Capítulo 15

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Olá amores, eu sei que disse que ia postar ontem mas aconteceu um imprevisto, eu fiquei essas 2 semanas sem atualizar porque estava em tempo de prova, eu caprichei bastante nesse capítulo e espero que vocês gostem.

Bjss boa leitura.

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Verônica Exousia🌙

Varri os olhos pela mesa contemplando a enorme variedade de comidas que eu nunca vi, eu sempre comia coisas de 2° mão, o suficiente para me manter em forma e nem sempre o gosto era particularmente agradável, eu não tinha conhecimento sobre pratos tão bem elaborados.

Samael me permitia estudar e tudo, mas só para que eu, fosse mais eficaz, mas nunca pude apreciar as belezas criadas. A sensação de uma roupa macia sob minha pele era reconfortante jamais tinha, vestido algo igual, me davam roupas ásperas e as únicas vezes que vestia vestidos eram pequenos e transparentes para atiçar a curiosidade alheia, e é claro não tinha escolha de não vestir era isso ou ir nua.

- Eu não tenho certeza por qual começar a comer, eu nunca vi essas comidas. - Disse um pouco envergonhada pela minha ignorância.

- Eles não te alimentavam? - Ele disse curioso, mas eu via a repulsa e raiva escondidas em seu semblante, antes animado.

- Sim, mas não com comidas com a intenção de serem gostosas, mas que me mantinham em forma para não perder energias.

- Sinto muito, de verdade.

- Mas, tinha um curandeiro que contrabandeava chocolate e morangos, quando eu precisava visita-lo, ele sempre me dava um pedaço o que já era raro por lá.

- Esse curandeiro, ele ainda está lá? Nesse momento eu me lembrei novamente, enquanto eu aproveitava essa liberdade recente, Lucca estava preso naquele lugar horrível, eu poderia ter levado ele comigo.

- Desculpe, não precisa falar sobre isso. - Ele completou, provavelmente percebendo minha expressão.

- O nome dele é Lucca Farmako, - Sua expressão ficou neutra, penso que familiarizado com o sobrenome.

- Ele é irmão do médico que me atendeu. Lucca é esperto demais para se dar mal, fique tranquilo.

- Eu disse com um sorriso afiado, mas sem mostrar os dentes, estampado no rosto.

Peguei algo parecido com um bolo, mas meio mole e a textura era totalmente diferente, nada da fofura e leveza.

Tinha cheiro de momentos felizes, eu me recordava vagamente, mas não o suficiente para me lembrar o nome com clareza, e muito menos dos momentos felizes.

Com semblante de interrogação obviamente estampado na cara quase me assustei com a voz soando ao meu lado, quase.

- Isso é pudim, eu particularmente não gosto muito.

- Chega ser uma heresia alguém dizer que não gosta disso.

Ele riu, uma gargalhada leve e sincera e eu realmente quis acompanhar, mas o som ficava enroscado em minha garganta, eu não conseguia rir, e me deparei mais uma vez com a quela barreira áspera e bruta.

Me vi pensativa, sobre meus 8 anos de felicidades, e a quele pudim já não parecia tão doce.

- Sabe, às vezes eu também não gosto de algumas comidas, mesmo que o gosto seja bom.

- Ele se esticou sobre a mesa e eu acompanhei precisamente seus movimentos Ele pegou um doce pequeno, com uma cobertura como a de um lago quase límpido, mas denso de certa forma.

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