Capítulo 17

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Alguns dias depois…

Lutei contra minhas mãos trêmulas e o gosto de ferro em minha boca, pelo menos ela estava viva, e bem.

— Consegui estancar a maioria dos nossos ferimentos, os ematomas iram permanecer, se eles desconfiarem que ainda tenho um resquício sequer de poder, vão sugar até a última gota como os vermes que são.

— Vamos morrer, não se iluda, seja lá quem que você pensa que vá nos ajudar, acredite ela não virá, está a salvo, não vai se pôr em aflição por nós, ela mentiu.

— Verônica é a portadora da vitória, e ela sabe para quem mentir. Seu desaleto me parece hipócrita de sua parte, Ayla. — Disse e ri com escárnio.

— Não me culpe pelo erro absurdo de meus pais.

Olhei adiante, em direção ao enorme amontodado de soldados enfileirados, e insenei em minha mente, a mancha carmesin que iria se instaurar no campo de batalha, desde ela escolhesse seu lado, quando ela escolhesse para quem mentir.

— Quero acreditar que você não é louco, mas é difícil. Acabamos de ser espancados por ele duvidar que apoiariamos ela em caso de traição.
— Disse Ayla, seguindo para se juntar ao batalhão dos curandeiros.

— Não se preocupe, ela vem, e vai deixar um rastro de caos, quem sobreviver verá.

Narrado por: Lucca Farmako.

Verônica Exousia🌙

Como o esperado, os exércitos de Samael começaram a avançar, e dentro de mim, algo ressoou, culpa talvez.

Mas isso não é permitido, não posso ter dúvidas sobre mim mesma.

— Você tem que se apressar, e organizar suas tropas, ele não virá para brincar de combate.

Dilan rosnou, e passou as mãos sob os cabelos.

— Quanto tempo temos? Para reunir e começar a marchar, até as fronteiras? — Dilan, perguntou a Zyan.

— Seis meses, no máximo, eles já estão se movendo, temos sorte da distância. Mas por que atacar agora?

— Porque ele perdeu sua arma pessoal, e Samael não gosta de perder. — Disse tentando soar inexpressiva.

— Prescisamos apressar drasticamente a sua apresentação como Luna, para poder lutar ao nosso lado no campo de batalha.

Um arrepio breve percorreu meu corpo, mas acreditei que fosse a ansiedade por conta do combate.

— Você vai lutar conosco, certo? — O lobo disse com um sorriso viperino estampado nos lábios.

— É claro que eu vou, temos sorte, de Samael espalhar suas forças, se não teríamos sorte em ter semanas, ele tem vários aviões a disposição, mas precisa parar em suas fortalezas para abastecer, e é claro reunir seu estoque de homens e armas. — Eu disse olhando para zian com arrogância. Meu maior escudo.

— Mas nós também temos, e em caso de possível ataque podemos usar, por mais que o supremo tenha um medo descomunal. — Disse Zyan completando com uma risada sarcástica.

— Eu não confio em uma máquina que voa, por isso prefiro viajar de carro. — Disse ele relutante, e um pouco envergonhado talvez.

— Por isso demoramos para chegar a alcateia quando sua exótica comonaheira chegou. Pude ver ressentimento e aceitação nos olhos de Dilan, ele estava correto.

Zyan se virou uma última vez antes de começar a andar em direção a saída.

— Você começar os preparativos para a apresentação, a cerimônia precisa dar certo para ela conseguir ter o laço.

E saiu.

— O que tem demais nesta cerimônia? — Indaguei curiosa.

— Nada de mais, você vai vestir uma roupa cinza azulada, característica das Lunas, e vai jurar proteger a alcateia, e ser a protetora da verdade.

Meu estômago se embrulhou um pouco, mas reafirmo que o que comi não me caiu bem.

— Eu vou fazer o mesmo juramento a você, e vamos trocar colares com a pedra da verdade, depois joga-los no rio alítheia. E é claro, uma festa. — Ele disse com uma pequena risada alegre no final.

Ele deve estar receosso no fundo, com a possibilidade de uma batalha eminente. A luta sempre vem acompanhada de sangue e morte, algo que eu aprendi com o tempo.

Mas para seus soldados, irá se tornar uma novidade indesejada e repulsiva.

[...]

Estava arrumando as malas, foi estabelecido que eu iria junto a Dilan, a alcateia Drakma, para começar a organizar os batalhões, e depois voltaríamos para a cerimônia, qhe aconteceria em 2 semanas.

Eu conseguia sentir o medo de Dilan a distância, ele realmente detesta aviões, o que chega ser cômico.

— Como é o clima a essa época do ano? — Perguntei, as alcateias funcionavam de forma diferente umas das outras, tudo dependia de seus governantes, então poderia ocialar.

— Eu diria que lá é Primavera, mas leve um casaco, nunca se sabe se você pode sentir frio, mas não se preocupe eu posso te aquecer se você quiser. — Disse e me lançou um olhar assustadoramente inocente.

Eu ri, realmente, aproveitando a tensão e o resquício de paz.

— Você fica linda sorrindo — Tentou dizer, mas foi interrompido por um Zyan com repulsa no olhar.

— Você é muito meloso, mas o avião está pronto, vamos logo. — E saiu batendo a porta.

Olhei de soslaio para Dilan, e quando nosso olhar se encontrou rimos juntos.

Fomos pegar nossas bagagens, meu companheiro levou a maioria, dizendo ser obrigação dele me fornecer o máximo de conforto possível, e eu apenas sorria cpm sua gentileza.

Segui o Alfa de todas as alcateias, para dentro do pequeno avião, e me sentei ao seu lado em uma poltrona bem espaçosa.

Ele estava realmente assustado, mas deu o sinal para o piloto, que lançou a máquina sobre nossos pés ao ar.

— Eu gostaria de não precisar voar, não gosto dessa sensação de incapacidade. Sou um lobo não um passaro.

Eu ri com escárnio.

— Quem diria, o supremo alfa, temido e com fama de agressivo, mas que tem medo de aviões.

Ele cutucou minha costela, e segurou minha mão, eu apreciei o toque físico, e seguimos em silêncio, até chegarmos ao nosso destino.

Conforme deciamos, pude sentir o calor retornar às mãos gélidas de Dilan, qhe não me soltaram por um instante sequer.

Ao descer, um homem alto nos esperava, ele era bonito, não tanto quanto Dilan, mas era bonito.

Ao seu lado havia uma mulher, consideravelmente mais baixa que eu.

Ambos fizeram uma reverência quando nos viu, ou melhor, quando viram Dilan.

— Supremo. — Disseram em uníssono.


Continua...

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