Epílogo

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2 anos depois
Dois anos se passaram desde que nos casamos, o que aconteceu nesse tempo? Bem, seis meses depois do nosso casamento Laura e Ement se casaram numa reunião pequena, mas muito charmosa, meu marido - eu amo dizer isso - e seu melhor amigo trabalharam bastante no nosso primeiro ano de casados, mas esse ano tiveram que relaxar, porque bem, Laura e eu acabamos engravidando com um mês de diferença, é isso mesmo, aliás Laura está grávida de gêmeos não idênticos, um casal e eu de uma menina linda que nasce em breve, nossas vidas não poderiam estar melhores, só há uma coisa que eu ainda gostaria de estar fazendo que é trabalhar, mas estamos de licença até que nossos filhos nasçam, então tenho passado meus dias vendo e comprando roupinhas de bebê pela internet eu até aprendi a tricotar para fazer uma mantinha para minha pequena. Nós compramos uma casa quando descobrimos sobre a gravidez e vendemos os nossos apartamentos, bem eu já havia vendido o meu porque estávamos morando no antigo apartamento de Kian, claro que Ement e Laura são nossos vizinhos, queremos que nossos filhos cresçam juntos e sejam amigos. Estou fazendo uma tigela de cereal com leite quando ouço a porta da frente abrir.
— Estou em casa. — é a voz de Kian.
Ele vem até a cozinha e me beija antes de beijar minha barriga.
— Oi, filinha. — ele diz e sinto ela me chutar.
— Ela disse oi, com um belo chute. — digo e ele ri. — Acho que devemos começar a chamá-la pelo nome.
— Oi, Libbie. — ele a comprimenta outra vez e bom recebo mais um chute.
— É, ela ama o papai. — digo franzindo o nariz.
— Bom, eu já sabia disso. — ele diz levantando as duas sobrancelhas.
Pego a tigela com uma mão e acaricio minha barriga com a outra.
— Estamos ansiosos pra te conhecer, pequena. — sussurro e ela me responde com um outro chute. — Nós definitivamente vamos colocá-la no futebol.
— Parece uma boa ideia, ela tem chutado bastante ultimamente, certo?
— E como. — sento na sala e começo a comer.
— Tem algo para comer? — Kian pergunta desatando a gravata.
— No forno. — digo.
— Não, não tem nada aqui. — responde.
— Eu podia jurar que deixei no forno. — ponho a tigela na mesinha de centro e me levanto.
Má ideia, porque a minha bolsa estoura bem nesse momento.
— Ah, achei. — Ele diz se virando. — Estava no fundo, — estou mortificada no lugar. — ei o que foi?
Me viro devagar e arregalo os olhos. — A bolsa estourou.
E com essa frase o desespero toma conta de seu rosto.
— Certo, ok, calma, vou pegar a mala e sua bolsa e a chave do carro. — ele corre para cima e eu começo a ir em direção a porta, quando a abro apenas ouço seus passos apressados pela escada e abro espaço.
Ele sai e vai direto para o carro e guarda as malas, joga minha bolsa no banco de trás e volta para me levar até o carro, fecha a porta de casa e me põe no carro.
— Vamos chegar lá rapidinho, começa os exercícios de respiração, as contrações devem começar logo.
Mordo o lábio com força porque já começaram.
— Liga para Laura e para Ement e depois pra todo mundo. — digo antes de começar os exercícios de respiração.
— Ok, assim que chegarmos no hospital eu ligo.
Kian
Estou caminhando de um lado para o outro assim que Tovell entrou em trabalho de parto eu entrei em pânico, depois que chegamos no hospital e ela foi levada para a sala de parto eu liguei para todo mundo, os pais dela estão a caminho e Luara e Ement estão esperando comigo. Ando de um lado para o outro na espera, enfermeiras passam de um lado para o outro, mas nenhuma vem falar comigo.
— Kian, Kian, se acalme, senta aqui e bebe uma água, eles vão vir te chamar em breve. — Ement diz sentado atrás de mim.
— Ok, ok. — me sento e pego o copo d'água que ele me oferece.
Mas mal tenho tempo para terminá-lo porque finalmente uma enfermeira vem me chamar, devolvo o copo pela metade e a sigo para a sala onde Tovell está numa cadeira com o rosto vermelho e suado, ela põe força outra vez enquanto o médico está sentado entre suas pernas.
— Vamos senhora Bertani, mais uma vez, estou vendo a cabeça.
Ela grita e volta a colocar força, vou para seu lado e seguro sua mão, ela me olha com os olhos cheios d'água e põe força outra vez dessa vez esmagando minha mão no processo.
— Está quase lá. — sussurro e ela põe força uma última vez antes de um choro estridente encher a sala.
— Parabéns, é uma linda menininha. — o médico diz. — Quer cortar o cordão senhor Bertani?
— Claro. — digo já chorando, porque esse é o momento mais feliz da minha vida.
Tovell solta um suspiro longo e descansa a cabeça, as enfermeiras trazem nossa pequena Libbie para que ela possa segurá-la.
— Bem vinda ao mundo, Libbie Belle Bertani. — ela diz passando o dedo suavemente na testa da nossa filha.
Beijo o lado da sua cabeça em seguida passo a mão na cabecinha de Libbie, Tovell sorri para mim e me dá um beijo.
— Eu te amo. — sussurra com os olhos marejados.
— E eu amo vocês.
Tovell
No dia seguinte estamos liberadas para ir para casa, é hora de receber nossas visitas. Claro que Laura e Ement são os primeiros a conhecê-la.
— Ela é perfeita, Tovell. — Laura diz segurando-a com mais cuidado que o necessário.
— Ela é. — digo a observando embalar Libbie com os braços. — Você será uma ótima mãe também, Laura, também estamos ansiosos para conhecer a Ivy e o Kai.
— Eu sei, é só que a gravidez me deixou emotiva demais, mas também estou ansiosa para segurar meus bebês. — ela diz me devolvendo Libbie agora adormecida.
— Estamos, meu amor. — Ement diz, abrançando-a.
Estou feliz, extremamente feliz, começamos nossa própria família e em breve teremos mais dois membros chegando.

Mistérios de uma vida roubadaOnde histórias criam vida. Descubra agora