teresa + gonçalo

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No segundo imediato em que o automóvel parou no lugar de estacionamento a poucos metros de distância da entrada do prédio em que residia na companhia da sua melhor amiga, Bárbara direcionou os seus dedos ao botão vermelho do cinto de segurança e pressionou-o, libertando o seu corpo da segurança da fita preta. Quis abandonar o interior do carro pertencente ao jogador do eixo direito da equipa de Jorge Jesus, contudo a mão do mesmo no seu pulso impediu-a de tal. De imediato, dirigiu os seus olhos para ele, vendo-o a implorar através do olhar por algo que ela já lhe tinha dito que não podia dar.

- Não, Gonçalves. – Voltou a negar, rindo. – Combinei com a Teresa que jantava com ela. Sabes muito bem o quanto ela odeia quando não se cumpre com o prometido. – A estudante de ciência política e relações internacionais repetiu aquilo que tinha combinado com a melhor amiga ainda antes de embarcar na mini viagem ao sul do país na companhia do benfiquista.

- Se lhe dissesses que o teu jantar passou a ser comigo, não tenho dúvidas de que ela não se importaria. – Diogo interveio, não resistindo curvar os lábios num ligeiro beicinho.

- Claro que não, ela até deitaria foguetes ao ar. – Bárbara capturou o lábio inferior em resposta ao movimentos dos lábios do moreno. – Não me vais fazer mudar de ideias, sabes disso, certo? – Questionou, erguendo as sobrancelhas, à espera de que, por fim, o jogador chegasse à conclusão de que os planos já estavam traçados e não iriam mudar.

- Tudo bem. – Finalmente, o alentejano cedeu, distanciando-se dela, e conduziu a mão esquerda ao puxador da porta a fim de abrir a porta para sair do carro e auxiliá-la com a mala de viagem.

A amiga mais próxima da estudante de sociologia não conteve uma leve gargalhada pela atitude contrariada expressa pelo amigo do jogador do Rio Ave. O seu riso – inicialmente infindável – encontrou o seu fim no momento em que o seu olhar se desviou, despropositadamente, para a entrada do prédio, onde se defrontou com a sua melhor amiga na companhia do melhor amigo do natural de Almodôvar.

- Não mexas um dedo sequer, Diogo. – Quase de imediato, e diretamente para Diogo, pronunciou-se, captando a atenção dele. – Diz-me que aquele não é o 'Guga.

Apontou com o indicador para a direção da porta do prédio, forçando-o a seguir com o olhar, e nem foi preciso uma resposta verbal para que tivesse uma resposta à sua questão; o abrir de olhos do alentejano bastou.

- Eu não acredito. – Diogo disse enquanto Bárbara unia os lábios um contra o outro com a intenção de não rir.

Um "confronto" surgiu entre os dois amantes devido à aproximação entre os dois ex-namorados em que o tema central foi a hipótese de os mesmos terminarem o encontro com um beijo de despedida, sendo que a ribatejana acreditava piamente nessa hipótese enquanto o alentejana rejeitava essa ideia.

- Eu não te disse! – Incapaz de ocultar o seu entusiasmo por se ter provado ter razão, a natural de Santarém exprimiu-se através de um guincho, seguidamente, batendo palmas, ao mesmo tempo que observava Gonçalo a partir na direção oposta.

- O único positivo nesta história toda é que a Teresa está bem acompanhada, por isso, não precisa de ti para nada.

O sorriso presente nos lábios da morena aumentou assim que ouviu a afirmação do lateral direito.

- Agora que vi o que vi, é de certa que não vou a lado nenhum que não para a minha própria casa. – Logo se escutou um demorado suspiro e palavras incompreensíveis vindas por meio de resmungos da parte de Diogo. – Chiça, não sabes ouvir um não, Cupido? – Ao mesmo tempo que abria a porta e colocava um pé no exterior do automóvel, a jovem rapariga queixou-se.

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⏰ Última atualização: Nov 20, 2021 ⏰

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