Capítulo 13

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Olá amores, tudo bem? Desculpem a demora para atualizar não estava com inspiração, eu peço que vocês deem sua opinião sobre a nova capa. O que vocês acharam?

Boa leitura, bjss.

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Verônica Exousia 🌙

Eu vi a noite despontando no horizonte, os tons sombrios tingindo o céu, enquanto desfrutava dos luxos oferecidos a mim, não sou altruísta ou tola o bastante para negar qualquer conforto que posso ter, orgulho é algo totalmente inútil, afinal isso tudo está saindo totalmente de graça, pelo menos para mim, é claro.

Senti meus ferimentos se fechando, e fiz uma nota mental de quanto tempo demora para meu organismo se desintoxicar de 10 anos de envenenamento contínuo, mas pelo lado bom eu devo ter resistência à seiva de dragão, afinal nenhuma flechada vai fazer o mesmo efeito de um longo período.

Aproveitei a noite confortável, com brisas mornas para fazer um reconhecimento em torno do local, me sinto viva novamente. Meus sentidos e habilidades voltaram á tona em seu auge, o talento de ser sorrateira em seu ápice, vasculhei corredores salas, passagens secretas que eram para estar escondidas, fiz um mapa em minha mente, caso algo acontecesse não estaria, de mãos atadas.

Eu tenho decorado cada dobra, cada quadro, ou alma viva neste hospital, acredito que você abandona os velhos hábitos, mas eles não abandonam você. Logo após disso me joguei no colchão macio, sentindo o aconchego dos lençóis, as roupas finas sobre minha pele, nunca usei tais coisas, mas não sei se estou pronta para renunciar a tudo isso agora que as descobri, talvez eu tenha nascido para uma vida luxuosa e sensual, me lembro dos vestidos e roupas caras.

Olhei para dentro de mim, e esperei a tormenta, ondas se chocando, turbilhões em polvorosa, mas a única coisa que eu encontrei foi um vazio agonizante, um vácuo em que nada existia, quilômetros de silêncio em minha mente, eu estou quebrada, e não quero me consertar.

[...]

O amarelo avermelhado do sol, sangrava o céu matinal, finalmente poderia ir em bora. Me levantei decidida me vestindo de arrogância e soberba. Certa vez aprendi a humildade, mas confesso que gostava de sentir os arrepios de medo, sempre que passava acorrentada. A única diversão era essa talvez.

Mas cheguei a ponta da cama espaçosa, ou me livrei dos lençóis que faziam cocegas gentis em minha pele, quando comecei a ouvir gritos de ordens, passos agitados e desesperados. A porta se abriu e vi Mateo entrando as pressas.

- Ômegas estão atacando a alcateia, vamos logo vou te levar até o cofre do hospital, e chamaremos o supremo.

Me permiti ficar estática por um segundo sentindo o peso das lembranças, não preciso ir para o cofre, não sou mais quem precisa de proteção, vou matar todos.

- Não se preocupe Mateo, vou lutar e acredite quando eu digo que não sou que preciso de proteção agora. - Senti um sorriso afiado despontar em meus lábios, tomada por uma emoção esquecida a tempos. Eu estou lutando pelo lado certo dessa vez.

Mateo tentou argumentar, mas eu vi seus olhos arregalados quando eu saí em uma velocidade anormal, pelas janelas do hospital, rumo ao tão amado campo de batalha.

Senti os olhares queimando sobre mim, mas nesse momento nada importava, talvez gostar do sangue dos inimigos me torne má, porém não sou uma heroína, mas vou proteger o povo como a vilã que aprendi a ser.

Olhei para frente e vi, dezenas deles. E ouvi uma voz pela qual sinto nojo.

- Assassina da arena, seus amigos sabem quem você é?

Essas foram suas últimas palavras, eu me transformei. Sentindo meu pelo balançando ao vento, quando avancei em fúria matando a quele desgraçado, e sentindo o sangue manchando meus pelos. Eu nunca me senti tão viva, quanto agora que estava matando. Certa vez prometi que meu rosto seria a última coisa que eles veriam.

Ainda vejo em meus pesadelos, sinto seus olhares repulsivos, de toda vez que adentrava a arena, mas hoje a morte deles seria o espetáculo.

Nesse momento me tornei a morte encarnada, matando um por um, deixando para trás um rastro de desolação e pedaços de carne ensanguentados.

Estava indo tudo bem quando começaram a disparar flechas envenenadas, mas como esperado, foram espetadas dolorosas e ardentes, porém insignificantes para o meu corpo já acostumado ao veneno, Samael deve estar se arrependendo de ter me ajudado a ser imune a um veneno mortal para lobos. Eu e minha loba sorrimos. Aproveitando a brisa morna de verão.

Meu companheiro, tentou se aproximar, para ajudar talvez, mas rosnei para ele em reprovação, pensar nisso ainda era algo difícil para mim.

Olhei para o exército de ômegas, ou pelo menos o que sobrou dele, metade dele foi dizimado por minha pessoa, assassina da arena, loba escarlate ou Verônica, não importa como me Chamem, eu continuo sendo letal.

Senti o aroma da liberdade, a saboreou a sequência de movimentos ajustados e precisos. Eu realmente fiz uma carnificina, meu pelo agora molhado se movimenta com o fluxo do vento, e eu era mais uma vez a loba escarlate, porém hoje eu tinha orgulho disso e de quem eu sou.

Tenho plena confiança e convicção que a maioria das pessoas em meu lugar não teriam sobrevivido a infância, quem diria chegar a fase adulta como eu, sou uma guerreira, uma sobrevivente e não vou me envergonhar de minha história e cicatrizes, elas são minhas medalhas de honra. E eu vou fazer minha vida valer a pena pelo tempo que me resta.

Me esconder e andar pelos cantos não vai me ajudar em nada. Tenho um companheiro, uma vida. Não vou permitir que dádivas preciosas se vão tão facilmente.

Eu me virei e me curvei ao povo, triunfante diante dos mortos. Um pedido de perdão silencioso.

- Não importa o que eu faça, nunca terá perdão para mim, o que ele disse é verdade, eu sou a assassina da arena, e também a loba escarlate. Mas nada é o que parece. - Parei por um instante e um ruído sofrido escapou de minha garganta, mas me forcei a continuar.

- Eu fui enganada, e eu contarei história, não se preocupe com a guerra, eu a lutarei por vocês, como uma pequena redenção.- Vou fazer de tudo para merecer mais uma vez estar entre vocês, conclui em mente.

Continua...

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