Capítulo XXIII

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Vença seus medos

Na manhã de sexta- feira, 24 de setembro de 1828. O exército britânico sairá de Londres em direção a cidade de shropshire, divisa com o país Wales.

Os soldados estavam todos aglomerados no pouco espaço apertado da carruagem. Fazendo os corpos balançarem uns contra os outros.

- Minha invensão teria sido de bom proveito para nós locomover até lá._ Falou Emanuel.

- De fato._ Concordou Vicente. Encarando um outro senhor que não parava de soltar gases com um péssimo odor ao seu lado.

- Acredito que Phellip irá retomar o projeto quando tudo acabar!_ Disse esperançoso.

Um outro homem ao lado deu risada.

- Acredita que sairá vivo dessa rapaz?

- É sempre bom ter confiança!_ Emanuel tentou ser convincente.

O homem soltou um som debochado. - São dois países fortes, contra metade de um exercito que em sua maioria são civis! É uma batalha perdida.

- Não a batalha perdida meu rapaz, eu já vi muita minoria ganhar grandes batalhas só fazendo barulho!_ Vincente Exclamou.

- Gosto da sua positividade!_ O homem sorriu de forma descontrolada e outros soldados ao lado também começaram a rir.

Emanuel se encontrara apreensivo então passou a orar baixo. Recordou - se do colar que Elisa havia o entregado quando fora se despedir. Eles haviam feito esse colar com restos de ferramentas da fábrica onde ele trabalhou durante muitos anos quando criança. Nem se lembrava mais do mesmo, mas Elisa havia o guardado por todos esses anos e entregou- lhe como amuleto da sorte. Embora ele não acreditasse muito nessas coisas. Elisa sentiu a necessidade de dar algo a seu irmão para que ele pudesse sentir que não estava sozinho.

- Que porcaria é essa que estás segurando?_ Indagou Leônidas.

Emanuel subiu os olhos para mirar a face de seu pai.

- É um amuleto meu e de Elisa._ Respondeu ao acaso.

-hum. Não gosto dessas coisas!_ Resmungou.

- Por que diabos agora vai implicar com o negócio do menino!_ Vincente reclamou.

- Isso trás azar, presentinhos são como oferendas para pessoas mortas!_ Exclamou.

Vincente arregalou os olhos. Sentindo vontade de matar o próprio primo por tamanha besteira que falara. Isto é, apesar de ser uma grande besteira, todos ali temiam o mesmo, a morte.

- É apenas para que eu não me sinta só!

Houve um breve silêncio até Leônidas voltar a falar.

- Será que eles não vão dar nenhuma biritinha para nós?... Ei!- gritou em direção ao choffer.- Uma biritinha.

- Não a bebidas alcoólicas em guerras!_ Advertiu Vincente.

- Pode ficar ao menos alguns dias sóbrio?_ Indagou Emanuel irritado.

- Ora, eu nunca fico bêbado, eu bebo só pra relaxar!_ Respondeu.

Fora algumas horas até finalmente chegarem no local.
Ambos desceram da Carruagem em silêncio podendo ouvir apenas o som das botas de couro sobre a areia solta. Qualquer barulho poderia alarmar o exército inimigo antes da hora.

Montaram as barracas de armamento e emergência. Em seguida preparam um  muro de meio metro de proteção feito de sacos de areia, em seguida fora postos canhões em lugares estratégicos a mando do coronel.

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