Capítulo 5

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Quinn Fabray

Não soube ao certo o que responder naquele momento, visto que era uma decisão que mudaria nossas vidas para sempre e requer grandes responsabilidade. Quero ficar com o bebê, ele é uma parte minha com a garota que sempre desejei, e não me importaria de sacrificar meus sonhos para que fosse possível, porém ainda penso em Rachel e em seus sonhos que não foram realizados. Deus não temos nem ao menos um trabalho para arcar com as despesas de um bebê.

—Quero ficar com ele... -Disse um pouco receosa, mas não estava disposta a mentir. —Sei que essa é uma daquelas escolhas críticas que mudam todos os planos e que vai nos mudar também. Somos jovens e mal conseguimos cuidar de nós mesmas, porém não consigo abrir mão do bebê. -Encarei minha namorada que tinha as mãos em volta da barriga em um gesto protetor e sorri. —O que você quer fazer? -Perguntei. —É o seu corpo e vou respeitar sua decisão, amor. -Disse.

—Quero que tenhamos o bebê. -Rachel respondeu à pergunta com um meio sorriso e se sentou. —Parte de mim diz que estarei sacrificando alguns dos meus sonhos ao fazer essa escolha e algo me diz que não estou pronta psicologicamente para enfrentar os desafios de cuidar de um bebê, mas tem a outra metade e essa diz que posso enfrentar tudo que o mundo jogar sobre minhas costas, posso enfrentar os olhares de julgamento e o preconceito, pois você estará ao meu lado e no fim tudo será esquecido ao ouvirmos sua primeira palavra e quando vermos seu primeiro passo. Ficaremos tão orgulhosas dos avanços do nosso bebê. -Disse com um sorriso de ternura. —Poderia ficar indecisa em qual lado devo escutar, mas tomei minha decisão, eu quero o bebê!

Meu sorriso foi tão largo que pensei que teria uma cãibra no maxilar e a puxei para meus braços. Estava chorando como uma criancinha, mas porque estava feliz. A um tempo atrás pensei que nunca teria minha própria família, que ninguém iria me querer por ser intersexo, mas a Rachel me provou o contrário novamente e serei eternamente agradecida por isso.

—Devemos contar aos nossos pais? -Perguntei e senti o pequeno corpo de Rachel estremecer.

—Podemos esperar uns dias? -Rachel perguntou. —Ainda não estou pronta para contar a eles.

—Como quiser, mas teremos que contar em breve, já que nosso bebé não vai parar de crescer.

—Prometo que contaremos em breve. -Ela disse e me abaixei para beijar sua pequena barriga.

—Hei pequeno, sou sua mãe e te amo muito! -Disse toda boba para barriga de Rachel que sorriu.

—Ele também te ama... -Disse enquanto acariciava meu rosto. —Nós dois te amamos, Quinn.

Envolvi meus braços em sua cintura e ela me abraçou pelos ombros para que pudéssemos nos beijar com todo amor, carinho e ternura que o momento demandava. A puxei para trás comigo e caímos em minha cama, mas não tínhamos intenções de fazer amor naquela tarde.

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Rachel Berry

Deixei a casa de Quinn quando o sol estava se escondendo no horizonte, caminhei calmamente até minha casa e pedi a Deus para que meus pais ainda não estivessem em casa ou passaria por um interminável discurso sobre: A importância de avisar quando for sair depois da escola e sobre quem estará presente nesse encontro. Quando cheguei em casa as minhas esperanças se foram, pois os carros estavam na garagem e a porta não estava trancada como devia acontecer. Droga.

—Estou em casa. -Declarei para que não pensassem que fosse alguém invadindo nossa casa.

—Na sala, estrelinha. -Papai respondeu. —Tem visita para você... -Comentou e franzi a testa.

consequências: FaberryOnde histórias criam vida. Descubra agora