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Capítulo 39 - The Book's Ending

Capítulo 39 – The Book's Ending

Jenny passou as duas semanas seguintes em viagem com o seu pai. Os primeiros três dias em Washington foram um pouco solitários, porque Geoffrey Collibre passou a maior parte do seu tempo em reuniões com parceiros comerciais. Durante esse período, a garota aproveitava para ler, estudar as matérias que Alex lhe enviava por e-mail e escrever seu livro, que avançava em direção a um desfecho.

No fim da tarde, Geoffrey a buscava para jantarem em algum restaurante delicioso e, depois, retornavam para o hotel. Às vezes, escolhiam algum filme para assistir pelo canal pay per view, jogavam alguma partida de um jogo de baralho ou conversavam até tarde da noite.

Caroline Collibre não foi mencionada de forma expressa por nenhum dos dois, mas a presença dela parecia pesar no recinto entre eles como um fantasma.

A única coisa que Jenny sabia sobre a mãe era que ela estava cuidando da Collibre Sports nesses dias que eles estavam viajando. Seu pai mencionou que havia pedido esse favor e que pagaria um valor para Caroline pelo auxílio. Mas nada mais foi dito sobre o assunto.

Depois do terceiro dia de reuniões, Geoffrey finalmente estava livre para dedicar todo o tempo para Jennifer. Eles separaram os três dias seguintes para visitar novamente os museus no centro da cidade, o Capitólio, a Casa Branca, dentre outras atrações turísticas.

Nos dias seguintes, fizeram um roteiro de cidades próximas em que poderiam passar uma ou duas noites, conhecendo atrações locais, especiarias e pessoas diferentes. O tempo longe de Sequim parecia ser exatamente o que os dois precisavam para recarregar as energias.

Além disso, conhecer todos aqueles lugares novos enchia Jenny de inspiração e, à noite, enquanto o pai lia algum livro ou as notícias do jornal, a garota se dedicava integralmente ao seu livro, pelo qual Geoffrey demonstrou muito interesse.

A única coisa que preocupava Jenny, no entanto, era a decisão que precisava tomar para concluir o seu livro. Assim como ela, Amelia, a personagem principal de seu romance, estava dividida entre dois importantes personagens, seu melhor amigo, agora um renomado cavalheiro, e o príncipe que aprendeu a amar.

E ela precisava decidir qual dos dois ocuparia o lugar ao lado de Amelia. E, por mais que fosse uma história de ficção e nenhum dos três personagens fossem reais, Jenny simplesmente não sabia a quem escolher.

A vida de sua personagem com o príncipe seria o final de um conto de fadas, com a corajosa e destemida princesa se unindo a outro membro da realeza para unir duas poderosas famílias e governarem juntos. Por outro lado, a vida com seu melhor amigo seria uma interessante quebra de padrões, com Amelia se unindo ao amor de infância e, impondo-se aos seus pais, exigindo o casamento com um cavalheiro, filho de um singelo açougueiro do reino.

Mas qual escolher?

Jenny sentia o conflito de sua personagem de forma muito particular. Isso porque ela também sabia que precisaria tomar uma decisão a respeito de seu próprio futuro romântico. Durante a viagem, trocara algumas mensagens com Wes e Drew.

As conversas eram sucintas, sobre assuntos banais. Eles comentavam alguma novidade no colégio ou em suas vidas pessoais e ela, em retorno, contaria algo diferente que tinha visto com o pai. Nenhum deles mencionava nada específico a respeito das expectativas e sentimentos que nutriam, mas ela sabia o que eles esperavam dela.

Uma resposta.

Uma resposta que ela não tinha.

Ela esperou que o tempo afastada, o ar fresco, as caminhadas pelas trilhas, os museus e coisas novas que ela conhecera com seu pai durante aqueles dias pudessem ajudá-la a se decidir, mas ela não teve essa sorte.