consequências: Faberry

Capítulo 33

Quinn Fabray

O Jesse entrou em contato com minha namorada e marcou um encontro perto dos bebedouros. A Rachel aceitou, pois queria colocar todas as cartas na mesa e pedir para o James parar com aquela perseguição. Nem mesmo cogitei a ideia de não a acompanhar, não quero que ela fique sozinha com esse engomadinho de merda, e tive sorte que ela não foi contra minha ida.

Minha vontade era de ficar lado a lado com minha namorada, mas, Rachel insistiu que ficasse a uma distância segura para terem uma conversa tranquila. Decidi não ficar tão distante, pois o Jesse podia tentar alguma gracinha ou até coisa pior e no estado que minha garota está não pode se defender sozinha. Fiquei nas proximidades da sala dos professores, que estava sem uso no momento e não poderiam me acusar de espionar os outros grupos.

Rachel se aproximou do Jesse, ela abraçou sua barriga de forma protetora, pois o moreno começou a puxar os cabelos e andar de um lado para o outro no corredor. Pensei em me aproximar, mas ele ainda não representava uma ameaça. Entretanto, não pensei duas vezes quando o rapaz apertou seu braço e a empurrou contra uma das paredes. Me aproximei como um foguete, puxei o maldito pela gola, ele se virou, assustado, e logo meu punho acertou aquele rostinho bonito e fiquei muito satisfeita ao ver o sangue escorrendo daquele nariz empinado.

O filho da puta ainda teve a audácia de fazer uma ceninha, mas ficou todo encolhido quando ouvir que Rachel era minha namorada e que o bebê que ela espera é meu filho. O aspirante a cantor decidiu ir embora após uma coisa que minha garota disse, mas antes fez uma ameaça e morri de vontade de correr atrás dele para quebrar aqueles dentes.

—Vamos para nossa sala e esperarmos junto com o pessoal a nossa vez de subirmos ao palco. -Rachel disse e concordei.

—Eu quero ir atrás dele e arrebentar a cara daquele desgraçado! -Comentei e ela me puxou para um beijo apaixonado.

—Precisamos de você na sala. -Rachel murmurou depois que nos separamos e dei um sorriso largo com as palavras.

Voltamos para nossa sala e assim que pisamos no ambiente começou o interminável interrogatório dos nossos amigos, não me importei em responder as perguntas e quando contei (com orgulho) que havia quebrado o nariz do Jesse, os meninos vibraram, me parabenizaram enquanto davam tapinhas em minhas costas e Santana disse que estou aprendendo algumas coisas por passar tanto tempo ao lado dela, ela também disse que estava orgulhosa de mim. A Rachel apenas riu e se sentou em uma das poltronas com um sorriso no rosto e as mãos acariciando sua barriga de grávida.

—Senhoras e senhores em instantes receberemos os anfitriões da noite! -Disse o apresentador.

Fizemos nosso tradicional cumprimento e estamos indo para nossos devidos lugares, mas parei de andar ao perceber que minha namorada havia se apoiado em uma cadeira que estava um pouco mais atrás e suas feições mudaram para algo como dor e desconforto. Meu desespero foi imediato, mas, não estava sozinha nessa, pois todos ficaram preocupados e assustados.

Todos tentamos nos aproximar da morena ao mesmo tempo e isso causou alguns esbarrões, mas no fim todos estávamos rodeando a baixinha, que havia se sentado na cadeira. Eu me ajoelhei em sua frente.

—O que aconteceu? -Perguntei preocupada e coloquei minha mão sobra sua barriga. —Ele está bem?

—Foi só um chute... -Rachel comentou. —Vamos nos apresentar... -Ela ficou de pé.

—NEM FODENDO QUE VOCÊ VAI SE APRESENTAR, RUPAUL! -Santana disse. —VOCÊ VAI FICAR SENTADA AÍ MESMO!!!

—Você não pode se apresentar com dor. -Mr. Schue deu a palavra final.

—Estou perfeitamente bem e vou me apresentar com meu grupo! -Rachel bateu o pé no chão.

Rachel pegou o braço de Finn e o arrastou para o lugar que era delimitado aos dois. Meu amigo não queria ir, ele não estava gostando nada daquilo, mas ficou com medo de contraria a morena e piorar a situação. A Santana xingava vários palavrões em espanhol e os meninos e a Brittany tiveram que segurar a latina, pois, ela queria ir atrás da minha namorada para amarrá-la na cadeira.

— ¡DÉJAME IR! VOY A ATATAR EL TIRO A LA SILLA POR PONER EN RIESGO LA VIDA DE MI ÁNGELITO! -Santana gritava.

O Schuester nos empurrou para nossos lugares no fim das contas e foi bem a tempo das cortinas se abrirem e a melodia começar. Logo a voz angelical de Rachel ecoou por todo o auditório e a voz de Finn acompanhou em seguida. O grupo se juntou a eles no palco logo depois, dançamos no fundo e cantamos, mas os meus olhos continuaram fixos em Rachel, que parecia melhor.

A plateia está eufórica com o dueto dele, as pessoas devem pensar que eles são um casal e que provavelmente o meu bebê era filho do Finn. O simples pensamento me deixou chateada, minha feição deve ter caído alguns décimos, mas tentei espantar os pensamentos enquanto me concentrava na dança, a qual estava um pouco mais difícil do que me lembrava.

Quando nossa última música foi apresentada e as cortinas se fecharam, o clube do coral estava exausto, mas felizes por terem dado tudo de si e por deixarem a plateia em estado de euforia. O Finn abraçou minha namorada, apenas como bons amigos, e ajudou a morena a descer os degraus que ficavam no canto do palco.

—O que deu em você para se apresentar com dor? -Perguntei a minha namorada assim que os dois se aproximaram de mim.

—Estou perfeitamente... -Rachel colocou uma mão na cabeça e fez uma careta.

—Rae Bear? -Brittany chamou pela minha namorada, mas ela parecia tão distante. —Tudo bem? -Ela perguntou.

—Eu... -Rachel não terminou a frase, ela fechou os olhos e tombou para o lado. Por sorte fui rápida e a segurei em meus braços.

—Rachel! -Me ajoelhei no chão com minha namorada em meus braços. —Amor acorda! -Lágrimas caiam dos meus olhos.

—Acho melhor a levarmos para o hospital! -Senhor Schue pegou as chaves do seu carro.

—Deixa que eu carrego a princesa judia. -Puck se agachou e sem muito esforços ergueu a minha namorada nos braços.

—Vamos, vocês precisam ir para o hospital. -Brittany me ajudou a levantar e me puxou para fora da escola com os demais.

[Continua...]