PECADO HANMA [ATUALIZADA]

Capítulo 30

AMILY SANO

— Podemos ficar mais um pouquinho aqui?— não entendia a minha voz, ela estava fina, manhosa e eu estava com os olhos leves, ou diria as pálpebras pesadas implorando para se fecharem enquanto lutava com a queimadura interna no meu corpo.

— Lá fora será mais legal.— ele me afasta alguns fios do meu cabelo dos meus ombros.

— É só que.— eu olho para trás de mim, Hanma tem seu olhar em mim, queimando me. Observo o balcão, Emma e Draken não estão ali e Hina está no celular, sorrio.— Preciso distrair minha amiga primeiro.— minto sentindo o amarelo dos olhos de Hanma virarem vermelhos e queimarem minhas costas nuas.— Por favor.— aproximo do cara e ele imediatamente passa suas mãos pela minha cintura, são geladas e eu me curvo um pouco.

— Pode ser.— ele diz e sorri.— Mas só se você me der um beijo.— diz.

— Um só?— invirto nossas posições fingindo estar a dançar e quando finalmente fico na posição em que posso ver o Hanma, sorrio para ele e olho para o cara a minha frente.— Queria mais.— digo e ele sorri ainda mais.

— Posso te dar muito mais que um beijo gata, muito mais.— sua voz é roca, mas não me arrepia, me deixa um pouco enjoada e eu tenho vontade de o empurrar.

— A é? E o que mais?— converso, tentando ganhar tempo até o Hanma explodir e vir me bucar e depois me foder com tanta força até quebrar a cama como da outra vez, céus só de pensar nisso eu já fico molhada, esse cara sobe seu toque para minhas costas.

Puta merda suas mãos são geladas, isso não é nada excitante. Espio Hanma, ele sorri e então retira a jaqueta de seu corpo, suspiro apreciando seus músculos visíveis pela camisa preta colada em seu corpo, ele se rencosta na parede e cruza os braços, me olhando com atenção.

Seus olhos estão queimando meu corpo e eu estou ofegando, esse cara chama minha atenção quando ri.

— Caralho.— diz.— Eu só passei minhas mãos em suas costas e você está ofegante desse jeito?— ele diz satisfeito por ter "mãos mágicas". Mal sabe que tudo isso é pelo olhar do Hanma.

Alguém entrega o drink a ele e Hanma me olha antes de retirar a pequena fruta que estava no topo da taça, é um morango, vermelho e com o aspeto suculento, ele me olha com atenção antes de dar uma mordida na fruta, minha boca seca e é nesse momento que eu percebo que estou igual uma cachorra no cio e com ciúmes de uma fruta. Hanma enfia os dedos no copo movendo-os lentamente girando o gelo como se estivesse misturado, minha intimidade se contrai e agora estou com medo de uma bebida maldita, ele leva os dedos até a boca.

Esse cara está falando safadezas mas eu não estou nem aí, quero que ele me deixe, quero sair de seu agarro e correr para os braços do Hanma igual uma cachorra quando vê seu dono, é assim que me sinto agora, quero ele.

Mordo o lábio quando Hanma limpa a gota de bebida que escapou de seus dedos, quase gemo, minha intimidade implorando por um toque, agarro a camisete desse cara com força para não cair, perdi a força nos joelhos. Ele me olha iluminado por achar que estou assim por ele, coitado, Hanma da um gole em sua bebida e passa sensualmente sua língua em seus lábios, gemo e aquele cara me olha.

— Não posso esperar mais.— ouço ele dizer e quando ele vem me beijar, o empurro ele me olha confuso.— Qual foi gata, ta quase abrindo as pernas pra mim e não quer me beijar?— ele sorri.— Ou você é daquelas que não gosta de beijo? Minha nossa, você é do jeito que eu gosto.— sua voz se tornou irritante para mim, tudo que achei atraente nele por um momento, sumiu, espio Hanma mas ele não está mais ali.

— Me solte, não estou assim por sua causa.— digo fazendo ele me olhar mais confuso do que antes.

— Você não me deixou duro para nada sua cadela.— ele quis me beijar a força mas antes que eu pudesse esquivar, o cara voa para o chão, grito em um susto e de repente soa um barulho de tiro, dois três.