19.1 - Ruins

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Wesley se sentia exausto. Já havia percorrido todo o interior do prédio onde as regionais do campeonato de matemática havia acontecido e não encontrara Jenny ou seus amigos da Math Addicts em lugar algum. Chegou até mesmo a percorrer o estacionamento duas vezes, mas logo percebeu que ela não estava mais lá.

Seria mais fácil se ela simplesmente atendesse a porcaria do celular.

Dando-se por vencido, ele caminhou em direção ao próprio carro, sentindo-se exausto. Mal podia acreditar que teria que pegar mais duas horas de estrada para voltar para casa e, além de tudo, estava com fome - talvez se tivesse se servido melhor no almoço na casa da Pamela, não estivesse com aquele problema.

No caminho do centro de convenções até a estrada que o levaria de volta para Sequim, ele encontrou uma floricultura e parou para comprar um buquê para Jenny. Sabia que ela provavelmente estaria chateada pela sua falta de pontualidade e imaginou que precisaria apresentar algo melhor do que um mero pedido de desculpas.

Durante o trajeto até sua cidade natal, ele ainda tentou ligar para Jenny duas vezes mais, mas o resultado era sempre o mesmo: o telefone tocava incessantemente até ser recebido pela mensagem automática de Jenny, informando que estava ocupada e não podia retornar a ligação no momento.

Aquele dia tinha sido simplesmente exaustivo para Wesley Stromberg. Entre tentar comparecer ao almoço da namorada e aparecer para oferecer apoio moral para a melhor amiga na competição de matemática, ele se sentia física e emocionalmente esgotado.

E, o pior de tudo, é que sentia que, apesar dos seus esforços, tinha deixado as duas na mão.

Estava com os olhos cansados e os músculos dos ombros e dos braços doloridos quando finalmente passou pela placa que indicava que estava novamente em Sequim. Fez o caminho que conhecia tão bem e, em questão de minutos, estava na rua dos Collibre.

Além do carro dos pais de Jenny, haviam outros três carros estacionados e Wes sabia que isso significava que todos haviam se reunido para comemorar a vitória. Sabendo como Jenny e os demais integrantes da Math Addicts haviam ficado arrasados com a derrota no ano passado, ele mal podia esperar para parabenizá-los pelo merecido resultado positivo.

Ele desceu do carro e se espreguiçou, pegando o buquê que havia deixado no banco do carona e caminhou rapidamente até a porta de entrada da casa de Jenny. Antes de tocar a campainha, no entanto, ele espiou pela janela, no vão criado pelo movimento da cortina, e viu a amiga em pé, com Drew e Alex ao seu lado, conversando de costas para ele, com pratos em mãos, provavelmente se preparando para escolher um pedaço de pizza - provavelmente marguerita.

Com um sorriso no rosto, ele pescou o celular do bolso e deu o comando para que o aparelho ligasse para o celular de Jenny. Imaginou a expressão surpresa da amiga quando acenasse para ela através da janela.

Tu… tu… tu…

Mordiscou o lábio inferior, contendo um sorriso.

Jenny moveu-se discretamente e puxou o celular do bolso da calça.

Tu… tu… tu…

Wes suspendeu a respiração, já imaginando como poderia iniciar aquela ligação para surpreendê-la.

Tu… tu… tu…

Mas, então, encolhendo os ombros, Jenny deslizou o aparelho de volta para dentro do bolso e continuou conversando com Drew e Alex como se nada tivesse acontecido. Como se ela não tivesse acabado de deliberadamente ignorar uma ligação dele.

Sentindo-se dormente e como se tudo estivesse acontecendo em câmera lenta, Wes encerrou a ligação e ficou por alguns instantes observando o que acontecia dentro da casa da garota. Estava confuso e atordoado.

Sunset BLVD. - A Emblem3 FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora