Prólogo

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⚠️⚠️AVISO⚠️⚠️

A história terá gatilhos, e algumas cenas pesadas.

• Tortura física.
• Mutilação
•Vários gatilhos, leia sabendo.
• Não será permitido comentários homofóbicos, racistas, preconceituosos ou na intenção de ofender outro leitor, e claro a autora no caso eu.
•Respeite a todos e tenha uma boa leitura.

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Verônica Exousia🌙

Sou apenas uma adolescente que a vida resolveu castigar, um passado sombrio me ronda, os meus traumas me cercam procurando uma brecha para me fazer sucumbir, inimigos estão a espreita, qualquer um pode ser um traidor, por mais que eu lave minhas mãos, os traços de sangue e as vidas que foram tiradas por elas não se apagam, talvez para mim não tenha salvação, mas não me importo. Nunca irei parar até ver todos eles mortos.

A lua de sangue estava chegando, e com ela as esperanças, o companheirismo era um sonho distante.

O cárcere faz coisas horríveis com a mente de alguém, por longos 10 anos eu continuo isolada do mundo, meu aniversário se aproxima e tenho vontade de comemorar ao sol, eu vejo a luz por pequenas aberturas em meu calabouço, ou quando preciso matar, sou mais um peixe no aquário de um homem de mente maléfica, ele queria guerreiros perfeitos, que matavam a sangue-frio, não se importavam com a dor, que abdicaram de sua vida para serem bonecos de guerra.

Estou deitada em minha sela, olhando pela pequena janela ao alto, tinham grades é claro, afinal uma mercadoria preciosa não poderia correr o risco de fugir, o sol se escondeu. Talvez estivesse com vergonha de mim, e não o julgo, pois, eu também tenho.

Será que algum dia, mudarei? Provavelmente não. Não tenho escolha, é matar ou morrer, ser implacável ou fraca, o meio-termo não é uma opção, sou uma guerreira que está sendo forjada por fogo estranho.

Toco as grandes sentindo a dor e ardência irradiarem minha mão, eram envenenadas, com a seiva de uma árvore especial, que era tóxica para minha espécie. Às vezes queria morrer, mas por minhas próprias garras.

Ouço os passos dos guardas se aproximando, e observo os objetos que carregam em suas mãos.

- Chegou a hora, venha logo a arena a espera.

Vários guardas adentraram o pequeno cômodo, e colocaram as algemas, as correntes, primeiro nos pulsos, depois nos braços, pescoço. Mordaça e espinhos, tudo para impedir que eu me rebele ou tente algo contra eles.

Já ouvia as vozes podres, e os gritos da plateia, as grandes portas se abriram e meu coração se partiu mais uma vez, eram 20 jovens, guerreiros, e todos iriam morrer.

- Já sabe o que fazer, se perder seu povo irá pagar por cada um deles que viver.

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