Capítulo 6

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Santana Lopez

Passei a tarde tentando evitar o Puck, ele queria marcar um "encontro" para hoje à noite, e pensando na Brittany que ainda está namorando com o boca de truta. Meu relacionamento com a Britt é difícil de explicar, ele é um pouco diferente, já que trocamos beijos e dormimos juntas algumas vezes. Eu realmente gosto dela, arrisco dizer que a amo, mas tenho medo do que pode acontecer se disser em voz alta.

Meus pensamentos caíram em Rachel por um momento, ela saberia como me ajudar com isso. Minha melhor amiga deve estar lidando com seus próprios fantasmas no momento, pois aquela desconfiança de gravidez a pegou de jeito mais cedo na escola e ainda tem a Quinn. A loira vai ficar arrasada se minha melhor amiga estiver mesmo grávida, claro que pode não a ver nenhuma traição, mas uma criança de outra pessoa estava sendo gerada ali e justo agora que assumiram o namoro publicamente ao Glee.

Acabei me distraindo tanto com os pensamento que só percebi que meu celular vibrava depois.

[Rachel: SANTANA!]

[Rachel: SANTANA!]

[Rachel: PELO AMOR DE DEUS, SANTANA!]

[Rachel: EU PRECISO DA SUA AJUDA, INFERNO!]

[Rachel: POR FAVOR, ME RESPONDE!]

[Rachel: SATÁNAS!!!]

[Santana: Espero que seja realmente importante, RuPaul!]

[Rachel: Juro que vou te explicar com detalhes depois!]

[Rachel: No momento preciso que só atenda o celular e confirme uma história para Shelby!]

[Santana: Qual história e por que estou metida nisso?]

[Rachel: Já disse que te conto amanhã! Agora atenda essa merda e seja convincente!]

Aquela anã nem me deu tempo de responder à mensagem e ligou em uma chamada de vídeo.

—O que aconteceu? -Perguntei com as sobrancelhas franzidas em confusão. —Você tá bem?

—Santana me desculpa, mas deixei escapar sobre suas desconfianças para minha mãe. -Disse. —Ela apenas quer te dar alguns conselhos relacionados a sua possível gravidez. -Fechei os olhos.

Hobbit desgraçada!

Anã dos infernos!

Filha da puta!

Toco de amarra jegue!

Eu mato essa garota por me envolver nisso!

—Está tudo bem? -Ouvi a voz de Shelby e abri os olhos para ver a mulher do outro lado da tela.

—Estou bem e a senhora? -Perguntei com meu melhor tom e rosto de fragilizada.

—Muito bem. -Respondeu sorrindo e acompanhei. —Rachel me contou sobre as desconfianças.

Quem está com essas desconfianças e sua filha na verdade!

—Comecei a desconfiar hoje mais cedo no banheiro e por sorte a Rachel estava comigo. -Disse. —Pedi para que guardasse segredo, mas a baixinha não sabe ficar de bico fechado. -Comentei e Shelby deu algumas risadinhas antes de continuar conversando comigo.

—Minha filha consegue guardar segredos, mas me contou esse por estar preocupada. -Ela disse. —Já fez algum teste de farmácia ou um exame de sangue para ter certeza, Santana? -Perguntou.

Por que não pergunta a sua filha?

—Ainda não tive tempo para comprar o teste ou marcar uma consulta. Talvez amanhã. -Disse.

—Quer companhia? -Ela perguntou e engoli em seco. —Pode ser assustador estar lá sozinha...

—Agradeço a oferta, mas tenho que passar por isso sozinha. -Disse. —Não quero criar alardes...

—Entendo e fico a disposição para o que precisar. -Ainda bem que ela não insistiu nessa história. —Tenho apenas um conselho... -Shelby comentou e notei que suas feições caíram ligeiramente.

—Qual seria esse conselho? -Perguntei com o resquício de coragem que me restava.

—Se o resultado for positivo, você deve pensar antes de tomar uma decisão. O arrependimento pode chegar no futuro, a vontade de participar da vida dessa criança, mas pode acontecer de que você não tenha a mesma sorte que tive... -Ela possuía uma voz serena. —Graças a Deus pude me reaproximar da minha filha, mas não tem um único dia que não me arrependa por ter escolhido uma quantidade em dólares e perdido toda infância da minha menina. -Apenas acenei.

—Imagino como foi difícil para senhora e agradeço o conselho. Poder ter certeza que pensarei.

—Fico feliz e se precisar de um auxilio pode me procurar. -Shelby me ofereceu e dei um sorriso.

—Obrigada. -Agradeci. —Posso falar com a Rach? -Perguntei.

—Oh, claro! -Ela declarou. —Se cuide, Santana. -Se despediu antes de entregar o celular a Rach. —Ela quer falar com você. -Comentou. —Vou estar esperando lá embaixo e pegue leve com ela.

Rachel não olhava para a tela por estar conversando com a mãe, mas ao ficar sozinha disse:

—Obrigada... -Me agradeceu o mais baixo possível e suspirei pesado antes de perguntar.

—Você está sozinha agora? Ela se foi? Seu quarto é aprova de sons, não é? -Perguntei.

—Sim para todas. -Respondeu à pergunta um pouco confusa.

­—Ótimo... -Tomei um pouco de fôlego. —QUAL É A PORRA DO SEU PROBLEMA? VOCÊ SÓ PODE TER MERDA NESSA CABEÇA PARA ME ENVOLVER NISSO, NÃO É? -Rachel fez uma careta devido meus gritos. —Acho melhor que tenha uma boa, não, uma excelente explicação, pois no momento estou morrendo de vontade de te acertar um Lima Heights nesse traseiro, Baixinha!!!

—Não precisa gritar! -Comentou fazendo aquela cara de cachorrinho.

—Anda logo e me explica essa história, gnomo. -Disse brava e ela suspirou.

—Amanhã te conto, pois tenho que tomar banho e desce para jantar. -Comentou. —Obrigada...

—Não foi de graça e pode ter certeza de que irei cobrar com juros. -Comentei e ela deu risada. —Agora vai tomar esse bendito banho que o seu cheiro de sexo está chegando aqui por ligação.

—Eu e a Quinn não fizemos nada... hoje... -Rachel encarou a parede envergonhada e gargalhei.

—Te vejo amanhã na escola... -Disse antes de desligar e jogar o celular em algum canto da cama.

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Quinn Fabray

Acordei bem mais cedo que o habitual e nem havia treino matinal com as Cheerios. Minha namorada deixou uma centena de mensagens em meu correio eletrônico e mais algumas mensagem no WhatsApp dizendo que precisava urgentemente falar comigo. Agradeci pelos corredores estarem vazios, já que podia encontrá-la sem contratempos.

—Até que enfim de encontrei. -Minha namorada estava sentada ao piano do auditório. —Vocês estão bem? -Perguntei preocupada, me sentei ao seu lado para bicar seu lábios.

—Estamos bem e não tive um enjoo matinal. -Ela respondeu toda cheia de si.

—Nosso nugget entendeu que não pode deixar a mamãe enjoada. -Acariciei sua barriga. —Mas podemos voltar ao que nos trouxe aqui tão cedo pela manhã? -Perguntei curiosa.

—Temos que contar a Santana sobre o bebê e sobre a sua condição, Quinn. -Comentou.

Um ponto de interrogação flutuava sobre minha cabeça, não que tivesse problemas em contar a Santana sobre meu pênis, ela é minha amiga no fim das contas, mas preciso entender o por que disso estar acontecendo agora.

[Continua...]

consequências: FaberryOnde histórias criam vida. Descubra agora