Herdeiro vendido ( Concluído)

Para Phellip

Caro sr phellip,  

Venho por meio desta lhe contar boas novas, afinal minha eterna gratidão se deve a sua amizade mais do que sincera e seu esforço não só de bom grado mas de grande compaixão. Eu não estaria aqui se não fosse pelo senhor, encontrei finalmente a alegria, tenho agora uma casa onde posso chamar de lar, sou grata não só pela bela residência mas também pelo meu amado marido que me tratou como uma rainha desde que nós reencontramos! Agora sou uma Francis e tudo isso graças a um bom amigo, o qual me encorajou a fugir para meu sonho, cujo hoje é real. A última vez que nos vimos eu estava no altar com a voz embargada eu segurava o choro, quando vi adentrar a porta aquele menino espalhando os papeis, como todos, a minha reação foi de surpresa e susto. Vendo todos os semblantes de horror eu imaginei o pior, todavia perdoe- me irei soar egoísta. Pois estou ciente do ocorrido contra seu reino e seu nome, acredite se houvesse algo que eu pudesse fazer para ajuda-lo o faria sem protesto! Contudo sou apenas uma filha de um conde e pelas ultimas noticias filha de um traidor do estado. Embora como citado a cima eu não sou mais uma filha e sim uma esposa, de um militar e por tanto não apresento titulo que para mim pouco importa, afinal o senhor como ninguém sabe que eu sempre amei Francis e tudo que vivemos até aqui tem sido um conto de fadas! Sem mais delongas quando ouvi o padre dizer que o casamento fora suspenso grande alivio tomou conta de meu peito, senti como um milagre divino, de repente eu que era o centro dos olhares da sociedade não passava de um corpo esbarrando em outros até a porta da igreja. Usei a carruagem que nos levaria para a noite de núpcias para ir até o porto, com as passagens que o senhor me entregou em mãos eu segui até o navio, após longos dias em alto mar, que por Deus se não fora o bom livro que levei eu desfaleceria em tédio finalmente cheguei ao condado. O medo inundou meu peito ao buscar por Francis e não saber se estaria vivo, mas graças ao bom Deus ele me recebeu de braços abertos, tão extasiado quanto surpreso, fiquei alguns dias hospedada na casa de sua tia, que fora uma santa comigo! Logo Francis se apressou em nos casarmos e fora algo simples mas de grande significado para mim, adoraria ter- lhe convidado, acredito que não só o senhor como Elisa ficariam alegres com este dia! Ainda sim lhe presenteio com boas noticias e peço encarecidamente que me retorne com suas boas novas! 

cordialmente, 

Belinda H. Francis. 

Elisa lia a carta sozinha na sala iluminada apenas por uma vela sobre a mesa, lágrimas corriam de seus olhos enquanto passava a mão carinhosamente pela barriga já redonda.