Capítulo 52

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      2 Meses depois

~Lua on~

Mordo a unha mexendo a perna sem parar criando coragem.

Durante esse tempo, eu e o Thiago continuamos transando.

Ele mostrou algumas evoluções, poucas mas mostrou.

E mesmo que eu ainda tivesse tentando trazer pelo o menos um pouco do Thiago de cinco anos atrás, mesmo sabendo que é quase impossível, aquilo tava me machucando.

Porque pelo jeito que as coisas acontecem, as vezes acho que ele só me procura quando quer transar. Quando não tem ninguém disponível, então ele vem até mim.

As coisas só pioram também, principalmente quando todos os sinais são de gravidez e mesmo assim eu não queira acreditar.

Ah, qual é? Eu sou muito nova pra isso ainda, e do jeito que anda o Thiago ultimamente, nem sei se ele vai aceitar numa boa. Porque eu não conheço aquele Thiago ainda.

Respiro fundo criando coragem e pego o teste com o coração acelerado.

Vejo os dois risquinhos e me sento novamente no vaso colocando os cotovelos apoiados na perna, e abaixo minha cabeça fechando os olhos com força.

O teste pode ter dado errado, o de sangue que vale de verdade certo?

Por que o anticoncepcional tinha que falhar? Talvez né? Talvez eu não esteja grávida, isso vai aliviar metade dos meus problemas.

Me levanto jogando o teste no lixo, e lavo minhas mãos olhando meu reflexo pelo espelho sentindo vontade de vomitar com o cheiro desse banheiro.

Saio indo me sentar no banco de espera enquanto espero o exame de sangue ficar pronto.

Respiro fundo prendendo meu cabelo, e pego meu celular vendo uma mensagem do meu pai.

Apesar de eu ter ficado brava por ele não me contar nada, não fiquei muito tempo sem falar com ele, até porque eu nem conseguiria.

Antes que eu entre na conversa escuto meu nome ser chamado.

Me levanto guardando o celular e vou até a recepção.

A mulher sorri simpática pra mim, me entregando o envelope.

Lua: Obrigada- sorrio pra ela pegando o envelope.

Começo a sair do hospital respirando aliviada já que eu tava quase vomitando com o cheiro de lá.

Pego a chave do carro na bolsa abrindo o mesmo, e entrando.

Fecho a porta e abro os vidros colando a bolsa ao meu lado.

Rasgo o envelope indo direto pro resultado.

" Positivo"

Jogo a folha ao lado encostando minha cabeça no banco olhando pra frente com os meus olhos cheios de lágrimas.

Lua: Merda- murmuro engolindo o choro passando o cinto.

Começo a dirigir em direção do morro sabendo que eles estão todos na casa do meu pai, já que marcamos de passar o dia lá.

Sempre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora