De volta a Londres
No ano de 1825, o comércio casamenteiro estava em alta. Tudo era mágico para as moças, ou para a maioria delas. Elisa fazia parte da pequena porcentagem que se negava a debutar naquele ano em que completará 16 anos.
- Com seu irmão se tornando inventor nossa família pode finalmente entrar na alta sociedade! Por Deus Elisa, vá a este baile!
- Não. _Disse Elisa cruzando os braços.- Por Deus mamãe, eu no máximo serei vista como uma dama, eles acham que sou
Inferior, não me prestarei ao ridículo.- Prefere continuar sendo uma pobretona ao se casar com um bom dote?
- Basta mulher, essa garota não vai servir nem pra isso._ Disse a voz embriagada de Leônidas, pai de Elisa.
- Eu já tenho planos para essa noite. Disse ela.
Fazendo sua mãe revirar os olhos.
- Está menina já deve estar vendendo a honra por aí e você nem sabe, mulher estúpida!_ Disse o bêbado rindo alto. Suspirou a mãe.
Elena era uma boa mãe e se preocupava com a filha, mas as duas tinham ideias muito diferente sobre a vida.
- Nunca me importei. _Elisa deu de ombros.
Elena não entendia porque a filha, sendo mulher, tinha esse comportamento tão rebelde.
Elisa havia visitado o irmão em sua casa nova, no centro da cidade na semana passada. Ele a acompanhou até uma modista para que ela pudesse escolher um vestido, já que iria debutar em breve, mas Elisa sempre foi muito conversadeira, e logo fez amizade com a modista, mostrando seu melhor talento, sua voz, era doce e muito bem afinada, cantava tão lindamente que qualquer um que a escutasse se sentiria hipnotizado. A modista encantada por sua bela voz, a entregou um panfleto, onde escolheriam uma cantora para cantar no salão real.
A verdadeira paixão de Elisa era sua própria voz, ela tão pouco se importava com homens, sendo ricos, duques, condes, tudo que ela queria era poder mostrar a todos esse dom divino que tinha.
Mas sua mãe não compreendia. - Ora por Deus, sabe o que falam dessas cantoras de salão Elisa? Não passam de meretrizes._ Disse a mãe.
Elisa não concordava, era meretriz quem queria ser, ela era cantora ou ao menos queria ser.
- Não quero uma meretriz suja dentro de casa não, Elena!_ Gritou o pai.
- Ora homem, a nossa filha é moça direita!
O pai gargalhou em ironia. Elisa revirou os olhos e foi por o vestido que havia comprado da modista.
- Minha filha você está como uma dama real, imagine...
- Servir mulheres ricas e ser humilhada todos os dias? _Ironizou Elisa.
A mãe logo fechou a cara em desgosto. - Bom, se acha que assim terá respeito dos homens, está muito enganada, uma mulher que se preze deve servir seu marido.
Elisa não se atrevia a responde a mãe, mas ela certamente se negava acreditar que o valor de uma mulher estava em seu marido, embora isto fosse um fato da sociedade.
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Herdeiro vendido ( Concluído)
RomantizmNo século em que o maior valor da mulher esta rendido ao comércio casamenteiro....Catherine a rainha da Inglaterra, estava convencida de que seu plano para manter o casamento com o rei e dar-lhe um herdeiro seria um verdadeiro sucesso, todavia, seu...