Jenny saiu do quarto e desceu as escadas, com Wes apenas alguns passos atrás dela. A pessoa do outro lado da porta voltou a apertar a campainha, desta vez fazendo com que o som se tornasse uma constante aguda, que arranhava os ouvidos da garota.
- JÁ VOU! – ela berrou, apressando-se para pular os dois últimos degraus.
Abriu a porta e arregalou os olhos ao encontrar seu pai, um pouco bambo, amparado por um senhor desconhecido de meia idade, um pouco barrigudo, com os cabelos curtos e grisalhos em alguns pontos.
- Ah... pai?
- Oi, Jenny... – ele respondeu, sua voz embargada; ele se esforçou para manter uma postura correta, mas girou sobre o próprio eixo e acabou se apoiando novamente no desconhecido – Eu só bebi um pouco... tudo isso... – ele gesticulou de forma exagerada, referindo-se a nada em particular – é um... – soluçou – exagero.
- Ah... – Jenny sentiu as bochechas pinicando, sentindo-se envergonhada pelo fato de que Wes e aquele senhor, seja quem fosse, estavam presenciando aquela cena – Me desculpe, mas... o senhor?
- Eu sou o taxista. O Rudy me chamou. Disse que tinha um cliente bêbado demais para voltar dirigindo. O carro dele continua lá no bar. Aliás, a corrida deu vinte dólares – acrescentou, seu tom de voz indicava que ele não estava muito satisfeito com aquela situação.
- Está certo... – ela murmurou, sentindo-se constrangida – Eu vou buscar minha carteira, e...
- Não se preocupe, Jenny – Wes disse às suas costas – Eu tenho o dinheiro.
Prontamente, o rapaz pescou a carteira do bolso e tirou duas notas de dez dólares, estendendo-a para o taxista. O homem agradeceu com um aceno de cabeça e, enquanto pegava as notas, conduziu Geoffrey com um dos braços para dentro da casa.
O homem deu alguns passos trôpegos antes que Jenny se adiantasse para sustentá-lo. A garota sentiu o cheiro enjoativo de álcool invadindo suas narinas e fez uma careta involuntária. Durante todos aqueles anos, ela poderia contar nos dedos de uma única mão as vezes que tinha visto o pai naquele estado.
- Ah! – o taxista puxou uma chave do bolso da calça – A chave do carro dele – acrescentou.
- Obrigado – Wes murmurou, pegando o objeto, já que Jenny estava com as mãos ocupadas tentando equilibrar o pai.
Com um resmungo, o taxista deu as costas para ele e voltou em direção ao seu carro estacionado junto ao meio-fio.
Por sua vez, Wes parou do outro lado de Geoffrey e, passando um dos braços do homem pelos ombros, auxiliou Jenny a segurá-lo.
- Para onde você quer levá-lo? Para o quarto dele? – Wes perguntou.
Jenny lançou um olhar vacilante na direção das escadas que levavam ao segundo andar, onde ficavam os quartos. Sentiu o peso do pai, que parecia cada vez mais incapaz de se sustentar de pé e pensou em todas as coisas terríveis que poderiam acontecer se, por um deslize, seu pai caísse escada abaixo.
- Vamos levá-lo para o sofá – ela decidiu.
- Boa ideia – Wes resmungou, também lutando para sustentar o peso do tio Geoffrey.
Para um homem de altura e peso medianos, o pai de Jenny poderia ser bastante pesado.
Ainda assim, em conjunto, os dois conseguiram guiá-lo pelo lobby e pela sala até o sofá, onde o deitaram. Geoffrey soltou um gemidinho e soltou alguns resmungos ininteligíveis.
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Sunset BLVD. - A Emblem3 Fanfic
Fiksi Penggemar"She's startin' to get the best of me while she makes her mind up whether she wants me or Wesley" (Sunset BLVD. por Emblem3) Jennifer Collibre e Wesley Stromberg são melhores amigos desde a infância. No entanto, as coisas vêm mudando entre eles nos...