Sunset BLVD. - A Emblem3 Fanfic

Capítulo 46 - Paths of Life

- Como assim, mudar para Washington?! – Jenny perguntou, chocada, enquanto observava os pais sentados do outro lado da mesa, os panfletos sobre faculdades e colégios espalhados sobre a mesa entre eles.

- É uma ideia, ainda não decidimos nada – Caroline se apressou, trocando um olhar significativo com o marido – Queríamos saber a sua opinião.

- A minha opinião é que coisas demais já mudaram no último ano – Jenny respondeu com firmeza – E nós não precisamos de mais mudanças. Ao contrário, nós deveríamos tentar fazer as coisas voltarem a ser como antes!

- Jenny, eu não sei se isso é possível... – Geoffrey começou a argumentar, seu tom de voz razoável.

- Eu não quero mudar. Eu não vou mudar! – ela se levantou, batendo as mãos sobre o tampo da mesa – Se vocês quiserem, podem ir. Eu vou ficar aqui.

Sem dar tempo para que os pais respondessem, ela saiu pisando duro pela sala e subiu a escada até o segundo andar da casa. Entrou no seu quarto e fechou a porta com força, o som ecoando pelos corredores. Em seguida, jogou-se em sua cama e afundou o rosto no travesseiro, tentando controlar o corpo trêmulo e os pensamentos acelerados pelo terror.

Que tipo de piada de mau gosto era aquela?

Quando finalmente parecia que as coisas estavam se ajustando e que ela poderia simplesmente ser feliz como uma adolescente normal, o que acontece? Seus pais resolvem puxar o seu tapete e, contra a sua vontade, virar o seu mundo de ponta cabeça.

Aquilo era tão injusto!

Sequim era a sua cidade. Tudo o que ela conhecia estava ali. Sua escola, seus amigos... Wes. Como ela poderia deixar Sequim, quando o namorado tinha recusado a oferta de morar com o pai para poder ficar com ela? Que tipo de namorada ela seria?

O som de alguém batendo à sua porta se fez ouvir. Jenny ficou em silêncio, na esperança que a pessoa percebesse aquilo como um sinal de que sua entrada não seria bem-vinda. No entanto, o som da porta se abrindo anunciou que ou o seu sinal não havia sido claro ou a pessoa não se importava o suficiente para respeitá-lo.

- Jenny, podemos conversar? – a voz de sua mãe preencheu o quarto.

A garota continuou em silêncio, irritada demais para falar qualquer coisa.

Apesar da ausência de resposta, Caroline se aproximou e se sentou no canto inferior do colchão da filha, tocando cuidadosamente um de seus tornozelos. Soltando um rosnado, a garota afastou o corpo da mão da mãe.

Comprimindo os lábios em uma tênue linha, Carol recolheu a própria mão e entrelaçou os próprios dedos sobre o colo.

- Eu sei que você está brava e que não quer mudar daqui – ela falou, seu tom de voz suave quebrando o silêncio – E tudo bem se você não quiser. Eu e seu pai podemos ficar aqui na cidade. A mudança foi uma sugestão dele, e... bem... eu acho que apenas me empolguei quando ele mostrou tudo o que a cidade poderia nos oferecer.

Jenny continuou em silêncio, e a mulher prosseguiu.

- Mas, sabe, querida... a oportunidade de mudar para Washington é realmente muito boa. Seu pai me mostrou o panfleto de pelo menos três escolas de ensino médio que ficam lá e estão listadas entre as melhores do país... com certeza, te auxiliariam a conseguir uma boa faculdade no futuro. Estávamos olhando as atividades oferecidas por cada colégio e são incríveis, Jenny...

- Não! – a palavra saiu dos lábios de Jenny em um rompante e a garota se sentou num pulo, virando-se de frente para a mãe – Não tente vender como se essa fosse uma ideia boa para mim! Vocês querem mudar, porque... – interrompeu-se, percebendo que não entendia sequer o motivo daquela decisão – Por que vocês querem mudar? Sequim é... é a nossa casa! Todos que conhecemos e amamos estão aqui!