Cap. 12

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Algo como confusão brilhou nos olhos do general. Talvez Loki estivesse brincando com ele, porque as palavras proferidas pela boca linda daquela fêmea parecia ser mentira.

Talvez ela fosse filha do deus Loki, ele preferiu não acreditar de primeira, porque... Qual seria a probabilidade? Estava procurando a fêmea havia meses, sabia bem que a moça que estava na prisão da cidade de Frostthorn, não era a verdadeira.

- Impossível - ele murmurou. A ruiva deu um passo para trás, revirando os olhos em tédio.

- Eu disse que não acreditaria em mim - ela retrucou de volta. Draven piscou algumas vezes com o cenho franzido, ainda absorvendo as palavras da ruiva.

- Se estiver mentindo, eu juro por Odin que eu te acorrento em um barco e afundo-o - ele disse entre os dentes, e a ruiva engoliu em seco, negando com a cabeça.

- Não estou mentindo - ela disse e o macho semicerrou os olhos.

- Você é uma mentirosa manipuladora! - ele confessou incrédulo, e um sorriso psicopata brotou nos lábios da ruiva.

- Diga algo que já não sei, Dray Dray - o general fechou os punhos, trincando o maxilar.

- Se me chamar disso de novo, eu juro que eu...

- O que? Vai fazer o que, general Rustrygven? Ao menos sabe quem eu sou? - ela interrompeu com diversão. Draven respirou fundo e balançou com a cabeça, em negação.

- É obvio que sei quem você é, sua coisinha maldita. Venho procurando por você há meses - ele admitiu passando as mãos pelos cabelos negros. A ruiva estalou a língua com deboche.

- O destino é mesmo uma merda - comentou ela, Draven soltou uma risada abafada em concordância - Posso saber por que procurava por mim?

O general pigarreou antes de responder. Aquele não era um lugar apropriado para aquela conversa. Nenhum lugar naquele castelo era.

- Para cuidar de uma pessoa - ele disse em voz baixa. A ruiva torceu o nariz, retirando um dos cachos perfeitos que caíam em sua testa.

- Por que todos acham que eu virei uma babá? - ela perguntou com certa indignação.

- De assassina-espiã mais temida dos três reinos para a babá de um principezinho idiota, que evolução - debochou Draven. A ruiva cruzou os braços com raiva pela verdade de suas palavras.

- Se estava a minha procura, imagino que saiba que existe uma impostara atrás das grades da prisão de Frostthorn - ela comentou. Draven semicerrou os olhos para a ruiva, e por fim assentiu.

- Estava planejando para ir até à prisão em alguns dias novamente, para descobrir do seu paradeiro, mas já que agora eu sei que você está... - ela o interrompeu novamente.

- Me leve com você - disse determinada. O general abriu a boca para responder, porém, ela continuou - Antes de ser pega em seu apartamento, eu pretendia vir até Frostthorn, e descobrir por conta própria o motivo da desgraçada estar usando meu nome durante três anos.

Draven franziu o cenho diante da confissão da ruiva. Ela percebeu ter falado demais, pois pressionou os lábios logo em seguida. O general passou a língua pelos lábios, os umedecendo.

- Como assim três anos? - ele perguntou confuso, e Nessa estremeceu. Os olhos dela perderam o brilho de repente, se transformando em algo sombrio.

- Não estou a fim de falar sobre - era justo. Draven devia desculpas por mais cedo, talvez dando espaço para a assassina, fosse uma forma de se redimir.

As Lágrimas Do Fogo | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora