PECADO HANMA [ATUALIZADA]

Capítulo 14

AMILY SANO

O banheiro daqui era sujo, imundo que eu perdi a vontade de fazer qualquer necessidade que eu tinha, na verdade só pedi para vir ao banheiro para ver se existe alguma chance de eu fugir, não sei há quantos dias estou aqui, a iluminação na janela é muito pouca e a estação não ajuda, mas pelos meus cálculos, sejam eles certos ou errados, estou aqui há dois dias.

— Amily você está levando muito tempo.— ouço a voz do Hanma do outro lado da porta e me assusto levemente. Estou por cima do vaso espreitando pela janelinha, não há nada além de mato e a janela é pequena demais para eu sair. — AMILY!— Hanma da batidas agressivas na porta.

— Calma.— murmuro irritada e então saio dando de cara com ele, Hanma parece tão irritado que isso está me assustando um pouco, não estou gostando nada.

— Vem aqui.— ele me puxa e prende uma venda em meus olhos me levando de volta ao cativeiro, Hanma me senta ma cadeira e amarra minhas mãos e pernas, ele amrra tão forte que não sinto o sangue circular. Ouço ele puxar sua habitual cadeira colocando a minha frente e então ele retira minha venda e sorri.

— Como tem passado?— pergunta com aquele brilho que eu odeio.

— Bem.— digo.— A estadia está incrível, o lugar é muito bem localizado e confortável e obviamente muito higienizado, não poderia estar melhor.— digo e ele sorri tocando a ponta do meu nariz, eu desvio o rosto sem sucesso.Ele ri.

— Adoro seu sentindo de humor gatinha.— ele diz e eu suspiro sentindo a dor em meus pulsos.

— Hanma.— chamo em um fio de voz fazendo o moreno/loiro me olhar um pouco alarmado.— Por favor solte um pouco minhas mãos, meu sangue não está circulando direito, me sinto zonza.— digo tentando mater os olhos abertos e a respiração regular.— Por favor.

Ele não diz nada, Hanma se cala e me olha sofrer, isso parte meu coração em mil pedaços, isso me ferre e eu odeio, odeio ele por ser assim, um dia bom e no outro o pior ser humano do mundo.

— Tenho uma surpresa para você.— ele diz animado, ignorando meu estado, dou de ombros não me importando com o que ele tem para mim, a porta bate duas vezes e Hanma afasta sua cadeira para o lado oposto e se senta, sorri quando diz "entra".

E sinceramente não sei se fico com medo ou aliviada ao ver a figura familiar a minha frente, Baji não poderia estar mais bonito, seu cabelo solto rebelde, ele vestindo roupa preta por baixo da jaqueta branca da valhala. Baji me analisa oscilando seu olhar de mim e Hanma.

— Baji..— sussuro olhando para ele esperando um avanço heróico dele.

— Querida.— Hanma já está ao lado de Baji, o dois parados a minha frente.— Sabe por quê que o Baji está aqui?— ele olha para o novo membro da gangue dele e sorri.— Para provar sua lealdade.— Hanma da um tapinha no ombro de Baji.

Pavor, confusão e uma mistura de sentimentos florescem dentro de mim, como o Baji provaria sua lealdade comigo? Por quê que o Hanma está fazendo isso? Olho para ele perguntando com o olhar, e Hanma não está nem ai.

— C-como assim Hanma? Já não provei isso?— Baji perguntou confuso.

— Não confiei muito em você.— Hanma deu de ombros..— Pra você estar oficialmente na Valhalla.— Hanma puxou Baji para perto de mim. — Vai ter que passar por mais um teste.

Confuso, Baji olha para mim antes de perguntar:
— Q-que teste?

Hanma volta para sua cadeira distante de nós e retira de seu bolso um canivete e lança para Baji.