𝙥𝙧𝙤𝙢𝙞𝙨𝙘𝙪𝙤𝙪𝙨 || 𝙫𝙞𝙣𝙣𝙞𝙚 𝙝𝙖𝙘𝙠𝙚𝙧

Capítulo 34

Duas semanas se passaram desde que a Liza foi para LA. E eu acabei de chegar na cidade sem contar para minha melhor amiga, Bryce me ajudou a guardar o segredo e disse que me levaria até a Liza.

— Hey! -abracei o Bryce assim que o vi.

— Você está tão gata! -ele falou ainda me abraçando e eu ri.

— Eu já pesquisei sobre você, sei que é um badboy -falei entrando no carro e ele me olhou fingindo não entender.

— Eu nem sei o que é isso -ele disse rindo e deu partida.

Fomos o caminho todo conversando sobre todas as dúvidas que eu tinha desse mundo de fama dele, ao mesmo tempo que parece incrível parece assustador.

— É aqui -ele falou quando paramos na frente de uma mansão.

— Liza mora aqui? -perguntei impressionada.

— Bom... -Bryce coçou a nuca. — Ela vive aqui, mas não mora -ele sorriu fraco.

— Essa é a Hype house? -perguntei entendendo tudo e o Bryce balançou a cabeça positivamente. — Ok, merda! -reclamei comigo mesma.

— Se quiser eu posso chamá-la aqui fora -Bryce falou.

— Não, eu não vou ficar a tarde toda do lado de fora com minha melhor amiga, vou entrar -falei.

— Tudo bem, vamos então! -ele falou e fomos caminhando até a entrada da casa.

— O que será que ele vai dizer quando me ver? -perguntei preocupada.

— Ele fica mais dentro do quarto, é difícil ele sair de lá -Bryce parou na minha frente. — Só respira fundo! -ele falou e eu fiz o que ele pediu.

Coloquei um sorriso falso no rosto quando um cara veio na nossa direção. Ele cumprimentou o Bryce e depois veio me dar um abraço.

— Liza já falou tanto de você, sou o Michael -o cara falou animado.

— Espero que tenha falado bem -falei sem graça. — Ela está onde? -perguntei.

— Está lá em cima, te levo lá! -Michael falou.

— Ei, melhor chamar ela aqui -Bryce falou e sorriu.

Michael deu de ombros e foi atrás da Liza.

A casa parecia vazia, achei que o pessoal ficava gravando vídeo o dia todo.

— O pessoal sempre fica nos quartos ou o quê? -perguntei ao Bryce.

— Eles devem ter saído para comprar alguma coisa para um vídeo, logo voltarão -ele falou e foi até a cozinha.

— EU NÃO ACREDITO! -escutei a Liza gritando e correndo na minha direção. — Vou te matar por não ter me avisado! -ela me abraçou forte.

— Surpresinha! Agradeça ao Bryce! -falei rindo.

— Então quer dizer que vocês conversam... -ela falou rindo e me olhando maliciosamente.

— Para em! -falei rindo. — Hacker está ai? -perguntei fechando a cara.

— Stream -ela respondeu. — Quer ir lá? -ela perguntou.

— Não vou atrapalhar -respondi e sorri.

— Eu vou lá atrapalhar, certeza que não vai? -Bryce passou por nós e foi subindo as escadas.

— O pessoal vai prender á atenção no Bryce, vai lá, tenta dar um "oi" pelo menos -Liza falou.

— Eu te mato! -falei concordando com ela e indo subir as escadas.

Andamos por um corredor branco enorme até chegar no quarto do Vinnie.

Antes que eu entrasse pude ver as paredes pretas e uma gatinha.

— Ei galera! -Bryce pulou no Vinnie que aparentemente estava na frente das câmeras.

— Que merda! -Vinnie disse rindo e passou o olho pela porta.

— Hey. -falei baixo e dei um aceno de leve com a mão.

Ele não falou nada e apenas voltou a jogar.

— Tá de sacanagem? Vai lá, eu vou ganhar isso daqui! -Bryce falou e puxou o Vinnie da cadeira.

— Vou ficar do lado do Bryce -Liza avisou e saiu de perto da porta.

— Foi mal ter aparecido sem você saber -falei pro Vinnie.

— Não se preocupa -ele falou e foi passando por mim.

— Não podemos conversar? -perguntei enquanto ele continuava andando em direção as escadas. — FALA COMIGO! -gritei e ele parou. — Por favor!

— Júlia... -ele me encarou e veio na minha direção. — Eu não posso fazer isso! -ele falou e parou na minha frente.

— Por que? -perguntei confusa.

— Eu demorei tanto tempo para conseguir esquecer o que vivemos, não vou recuperar essas lembranças, tudo aquilo acabou... -ele respirou fundo. — Nós fomos apenas uma ilusão, nada mais -ele falou rápido e saiu de perto de mim.

Segurei o choro e fui atrás dele sem me importar, ele foi até a cozinha e começou a pegar algumas coisas no armário.

— Você não tem esse direito! -falei indignada e ele nem fez questão de me olhar. — Você quer fingir que o que vivemos foi uma ilusão? -perguntei me irritando.

— É -ele respondeu.

— Eu sou sua estrela, mas você não faz questão de olhar mais pro céu! -falei me referindo a nossa conversa no dia da nossa primeira viagem.  

— Eu olhei pro céu por muito tempo e não te encontrei, não apareça agora como se tudo estivesse bem -ele falou sério e me encarou.

Ele estava encostado no balcão com a cara fechada e me encarando, fui caminhando na direção dele com passos de raiva; parei na frente dele e ele me encarou sem mexer um músculo como se eu realmente não importasse.

Observei cada traço dele e confesso que minha vontade era de abraçá-lo e ficar pra sempre dentro do abraço dele.

— Então me diz uma coisa, Vincent... -falei e levantei o olhar para poder ver o rosto dele. — Por quê seu coração está tão acelerado? -ergui uma sobrancelha e voltei a encarar o peitoral dele.

Ele está respirando como se tivesse correndo 5 km sem descanso.

A mão dele foi até meu braço e eu senti meu coração começar a acelerar com o toque dele. Ele me encarava e eu sentia que ele conseguia ver toda minha dor de não estar ao lado dele.

Rapidamente ele se afastou de mim quando escutamos várias pessoas conversando e perto de entrar na cozinha.