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Lavínia: flashback de um dia de jogo da seleção brasileira no mês de junho

Gabriel deu duas batidinhas na porta do meu quarto e já foi abrindo em seguida. Parou encostado no batente e jogou um pano na minha direção aqui na cama, ele caiu exatamente nos meus pés.

"O que é isso?"

Perguntei já abrindo o tecido azul.

"Uma camisa minha da seleção pra você ver o jogo hoje."

Sorri fraco agradecendo e virei as costas da camisa vendo o nome e o número dele.

"Você já usou ela?"

Ele revirou os olhos.

"Claro né? Não estraga, cuidado."

Eu quem revirei os olhos e ele saiu fechando a porta. Mais tarde, quando fui vesti-la para ir pro estádio aproveitei que não corria o risco dele chegar de repente e ver, e trouxe a blusa ao meu nariz sentindo o cheiro do perfume dele que vive exalando.

(...)

Desci da arquibancada junto com Marília Nery para entrar no campo agora que a partida acabou.

"Eu sou a mulher do Éverton, ela é a mulher do Gabigol."

O segurança assentiu e sorriu antes de liberar nossa entrada. Assim que pusemos os pés na grama, Éverton veio correndo abraçar a Má e o Guto que estava no colo dela. Cumprimentei ele e parabenizei pelo gol enquanto buscava Gabriel com os olhos. Gerson me viu e veio sorrindo com a Gigi nos braços pra me cumprimentar.

"Tia, cê é muito bonita."

Me abaixei na altura dela.

"Você acha? Sabe o que eu acho? Eu acho que você é mil vezes mais bonita que a tia."

Ela me deu um sorrisinho banguela muito fofo antes de eu ficar de pé de novo.

"Amor?"

Virei pra Gabriel com o meu melhor sorriso no rosto. No segundo seguinte ele me abraçou apertado e escondeu o rosto no meu pescoço.

"Meu Deus, o Neymar."

Gabriel riu abafado do meu sussurro.

"Você é fã dele?"

"Não só sou fã dele como tenho preconceito contra brasileiro que odeia o Neymar."

Gabriel tirou o rosto da curva do meu pescoço e me olhou sorrindo muito. Sorri junto e vi ele fazendo uma coisa que eu já percebi que é mania: ficar olhando pra boca das pessoas enquanto elas falam.

"Você foi ótimo hoje."

Nós ainda estávamos abraçados sorrindo e conversando enquanto o resto da seleção e dos familiares se juntava num grande grupão e conversava.

"Obrigado. Vou te apresentar pro Neymar e pra irmã dele também."

Ele ria e eu ficava tentando me desvencilhar do abraço.

"Sai, Gabriel. Sai."

Mas ele me abraçava forte e sua risada alta já estava chamando a atenção das pessoas pra nós. Não aguentei e comecei a rir também lembrando das pessoas chamando Rafaella de Frankenstein num site de fofoca esses dias, eu sei que é errado rir mas não consegui controlar.

Senti alguns flashes em nossa direção e uma moça falando espanhol ficava sorrindo e gesticulando atrás da câmera. Gabriel negou com a cabeça.

"Tu que é fluente, o que é que ela tá falando? Só entendo o espanhol do Arrascaeta. Inclusive, um peruano desse aí me xingou e eu não sei o que ele disse."

Casamento Arrumado - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora