~Lua on~
167: Senta do lado dela aí, namoral- o Thiago senta ao meu lado e ele trava a arma.
Sinto a nossa filha agitada na barriga, e procuro a mão do Thiago.
Acho segurando ela com força, e ele faz carinho com o polegar.
167: Eu fiz de tudo pra vocês não voltarem porra, eu matei o filho do Thiago e aquela puta, sequestrei ele por um mês torturando e ameaçando ele pra caralho, por que caralhos vocês voltaram?- pergunta alto apontando a arma pra cima e levantando a outra mão.
O carinho que o Thiago fazia na minha mão tinha parado.
Olho pra ele que tava com um olhar vazio e frio.
167: Não olha pra ele caralho, não olha pra ele- fala colocando arma na minha bochecha empurrando com força fazendo eu olhar pra frente- e você, cara eu te droguei pra gente ter a melhor noite da nossa vida, era pra você me querer depois, no casarmos, ter nossos filhos, e aí você aparece grávida desse merda?- pergunta alto apontando a arma pra própria cabeça- eu fiz de tudo pra vim um filha da puta e acabar com tudo. Por que você voltou Luana? Eu falei pra não voltar.
Lua: Para com isso, para de ser assim- ele rir se aproximando.
167: Era pra ser nós dois juntos, desde aquele dia que você se interessou por mim. Eu já tinha planejado tudo pra gente até vocês ficarem pela primeira vez e você descobri sua paixão por ele- ele se abaixa na minha frente- era pra ser nós Luana- ele tenta me beijar e eu me afasto.
Fogueta: Para de ser maluco porra, para de ser psicopata e não chega perto da Luana- seguro ele quando percebo que ele vai levantar.
167: Cala a boca que era pra ser eu aí, era pra ser minha filha, era pra ser nossa casa, era pra eu colocar essa aliança na sua mão- ele bate a mão no peito- era eu porra, era eu.
Fogueta: Aceita que não é você e nunca vai ser você- meu coração acelera quando ele aponta a arma pro Thiago.
167: Cala a boca porra, cala a merda da tua boca- fala alto.
Fogueta: Não aceita escutar a verdade não é? Não importa quanto tempo se passe, quem tente nos separar, eu e a Lua sempre vamos estar juntos- o 167 destrava a arma com a mira no Thiago.
167: Cala a boca ou eu aperto esse gatilho- aperto a mão do Thiago.
Escuto uma batida na porta e nós três olhamos pra lá.
Sinto o Thiago soltar minha mão devagar, e o 167 trava a arma.
167: Pergunta quem é, levanta aí- fala pra mim.
Me levanto devagar andando até a porta.
Lua: Quem é?- apoio as mãos na parede um pouco tonta.
- É a vizinha aqui do lado, só queria saber se tá tudo bem, ouvi uma gritaria- olho pra trás vendo o Thiago se aproximando de vagar do 167 que faz sinal pra mim.
Lua: Chama a polícia, me ajuda- falo alto enquanto o Thiago toma a arma da mão do 167.
Fogueta: Tu vai se fuder bonito agora- fala dando um soco na cara do 167 que vira o rosto com o impacto.
Coloco a mão na barriga sentindo uma pontada, e tento me acalmar mesmo estando nervosa pra caralho.
O obstetra disse que tudo que eu sinto, ela também sente, então eu só preciso me acalmar.
Me encosto na parede com a vista embaçada, e fecho os olhos contando até 10 respirando com calma.
Escuto vozes mas não consigo indentificar de quem é, e nem o que dizem.
Passo a mão na minha barriga sentindo ela agitada, e respiro fundo abrindo os olhos.
Tento andar em direção do quarto, mas paro sentindo uma dor absurda.
Seguro na parede com uma mão na barriga ainda, e olho pela sala vendo o Thiago gritar alguma coisa com o 167.
Lua: Thiago- murmuro ofegante sentindo a dor aumentar- Thiago- falo mais alto atraindo a atenção dele pra mim.
Fogueta: Qual é porra, o que você tá sentindo?- ele solta o 167 que cai no chão tossindo.
Lua: Tá doendo muito- ele me olha preocupado- a gente precisa ir no médico, eu tô muito nervosa, acho que ela sentiu- escuto o barulho de um disparo e me assusto soltando um grito.
Olho pro Thiago vendo ele começar a sangrar, e olho pro 167 que tava com a arma mirada aqui.
Lua: O que você fez?- grito e a porta é arrombada entrando policiais indo em direção dele.
Me abaixo ficando de joelhos perto do corpo do Thiago que tava deitado no chão.
Lua: Olha pra mim, olha aqui pra mim amor- seguro o rosto dele que me olha- vai ficar tudo bem, hum? Você só precisa aguentar tá?- pergunto sentindo a dor na minha barriga aumentar- chama uma ambulância- olho para um policial que pega o celular.
Olho pro corpo dele vendo que a bala tinha atingido a barriga dele.
Lua: Não pode fechar os olhos- falo vendo ele piscar mais vezes que o normal- não pode me deixar tá ouvindo? Aguenta porque você ainda vai ver nossa filha nascendo, é seu sonho ser pai né? A gente vai realizar ele- ele me olha com os olhos cheios de lágrimas.
Dou um selinho nele que olha pra minha barriga.
Sinto minha barriga doer mais e solto um gemido levando a mão até ela.
Respiro ofegante ficando com a visão turva de novo.
Sento no chão procurando a mão do Thiago, e quando acho aperto com força sentindo ele retribuir o aperto fraco.
Dou outro gemido sentindo a impressão de um líquido descendo.
Fogueta: Lua- escuto ele murmurar e tento ver ele mas não com muito sucesso.
Lua: Tá tudo bem- aperto a mão dele fechando os olhos com força.
Passo a mão no cabelo sentindo meu corpo todo suar.
Coloco a mão na barriga sentindo a minha princesa chutar.
Engulo em seco sentindo uma falta de ar e o coração acelerado.
Até que tudo fica preto e eu perco a consciência.
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