Capítulo 16

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[Dia seguinte]

Quinn Fabray

Meu dia começou com alguns olhares curiosos, fofocas surgiam por onde passava, mas ninguém ousava ficar em meu caminho, pois, no fim das contas, ainda era a capitã das Cheerios e continuaria sendo por muitos meses. Ontem mesmo, no fim da tarde, Sue Sylvester me chamou para uma conversa em seu escritório, aparentemente, ela ficou sabendo das novidades por algumas Cheerios, que foram encabeçadas por Bree, mas tivemos uma conversa objetiva e sincera, ela me fez algumas perguntas e respondi sem medo ou vergonha, fiquei surpresa quando ela disse que era uma grande "shipper" de "Faberry" e me parabenizou pelo bebê. No fim, continuo com meu uniforme, continuo no topo, Bree sofreu as consequências e a treinadora está do meu lado.

—Ainda não consigo acreditar que uma garota tão linda tem um pênis. -Uns garotos passaram por mim, conversando entre eles. Fechei meus olhos por breves momentos, lembranças da minha cidade antiga me atacaram e começava a ficar ansiosa, tentei controlar minha respiração ou começaria a chorar no meio do corredor e não demonstraria fraqueza pertos dos idiotas da escola.

—Quinn? -Ouvi a doce voz de minha namorada, acabei saindo dos devaneios e ofereci um sorriso bonito para ela. —Tudo bem?

—Só um pouco cansada... -Meu sorriso caiu um pouco, mas ele aumentou de novo quando toquei seu ventre. —Vocês tão bem?

—O Nugget está bem... -Rachel sorriu e colocou suas mãos em cima das minhas. —Eu estou muito enjoada... -Disse sorrindo. —Escutei o que aqueles garotos disseram... -A calei com um beijo, agora podíamos fazer isso na frente de todos, pois eles sabiam.

—Não me importa... -Sussurrei com nossas testas coladas. —Eles não vão mais te incomodar e o que falam de mim, não conta.

Ficamos abraçadas no meio do corredor, algumas pessoas nos olhavam com nojo, outras com curiosidade e algumas contentes, pois estamos juntas e muito felizes. As aulas começaram, tive treino com as Cheerios, assim que o Glee terminou e fui para casa.

Minha cabeça estava pesando meia tonelada, ouvi tantos comentários inconvenientes e recebi tantos olhares indiscretos, alguns desejosos e outros enojados, assim como aconteceu em minha cidade natal. Os meus pais estavam sentados na sala, mas não me importei de cumprimentá-los, só queria tomar um banho quente, colocar meu pijama favorito, me jogar na cama e chorar tudo que tinha direito.

—Quinnie? -Mamãe apareceu no meu quarto enquanto ainda estava mexendo em meu guarda roupa. —Tudo bem, querida?

—Não... -Respondi à pergunta e me atirei em seus braços, pois, naquele momento precisava de conforto. —Eles descobriram...

—Tudo bem... -Mamãe sussurrou em meu ouvido. —Vai ficar tudo bem, meu amor. -Ela me tranquilizou e chorei ainda mais.

Mamãe se sentou em minha cama e permitiu que me deitasse com a cabeça em seu colo, assim como fazia quando era menor e chorava por horas e horas por ser diferente das demais meninas, e devo admitir que aquilo conseguiu me acalmar como nunca.

—Como eles descobriram? Alguém te forçou a fazer isso? -Mamãe perguntou, preocupada, assim que consegui me acalmar.

—Não... -Minha voz saiu como um sussurro. —Eles atacaram a Rachel, acabaram descobrindo sobre o bebê e não poderia ficar com os braços cruzados. Ela não merece passar por esse inferno, pois tenho uma grande parcela de culpa nisso tudo e honrarei com minhas obrigações até o último meu último dia nessa terra. -Um soluço escapou da minha garganta. —Vou cuidar deles...

—Estou muito orgulhosa da mulher que se tornou, minha filha. -Mamãe beijou minha testa e dei um meio sorriso.

—Obrigada... -Sussurrei uma resposta. —Vou tomar um banho e tentar dormir um pouco, estou exausta pelo dia de hoje, mãe.

consequências: FaberryOnde histórias criam vida. Descubra agora