Verônica Exousia🌙
Acordo com um golpe no estômago, mas uma vez estava na pequena cela de paredes cinzas, os únicos móveis presentes eram minha cama e uma pequenas estande de livros conquistada como regalia, por fazer o necessário, as grades eram tão horríveis como o de costume, olhei os guardas enfileirados rentes a parede, seus uniformes, verde musgo combinando, trajando a insígnia de seu mestre sou arrastada a força, tento resistir, mas é em vão, estou com a sensação de estar presa com correntes invisíveis que prendem meus movimentos.— Me soltem, ou eu juro que mato vocês- tentei me debater, mas foi um fiasco humilhante. E ouvi os risos vindo deles.
Me prenderam com correntes visíveis, sentia o metal frio contra minha pele, e sentia ela se arranhando conforme me arrastavam pelo piso, eu gritava, mas não fazia diferença, senti meu rosto queimar com o forte impacto causado do soco e me senti impotente, por não poder me desvencilhar das mãos deses soldados, pode não poder revidar, vi a parte de mim que queria guerrear se rendendo ao poucos, mas não vou desistir, jamais darei esse gostinho a ele, de saber que me subjugou, lutarei até perder todas as minhas forças, não desonrar tudo que fiz até agora é minha convicção.
— Cale a boca vadia, ou vai ser chicotada para ficar mais calma. — disse e logo em seguida soltou uma risada nasal, eles estavam se divertindo com meu sofrimento.
Eles eram altos, e estavam armados, todos estavam atentos prontos para me atacar a qualquer momento, eu tinha consciência que não teriam nenhuma piedade comigo, eram muito bem pagos para isso e tenho certeza que sentiam muito prazer no que faziam, o mesmo prazer que eu vou ter quando matar todos eles.
— Não me mande calar a boca, e nem grite comigo, você vai ver vou arrancar sua língua nojenta. ‐ disse tentando me soltar fracassando mais uma vez.
— E como pretende fazer isso? Se quiser me beijar e tentar a sorte quem sabe- risos incessantes ecoaram pelo corredor gélido e vazio.
— Me soltem infelizes, e vamos ver quem sai vivo daqui.
Fui arrastada por mais uns metros e fui jogada dentro da sala de Samael, e ele se levantou de seu trono. Veio em minha direção em passos lentos.
— Você não é mais útil para mim, morra sabendo que todas às vezes 3 daqueles que você matava eram de sua alcateia, queime no inferno, e se lembre eternamente do sangue que você derramou.
Se aproximou ainda mais, se ajoelhando ao meu lado com um sorriso sarcástico estampado no rosto, como se fosse nada, algo insignificante tirou uma adaga de seu casaco e enfiou em meu pescoço, lentamente com a intenção de me fazer sufocar em meu próprio sangue.
Levantei em um pulo, estava soando frio. Foi só um pesadelo, mas parecia tão real, tão vivido. Sentia meu coração acelerado, observei o local, as paredes azuis e brancas, as cortinas amareladas. Era um hospital, existia um, na fortaleza, eu frequentava a quele local afinal, as lutas me rendiam vários machucados e alguns chegavam a ser letais, e passei a odiá-lo, eu só queria morrer, e toda vez eles salvavam minha vida, quando, na verdade, eu queria perder essa batalha.
— Ela acordou, chamem o beta do supremo para averiguar, estava coberta de sangue que não era dela, pode ser perigosa.
— Supremo? Eu estou em Orla?
Sorri, feliz. Vou poder contar tudo e ele atacará a fortaleza de Samael e os escravos serão libertados, meus companheiros de sela vão ser livres, um fio de esperança surgiu e eu me agarrei a ele, minhas preces diárias foram atendidas em um único dia, e a alegria se irradiou em meu peito, somente pelo fato de saber que existe esperança e nem tudo está perdido. Você só perde quando desiste, e para de lutar, porque há sempre uma oportunidade de tentar de novo e vencer.
— Está sim, em Orla, afinal quem é você?
— Eu fui sequestrada a 10 anos atrás, de minha alcateia Natal Duvessa, meu nome é Verônica Exousia.
Um misto de espanto e surpresa tomou seu rosto, e ela saiu correndo passando pela porta e ao longe ouvi a voz dela.
— Chamem o supremo, ela é Verônica Exousía.
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Loba Escarlate
WerewolfQuando tinha apenas 8 anos, foi sequestrada de sua alcateia, levada para aprender lutar e matar, ser uma arma na mão de homens maléficos, o companheirismo deixou de ser um sonho e se tornou um medo. Pensava que matar, para proteger seu povo era a s...