Capítulo 62

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~Lua on~

Lua: Fica... Fica longe de mim- me afasto enquanto ele continua com um sorriso se aproximando.

167: Qual é amor? Eu tava com saudades- olho pra ele com os olhos cheios de lágrimas- não chora, eu tô aqui agora- nego sentindo minhas costas bater na parede.

Lua: Fica longe de mim- falo fungando e ele para na minha frente.

167: Você não tem noção do quanto eu estava com saudades- murmura ainda sorrindo- saudades de beijar sua boca, entrar em você- nego saindo por baixo de seus braços que me cercava.

Lua: O que você quer?- pergunto com medo.

167: Você porra- ele abre os braços- eu te amo Luana, quero ficar com você caralho- nego sentindo as lágrimas descer- eu não consigo esquecer quando a gente transou.

Lua: A gente transou?- pergunto indignada- eu estava drogada, inclusive quem me drogou foi você, aquilo foi estupro- falo alto com ele.

167: Isso é apenas um detalhe- fala olhando pro relógio- vou ter que ir, mas eu volto- ele olha ao redor- e eu te disse mais de um milhão de vezes que você não iria voltar pro Rio, mas como tu voltou, e pior ainda tá com aquele merda do Thiago, vai ter consequências- fala indo em direção da porta.

Limpo as lágrimas indo fechar a porta, e me encosto na mesma chorando mais.

~:~

Fogueta: Garota- sinto ele me balançar- sono de pedra é esse?- murmura- acorda Lua- abro os olhos vendo ele sentado na cama virado na minha direção- acordou finalmente, nem me esperou, cheguei tu já tava era dormindo.

Lua: Tava cansada- murmuro- bom dia- sorrio pra ele indo pro banheiro.

Fogueta: Tu chorou? Cheguei e você tava dormindo com o rosto mó inchado- fala me olhando encostado na porta enquanto eu escovo meus dentes.

Lua: Preciso te falar uma coisa- murmuro com a boca cheia de pasta.

Fogueta: Eu fiz nosso café da manhã, enquanto a gente toma tu me conta- assinto e olho pra mão dele.

Termino de escovar os dentes e faço xixi enquanto ele me observa.

Ando até ele pegando sua mão, e olho a pequena lua tatuada.

Fogueta: Fui fazer ontem só pra marcar mesmo, quando nós casar a aliança vai ficar encima- sorrio e olho pra ele que me olhava.

Lua: Vou fazer também, depois que eu ganhar a nossa menina, vai que faz mal- ele assente- nós vai casar só depois de eu ganhar né?- ele assente sorrindo pra mim.

Fogueta: Bora tomar café da manhã- fala me puxando pra um beijo- gostinho de pasta de dente- dou risada abraçando ele- grudenta, gosto disso não hein, só quando é eu- dou um tapa nele que rir.

Me solto indo na frente e me viro pra trás vendo ele olhar minha bunda.

Lua: Quer transar né? Que bom porque eu quero também- ele levanta o olhar me olhando nos olhos e sorri passando a língua no lábio.

Me sento na mesa, e ele senta ao meu lado.

Fogueta: O que você queria me falar?- respiro fundo bebendo um gole do leite e olho pra ele.

Lua: Lembra seu amigo, que eu era afim antes de a gente se envolver?- ele aperta o maxilar e assente me olhando- ele apareceu em São Paulo alguns meses depois de eu ter ido. Eu não dei muita moral pra ele, até porque a única pessoa que eu ainda queria era você- ele me olha parecendo nervoso- enfim, eu tinha ido numa festa que um povo da faculdade me chamou, e encontrei ele lá.

Fogueta: O que ele fez?- pergunta com raiva e eu desvio o olhar dele.

Lua: Eu não tinha bebido muito, então não tinha a mínima possibilidade de eu estar bêbada, e então ele me drogou, ele colocou droga na minha bebida sem eu ver, e lembro dele dizendo a algumas pessoas que eu estava bêbada, e que iria me levar pra casa.

Bebo um gole do meu leite de novo me preparando pra parte mais difícil, e já sinto as lágrimas descer livremente.

Lua: Eu só me lembro dele me forçando a beijar ele enquanto eu negava e tentava me afastar, até eu apagar. E então eu acordei no meu quarto da faculdade, pelada com ele ao meu lado, foi assustador- falo baixo olhando pra mesa enquanto choro- ele me disse no outro dia que estava apaixonado por mim, que eu era dele, e que nunca mais eu iria voltar pro Rio. Todas as férias que eu queria vir, ele sempre dava um jeito de atrapalhar tudo.

Paro de falar por já não tá aguentando mais, e olho pro Thiago que me olha preocupado, e com raiva.

Ele me abraça e eu retribuo chorando no peito dele que faz carinho no meu cabelo.

Lua: Foi horrível- murmuro- eu consegui vir pra São Paulo depois da faculdade por sorte, porque ele tava aqui no Rio e não tinha como me impedir. Eu achei que ele não iria me achar, mas ele veio aqui ontem- o Thiago se afasta me olhando- ele tava aqui ontem, eu tô com medo- falo abraçando ele de novo.

Fogueta: Filho da puta- escuto ele murmurar- vamos dá um jeito nisso, esse cara é louco- assinto sentindo sua mão no meu cabelo- tô aqui contigo, vou deixar nada acontecer não- fala se afastando e me olhando- come aí pô- assinto limpando as lágrimas.

Lua: Quando vai me contar o que aconteceu com você durante esse tempo? Não quero te pressionar, mas é que eu quero muito saber- ele suspira olhando pra mesa.

Fogueta: Quero falar disso por agora não- assinto respeitando o tempo dele.

Lua: E o Sol cadê?- pergunto sentindo falta dele.

Fogueta: Tá lá na varanda- assinto.

Tomamos o café da manhã tranquilamente, e quando terminou já fui com meu fogo pra cima dele.

E ele como um bom garoto, já veio com fogo pra cima também.

Ficamos transando a manhã quase inteira, e depois eu me arrumei já que eu tava trabalhando só no período da tarde.

Ele encheu o saco falando pra mim não ir, que era perigoso, e por mais que eu concordasse eu fui.

Quando tava saindo veio atrás falando que iria ficar comigo, eu só concordei.

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Sempre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora