Cap. 8

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   Foi acordada com a luz do sol diretamente em seus olhos. A assassina girou na cama, bufando de raiva. Sua mente ainda processava onde estava. Não estava em uma cela, não estava acorrentada, não estava presa, estava livre.

Não totalmente.

   Então ela sentou tão rápido que sua visão girou. Ela retirou as cobertas de cima de si e pisou no chão, vasculhando todo o quarto, a procura de seus pertences. Quando a porta se abriu, a jovem grunhiu alto de raiva.

   — Bom dia senhor... — a criada foi interrompida bruscamente pela assassina.

   — Onde está? — ela perguntou irritada. A criada piscou repetidamente franzindo o cenho em confusão.

   — Desculpe senhorita, mas não faço ideia do que esteja falando — explicou ela.

   — Minhas coisas... Onde estão minhas coisas? — ela perguntou novamente sentindo seu sangue ferver.

   — N-não tenho permissão p-para lhe entregar — a criada gaguejou negando com a cabeça, claramente com medo da assassina.

   A ruiva fechou os punhos com força, pronta para disparar xingamentos à criada quando a porta foi aberta novamente. Nessa semicerrou os olhos, enquanto pensava em mil formas de assassinar o general Rustrygven, que já estava armado e com a expressão séria.

   — Onde estão minhas coisas? — ela perguntou entre os dentes. O general olhou para a criada com as sobrancelhas arqueadas, e depois olhou para Nessa.

   — Foram confiscadas todas as suas armas — ele respondeu entediado. Nessa bateu os pés no chão, grunhindo de raiva.

   — Não me importo com as armas, só quero as minhas coisas de volta — ela respondeu irritada. O general franziu o cenho como se não acreditasse no que estava ouvindo.

  — Terá suas coisas depois que treinar comigo — ele disse abrindo a porta novamente — Se arrume, me encontre no jardim daqui a trinta minutos — ele completou fechando a porta atrás de si.

   A ruiva trincou o maxilar e respirou fundo. A criada estava em silêncio com a bandeja do café da manhã em suas mãos. Nessa Signeyrsa olhou para a comida da bandeja na mesma hora em que seu estômago roncou. A criada pressionou os lábios tentando conter o sorriso, percebeu Nessa.

   — Melhor treinar de barriga cheia — murmurou Nessa enquanto pegava o garfo e a vasilha com frutas perfeitamente picadas.

   — Preparei as roupas para seu treinamento, estarei arrumando a sua cama — avisou a criada, enquanto colocava a bandeja na mesa de centro.

   — Desculpe pela minha grosseria pela manhã, às vezes eu acordo mal-humorada — disse Nessa, se surpreendendo por ter pedido desculpas. A criada deu um risinho tímido, negando com a cabeça.

   — Não se preocupe, senhorita Morana, nada que uma refeição não resolva — a criada respondeu de forma humorada, o que fez Nessa sorrir enquanto mastigava.

   — Qual seu nome? — perguntou Nessa de boca cheia. A criada pareceu surpresa pela pergunta, como se nunca tivessem se importado o suficiente para perguntarem.

   — Adelize Besnage — a criada respondeu com as bochechas coradas.

   — Adelize Besnage — a criada respondeu com as bochechas coradas

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As Lágrimas Do Fogo | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora