Capítulo 11

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Quinn Fabray

Nossos pais estavam com os olhos arregalados, suas bocas se mexiam, mas nenhum som era proferido. Minha namorada segurava minhas mãos por baixo da mesa com todas suas forças, ela suava frio e tremia, o que não é nenhuma surpresa, já que estou do mesmo jeito ou até pior. O meu coração estava acelerado em níveis preocupantes, estou propicia a um atacar cardíaco e ter um, no momento seria fantástico, pois, escaparia da conversa que viria a seguir e possivelmente da corrida que vira quando Hiram se levantar, mas tenho que ser forte pela Rachel, ela precisa de mim e prometi a ela que passaríamos por isso juntas.

—Como isso pode acontecer? Como não percebi os sintomas? -Leroy perguntou após sair do transe.

—Papai o senhor quer mesmo essa resposta? -Rachel perguntou com o rosto vermelho.

—Posso contar como aconteceu se eles quiserem. -Arrisquei uma brincadeira para tentar amenizar aquele clima tenso, mas todos me encararam com olhares acusatórios e Rachel pisou no meu pé. —Desculpem...

—Você quer matar nossos pais do coração? -Rachel me perguntou incrédula.

—Não, não quero! -Respondi com urgência. —Era apenas uma brincadeira para aliviar a tensão. —Disse.

—Já basta a resposta descabida que deu ao Finn quando contamos sobre a gravidez para o pessoal, Quinn! -Dei um sorrisinho diabólica ao me lembrar da cara de incredulidade que Finn fez ao ouvir aquilo e a cara dos outros também foram impagáveis. A Mercedes chegou a tapar os ouvidos e cantarolar para não ouvir. —Não solte esse sorrisinho. -Ela desferiu um tapa em meu braço e choraminguei com um pouco de dor.

—Lucy Quinn Fabray, você vai me dizer onde estava com a cabeça ao não se proteger? -Mamãe perguntou.

—Juro que só aconteceu uma vez e foi na festa do Puck. -Disse e lampejos de entendimento passaram por seus olhos. —Sim, aquela noite que dormimos fora de casa estávamos na casa do Noah e perdemos a virgindade, juntas. -Revelei.

—Te dou dois minutos para correr, Fabray! -Hiram disse e engoli em seco olhando para o meu pai e pedindo ajuda.

—Não me olhe desse jeito, Lucy. -Papai comentou. —Recomendo que corra, pois também estarei atrás de você! -Diz.

—HIRAM! -Leroy repreendeu ao marido, mas ele continuou soltando fogo pelas ventas.

—RUSSEL! -Mamãe repreendeu ao meu pai no mesmo tempo, porém ele continuava com aquele olhar severo.

—Acho que devo sair correndo... -Murmurei para a Rachel e ela me abraçou pela cintura para que ficasse sentada ali.

—Prometemos enfrentar juntas... -Rachel me lembrou com os olhos cheios de água e suspirei antes falar para eles.

—Sei que somos jovens, que mal conseguimos cuidar de nós mesmas e corremos para vocês quando estamos doentes, mas nossa imprudência gerou um lindo resultado e iremos arcar com as consequências da melhor forma. -Comentei. —Sr. Berry peço desculpas por trair sua confiança dessa maneira e por entrar em sua casa dando tamanha notícia, mas não estou arrependida por ter me relacionado com sua filha e sei que nosso bebê pode ser visto como um problema por vocês no momento, porém, o vejo com um milagre. O meu pequeno milagre. -Digo cheia de certeza. —Também peço desculpas por ter traído sua confiança, papai. -Olhei para meu pai que ainda me encarava. —Fiquei com medo de levar uma bronca quando cheguei em casa naquele dia e inventei uma mentira esfarrapada, não devia ter feito isso, pois o senhor criou uma mulher e não uma covarde. -Suspirei antes de continua. —Desde os meus treze anos me instruiu sobre a importância de respeitar as mulheres e principalmente seus corpos, mas uma noite de bebedeira foi suficiente para esquecer desses ensinamentos. -Havia algumas lágrimas em meus olhos. —Mas irei assumir minhas responsabilidade como a mulher que sou, a mulher que o senhor me criou para ser, papai! -Comentei.

consequências: FaberryOnde histórias criam vida. Descubra agora