Capítulo 43

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SHUJI HANMA

Eu saí meia noite, quando Izana chegou e depois que Amily dormiu, passar a tarde com ela era sempre bom até certo ponto.

Sentado de frente pra Kisaki e outros membros da Toman eu ouço eles latindo ordens e falando sobre qualquer coisa que pretendem fazer, não presto atenção. Minha mente está em Amily, minha mente está na Amily desde o dia que ela ficou inconsciente por minha causa, a culpa me consome e tudo que quero fazer é gritar.

Ou bater em alguém.

— Não podemos fazer isso!— Mitsuya, a porcaria do melhor amigo dela grita para Kisaki. Tudo que quero fazer é arrancar as mãos dele, ele está sempre com a Amily, até no dia que vi ela pela primeira vez, uma verdadeira praga.

— Sim, a Toman não pratica atos ilegais.— Takemitchi é quem diz, ele olha furiosamente para Kisaki.

— A antiga Toman.— Kazutora sorri passando seu braço pelo ombro do Kisaki.— Agora que estamos na liderança faremos tudo que quisermos. Inclusive incêndios.— ele sorri, vejo Takemitchi apertar seus punhos.

— Hanma!— eu levanto lentamente meu olhar para Mitsuya.— Você concorda com isso?— aponta.

— Concordo que todos vocês poderiam ir se foder.— eu arrasto a cadeira e me levanto.— Estou fora.— saio deixando eles perplexos.

Eu puxo meu maço do bolso e tiro um cigarro colocando entre os lábios, puxando meu isqueiro eu acendo e então dou uma tragada, suspiro aliviado quando o gosto de menta preenche minhas papilas gustativas, eu faço isso umas três vezes até ver aquela escória vir em minha direção.

— Hanma.— eu baixo meu olhar para encarar Mitsuya.— Você precisa convencer o Kisaki a não incendiar aquela livraria, só porque o dono não quer vender o espaço não significa que ele pode fazer isso, não são esses os valores que estabelecemos quando criamos a Toman.— eu solto fumaça.

Tudo que vejo nele é Amily, filho da puta, eu posso ver Amily sorrir para ele, abraçar ele, chorar no ombro dele, eu praticamente vejo vermelho quando imagino Amily beijando ele, ela seria feliz com ele? Porra, ela é feliz tendo ele como a porcaria de melhor amigo, porquê que ela precisa dele?

— Você me ouviu?— ele me encara de frente. Apago meu cigarro e cruzo meus braços.

— Não estou interessado em nenhum dos negócios do Kisaki.— eu coloco minhas mãos no bolso e me agacho só para ele se sentir humilhado.— Se ele quiser incendiar toda a porra de cidade, não vou impedi-lo.— então me retiro mas ele agarra meu braço com força.

Baixo, mas forte.

— Hanma, você acha certo um homem inocente perder seu negócio por causa de uma birrinha do Kisaki?

— E eu sou Deus para julgar alguém? Me deixa em paz cara.— ele grunhe e levanta as mãos para o alto.

— Eu sinceramente nem sei o que a Amily viu em você, puta que pariu, ela vai ficar devastada quando descobrir que sua livraria favorita ja era.— ele resmunga antes de sair.

Eu flexiono minha mandíbula, esse filho da puta.

Acendo mais um cigarro e fumo por dois minutos antes de voltar para dentro.

PECADO HANMA [ATUALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora