho. - Antes de vir aqui passei no shopping e comprei um carrinho que achei a cara dele. - Isso é para você. - Ele pegou sem pensar duas vezes e já começou a passar no chão. - Você vai ter muitos desses daí, a Liz vai te mimar muito, sabia? E eu vou tentar me acostumar com você, mesmo que demore um tempo ou que seja difícil, mas você parece legal... e eu sinto que vamos nos dar bem, a menos que force nossa relação. - Ele parecia nem me escutar. - Nossa, estou falando com bebe que nem me escuta.

Estava na hora de ir, deixei um beijinho na testa dele e pedi para que não dissessem que vim aqui. Eu não quero que a Lisa saiba que vim aqui, talvez ela pense ainda mais que sou bem com tudo isso.

E sobre conversar com ela sobre a adoção, acho melhor deixar para lá, só será mais alguém em casa e posso me acostumar com ele.

Posso e vou.

(....)

Voltei para o trabalho apenas para assinar algumas papeladas, nada de muito importante, mas que precisava ser feito naquele momento. Depois fui para casa, chegando um pouco mais tarde do que normalmente chego e correndo para o banheiro, tirar aquele cheiro de crianças e tudo mais.

Durante o jantar - preparado inteiramente por ela - conversamos sobre o que normalmente conversamos nesse momento, como foi o dia de cada uma e eu não precisei mentir, só disse que aconteceu o de sempre, reuniões, conversas com clientes, análises e assinatura de, esquecendo totalmente aquele único detalhe da tarde.

Mais tarde naquela noite, recebi uma ligação do Suga, já tendo noção do que se tratava e de suas possíveis dúvidas sobre o Soobin. Fui atender do lado de fora, como normalmente faço com ligações importantes.

Como a rua é segura, não preciso me preocupar em ser roubada ou morta a uma hora dessas.

— Oi.

Eu consegui uma audiência para quarta feira

— Como assim? Isso já é depois de amanhã. Eu entrei com o pedido de adoção há só uma semana, impossível eles terem aceitado tão rápido

Eu conheço um juiz que me devia um favor e você me disse para mexer os pauzinhos.

— Suga, você subornou alguém? Quando eu disse para mexer os pauzinhos, eu quis dizer para fazer tudo que estivesse ao seu alcance, como advogado bem sucedido e não para subornar um juiz. Isso pode me ferrar, cara.

Superando Traumas - ChaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora