Capítulo 12

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Olá amores, desculpa pela demora estava sem criatividade mas prometo postar outro capítulo ainda essa semana, não sejam leitores fantasmas, interajam comigo por favor, isso me motiva muito.

Bjos, boa leitura.

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Dilan Evgenis💥

Me rendi ao sono e a escuridão convidativa que me abraçou. E por um instante eu era apenas um garoto.

Estava completamente submerso e tentava chegar ao pequeno feixe de luz que se arriscava entre as águas turbulentas e sombrias.

A temperatura era glacial e constante, meu corpo lutava tentando alcançar a superfície, todos os meus músculos e pensamentos em agonia sobrepujante, lutando por uma lufada de ar puro, amarras seguravam meus pulsos, me afundando para o fundo, mãos em meu peito me convencendo ao aconchego da morte.

Nerezas, antigas criaturas aquáticas, que te prendiam e te arrastavam para o fundo, viviam em apenas um grande rio, perto da fronteira com o Reino bruxo, tiravam seu fôlego e vitalidade, mas se você conseguisse resistir, se tornaria senhor delas.

Até o dia de sua morte, ou até o próximo sucessor vir e reivindicar o trono. Esse era o rito de passagem, para se tornar supremo. 

Mas eu já conhecia essas águas, eu era jogado aqui a força, para receber um castigo de meu pai, que não permitia que as nerezas me matassem, afinal a lealdade delas estavam com ele, e ele não era tolo para matar seu herdeiro. 

Ódio colérico, garras surgiram, e sangue tingiu as águas límpidas e sombrias. E a nereza que me segurava estava morta.

Sua mandíbula com dentes largos afiados estava dilacerada, sua pele cinzenta cintilante estava estraçalhada, seus cabelos azuis-escuros sedosos flutuavam, e eu sabia, todos os músculos gritando, até que minha cabeça finalmente ultrapassou o nível da água, e o ar encheu meus pulmões. 

Eu abri os olhos, me lembrando que não sou mais um menino, não estou mais sendo castigado, e não estou lutando por ar. Meus olhos percorrem meu quarto observando a janela, a paisagem. O sol que está gradualmente se despontando no céu.  

Ouço passos no corredor e pelo cheiro sei que é Zyan, então vou ao seu encontro. Mas ele é mais rápido e a porta é aberta bruscamente. E um Zyan três tons mais pálido e ofegante apareceu em minha porta. 

— Ômegas, dezenas deles. Estão atacando. Eles sabiam, nossos  soldados estão em sua maioria estão na alcateia Andrômeda, não temos guerreiros. Eles estão atacando as casas. Você é o supremo, equivalente a um exército, mata eles. — Disse o final, como se fosse simples.

— Pela lua.

Saímos correndo, nos transformando tentando alcançar, mas estávamos cercados. E eles tinham a vantagem, não estavam protegendo ninguém. 
Mas estava ali, parada a frente ao exército, minha companheira, ao que parece seus ferimentos foram finalmente expurgados de sua pele.

— Assassina da arena, seus amigos sabem quem você é? 

Foi a última frase que o lobo disse. Verônica se transformou, sua loba era linda, seus pelos eram cinza, quase brancos. E balançavam ao seu movimento quando ela saiu do lugar.

Rápida e eficiente como um raio, nenhum movimento era desperdiçado, e eu fiquei deslumbrado, um verdadeiro bobo.

Saltos, rodopios. Um a um, ela ia destruindo o exército de ômegas, quando começaram a disparar flechas envenenadas. Certamente com seiva de dragão, tentei me aproximar par ajudar, mas ele se virou e rosnou para mim.

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