Casa comigo?

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Park Chaeyoung pov.

Eu não tinha feito um pedido - ainda - embora isso esteja nos meus planos fazer isso em breve, mas desde aquele dia passamos a fazer planos e até abrimos uma conta conjunta. Não sabemos exatamente que fim terá o dinheiro, mas será algo nosso, talvez o casamento ou uma casa, porque concordamos que não queremos morar eternamente em seu apartamento ou morando com os meus pais.

(...)

Nos últimos meses Lalisa deu uma de professora e me ensinou sua língua materna, pelo menos o básico para que eu pudesse me virar caso algo acontecesse ou se eu quisesse agradecer, cumprimentar e me despedir de alguém.

Vamos viajar em menos de uma semana, já sei exatamente o que vou colocar na mala e exatamente como devo me comportar diante da família dela. Minha namorada queria ir para um hotel, para termos mais privacidade, mas a Nicha ou Minnie, como eu a apelidei, disse que ficaria decepcionada se fizéssemos isso.

Lalisa Manoban pov.

A casa da Jisoo se tornou uma espécie de centro de encontro, onde bebemos, jogamos conversa fora e saímos da rotina de ir ao café sempre. E hoje temos um motivo ainda maior para beber, eu e a Jisoo conseguimos um estágio em nossas áreas. Embora a Rosé ainda esteja enrolando, mas em algum momento ela sabe que terá que pedir as contas na floricultura e entrar em algum escritório de advocacia. Eu sei quanto ainda estar lá significa para ela, pois minha namorada ama viver rodeada por flores e ela também sente um enorme carinho pela dona.

— Então eu sou a amiga pobre, legal. - Minha namorada falou, dando um gole na cerveja, após uma conversa sobre nossas infâncias e de como decidimos fazer o que estamos cursando hoje.

— Você não é a amiga pobre. - Eu falei.

— Você tem um apartamento enorme em Seul, comprado e não alugado, seus pais te mandam mesada e são ricos na Tailândia. Já a Jisoo mora sozinha e sem pagar aluguel, publicou um livro, faz trabalhos para preguiçosos e lucra muito em cima disso, uma verdadeira estoquista. Alem do mais, poderia voltar agora mesmo para os Estados Unidos e o pai a pagaria a faculdade que ele tanto quer que ela faça. - Pior que ela tem razão, o senhor Kim faria mesmo isso, tudo para ter a filha de volta no país. - A Jennie tem a família inteira de médicos e também não trabalha. Eu trabalho, meus pais demoraram cinco anos para se estabelecerem aqui e comprar a casa, praticamente acabei de pagar meu carro e não tenho onde cair morta.

— Casa comigo e você vai ter onde cair morta. - Eu falei.

— Okay, eu caso com você, mas quero um pedido que me convença. - Rosé falou.

— Terá o seu pedido. - Você não perde por esperar esse pedido.

A Rosé ficou calada enquanto conversávamos, passando a beber mais que qualquer uma de nós e como combinado eu irei dirigir, então só vou ficar na cerveja e não beber muito.

— Você disse que se conheceram quando a Lisa te pediu ajuda com um livro. Mas a Lisa disse que foi quando perguntou as horas. - Jennie disse olhando para a namorada.

— A Jisoo tem uma memória de peixe. - Rosé falou, bebendo o terceiro copo de soju seguido. Eu até poderia impedi-la, mas ela está nervosa com a nossa viagem, então tudo bem extrapolar.

— Eu não lembro das horas, mas lembro de tê-la ajudado por quase trinta minutos com o livro. - Jisoo disse.

— Você me perguntou as horas no primeiro dia e em inglês, por isso que lembro. E o livro foi dois dias depois. - Eu falei.

— E como passaram a se considerarem amigas? - Jennie perguntou.

— Aconteceu do nada, passamos a nos ver mais vezes e como consequência acabamos marcando de almoçar. - Eu disse.

Superando Traumas - ChaelisaOnde histórias criam vida. Descubra agora