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Lavínia: alguns dias depois

"Amor? Amor? Amoooooooooor? Meeeeeeeeu amoooiooooooooooor?" - Eu já tinha ouvido, mas continuava fingindo que não porque é muito bom ter Gabriel me chamando de amor. Caminhei sorrindo pelos corredores do apartamento que conheci depois da cirurgia e descobri que foi pra onde ele se mudou logo que terminamos.

"Se você gritar de novo os vizinhos vão se incomodar e vão falar com o síndico." - Eu disse entrando no quarto mas não fui até ele na cama.

"Não vão não, amor. Eles realmente não ligam pra nada que eu faça, quer dizer, exceto por um cara que torce pro fluminense e mora aí no andar de baixo." - Ele começou a rir sozinho provavelmente se lembrando de alguma coisa engraçada.

Caminhei preguiçosamente até a cama dele e o abracei com cuidado pra não passar meu pé em cima do gesso no pé dele. - "Mas o que você queria me pedir?"

"Ah, eu queria que você trouxesse o meu jantar na cama hoje."

Juntei as minhas sobrancelhas. - "Mas eu já te liberei pra ir comer na mesa, por que não é longe e não tem escadas."

Gabriel suspirou e tirou o braço que estava nos meus ombros. - "Tudo bem, já me liguei. Você não me ama mais." - Ergui minha cabeça pra olhá-lo. - "Eu vou pulando de um pé só pra mesa, mancando de muleta, tudo bem. Você já disse que não me ama mais né, então pronto."

Não segurei uma gargalhada. - "Eu não disse que não te amo mais, eu só disse que você pode comer na mesa e não na cama." - Ele fez um bico e fingiu focar os olhos na série que estava assistindo antes de eu entrar aqui no quarto. - "Ô Gabriel, você não tem vergonha não cara? Um homem desse tamanho fazendo drama."

Dessa vez nem ele segurou o riso. Ouvi o toque do celular dele e peguei na cabeceira pra entregá-lo, passei os olhos na tela vendo que era uma chamada de vídeo do Whatsapp e que o nome Rafaella Santos aparecia na tela. O sorriso que Gabriel deu ao pegar o aparelho me fez quase me tremer.

"Oi, amor!" - Ele disse ao atender e eu arregalei os olhos. Olhei com medo pra tela, mas tudo que vi foi um garotinho banguela de cabelos pretos e olhos castanhos.

"Papai!" - Respirei tão aliviada que Gabriel me olhou por alguns segundos.

"Cê tá bem, moleque?" - O brilho nos olhos de Gabriel e os atos dele de endireitar as costas na cama e aproximar a tela do celular do próprio rosto denunciaram o quanto ele é apaixonado pelo pequeno garotinho.

"Tô. Mas o papai tá? Tio Juninho disse que o senhor machucou." - Olhei fixamente pro menino da melhor forma que eu podia fazer sem aparecer na chamada. Os cabelos eram um pouco encaracoladinhos e bem escuros, a pele da cor da de Gabriel e os olhos num tom de castanho um pouco mais claro que os do pai.

Gabriel fez um bico e ergueu o pé engessado pra perto do rosto, mostrando-o na câmera: - "Olha o dodói do papai."

Eu não lembrava de vê-lo tão feliz assim como está ao falar com o filho. Gabriel sorria tanto ao ser chamado de papai que eu cheguei a me sentir mal por quando Rafaella apareceu grávida eu ter desejado que Heitor não fosse dele. Tá tudo bem, era o sonho dele e a medicina era o meu. Fico feliz que depois de realizá-los nós possamos estar juntos novamente.

"Que cara é essa, meu moleque?" - Gab perguntou ao ver o filho fazer um pequeno biquinho.

"Hm... A minha mãe brigou comigo hoje porque eu fui expulso de sala."

"De novo?"

"Aham. Segundo ela eu sou a sua raça todinha." - Gabriel deu uma gargalhada e dessa vez eu tive que rir também.

"Graças a Deus, né, moleque?"

O filho dele voltou a conversar mil e uma coisas ao mesmo tempo, tão empolgado em falar com o pai quanto Gabriel em falar com ele. Decidi respeitar o momento feliz dos dois e fui aproveitar pra fazer nosso jantar. E a propósito, eu acabei levando na cama pra ele.

Gabriel: dias depois, início de Abril

Lavínia sentou do meu lado na cama depois de tomar banho e colocou a escova de cabelos em cima da minha barriga indicando que queria que eu penteasse os fios castanhos molhados. Depois de fazer isso, tirei eles das costas dela e passei pra lateral do pescoço pra poder ter livre acesso à nuca.

Beijei a pele gelada por causa do banho e fui arrastando meus lábios pela coluna dela, até o limite da camisola de seda recém vestida. Subi minhas mãos pelos braços dela a apertando até chegar aos ombros e puxar as alças finas pra baixo.

"Gabriel, o pé..." - Ela disse baixo ao sentir minhas mãos passeando pelas laterais de seu corpo e apertando. Puxei Lavínia pra mais perto pelo quadril e já fiz questão de passar o tecido pelas pernas dela antes de fazê-la deitar por cima de mim e me beijar. 

"Não tem problema, você não vai transar com o meu pé." - Eu respondi quando parei o beijo pra descer a boca numa trilha de beijos pros seios que continuavam a coisa mais linda que eu já tinha visto, mas fui impedido porque ela começou a rir e tentou se afastar.

"Acabou o clima, já era."

"Acabou clima nenhum, porra." - Resmunguei de volta puxando Lavínia de uma vez pela coxa direita pra fazê-la sentar exatamente em cima do meu pau que já começava a ficar duro. O ato fez ela parar de rir e arfar.

Voltamos a nos beijar e eu subi uma das minhas mãos que estava apertando os seios de Lavínia pro pescoço dela dando uma leve enforcadinha que eu lembro bem de como costumava fazer ela revirar os olhos. Por alguns minutos  ela ficou roçando nossos corpos e deixando escapar gemidos baixos, até eu pegar sua mão e descer pra fazê-la me tocar e espalhar meu pré gozo.

"Senta." - Ordenei sentindo minha voz sair arrastada. Não demorou muito pra ela ajeitar meu pau na própria entrada e brincar um pouco de esfregar a cabecinha dele na pele sensível e quente, um gemido baixo também saiu da minha garganta quando ela gritou ao sentar de uma vez. Começou se esfregando pra frente e pra trás antes de se apoiar num nicho que tinha em cima da cabeceira da cama pra quicar com força enquanto eu ainda mantinha minhas mãos forçando o quadril de Lavínia pra baixo depois de apertar a bunda dela o quanto eu queria e distribuir tapas. Ergui meu rosto pra avançar com a língua nos seios grandes que balançavam na minha cara.

*Capítulo não revisado.

Casamento Arrumado - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora