Capítulo 41

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Quinn Fabray

Um mês mais tarde

Beth ganhou peso nesse último mês e os exames indicam que seus pulmões estão quase perfeitos e que ela poderá sair da sonda em poucos dias se continuar engordando e se os resultados continuarem promissores. Rachel continua no hospital, claro que ela recebeu alta a algum tempo, mas se recusa a deixar o hospital enquanto nossa filha estiver internada. Os nossos pais estão arcando com todo o tratamento necessário e Rach e Beth estão recebendo o melhor tratamento que aquele hospital possa oferecer.

Minha namorada recebeu licença maternidade do colégio, ela vai fazer os trabalhos e as provas em casa por alguns meses. Embora ela não tenha voltado para casa desde o nascimento de Beth, ela está realizando as atividades no refeitório do hospital. Infelizmente, eu não recebi uma licença maternidade também, o que achei uma grande injustiça, pois era a outra mãe da menina. Retornei ao McKinley uma semana depois que minha filha nasceu e só voltei pois estava perdendo muitas matérias e não queria correr o risco de reprovar.

Os jogadores passaram por mim e me parabenizaram pelo nascimento da minha filha e as Cheerios me perguntaram sobre Rachel e Beth como se todos fossemos grandes amigos. Descobri mais tarde que o Schuester comunicou ao Figgins e a Sue sobre o ocorrido e que a treinadora comunicou a todos da escola sobre o que tinha acontecido nas seccionais e logo após ameaçou qualquer pessoa que pudesse nos tratar diferente quando voltássemos. Ah, peguei dispensa temporária das Cheerios também para poder voltar ao hospital ao fim das aulas.

Hoje é um sábado à tarde e ainda não voltei ao hospital pois estava terminando alguns deveres atrasados e esperava meus pais chegarem em casa para falar uma coisa muito importante com eles. Perto das cinco da tarde ouvi o carro estacionando na garagem e vozes vindo do andar de baixo, mas decidi esperar mais um pouco e terminar uma redação que teria que entregar na segunda-feira sem falta. Quando terminei eram mais de sete da noite e decidi falar com meus pais antes de tomar banho, ouvi barulhos de panelas vindo da cozinha e sorri ao ver que os dois cozinhavam juntos como um típico casal feliz.

—Posso falar com vocês? -Perguntei enquanto me sentava na bancada da cozinha e brincava com meus dedos, nervosa.

—Claro! -Mamãe entregou uma panela quente de macarrão para o meu pai, que por sorte estava usando luvas ou se queimaria.

—Aconteceu alguma coisa com nossa netinha? -Papai colocou a panela sobre o fogão e veio correndo para perto da gente.

—Não, não aconteceu nada com Beth. -Os tranquilizei e eles suspiraram aliviados. —Quero falar sobre a Rachel... -Comentei.

—Vocês brigaram? -Papai perguntou com a sobrancelha arqueada e neguei rapidamente.

—Lucy espero que não esteja tentando obrigar sua namorada a fazer coisas que ela ainda não possa fazer! -Mamãe disse.

—Do que... -Estava prestes a perguntar quando uma lâmpada se acendeu. —Claro que não estou tentando a obrigar a fazer coisas!

—O que aconteceu com Rachel? -Papai perguntou, ele tentava controlar o riso e revirei os olhos.

—Não aconteceu nada... -Cocei minha nuca, envergonhada. —Não aconteceu... ainda...

—Pare de enrolação. -Papai ficou sério do nada. —O que você está aprontando, Lucy?

—Eu... eu... eu quero... eu quero... -Fechei os olhos e respirei fundo para tomar coragem e continuar falando com mais confiança. —Eu quero pedir a mão de Rachel em casamento. -Meus pais sorriram de forma sincera, eles se aproximaram ainda mais e me abraçaram com todas as forças e pude sentir através daquele carinho o quanto eles estão orgulhosos. —Mas preciso de apoio. Emocional e financeiro, pois minhas economias não são suficientes para comprar um anel descente. -Comentei.

—Claro que apoiaremos sua decisão. -Papai comentou. —Estava para ter essa conversa com você, mas não encontrava brecha.

—Espera, o quê? -Perguntei.

—Vocês duas estão indo para New York em alguns meses e tem uma filha juntas. O melhor é oficializar as coisas para manter a honra da garota, não acha? -Perguntou e concordei. Nunca pensei por esse lado. —Além do mais ainda sou um pouco tradicional demais quando se trata desse assunto, Lucy Quinn.

—Quando pretende fazer o pedido, Quinnie? -Mamãe mudou completamente o assunto.

—Após a formatura que será daqui a cinco meses. -Respondi com um sorrisinho bobo.

—Vamos sair e comprar as alianças! -Mamãe se levantou e estava parar tirar o avental.

—Agora são 21 horas, Judy. -Papai comentou entre risadinhas.

—Droga! -Disse. —Vamos amanhã cedo comprar as alianças! -Apontou para mim e deu uma risadinha enquanto concordava.

Mamãe ficou resmungando o resto da noite por estar tarde e todas as joalherias estarem fechadas, ela está realmente animada e queria comprar logo o anel. Meu pai teve uma conversa comigo após o jantar. Apesar de estar muito feliz por mim, ele tinha que ter certeza de que estava pronta para dar esse passo no relacionamento com Rachel e chegou a conclusão que estava pronta. Depois disso nós três sentamos na sala e assistimos Funny Girl.

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Rachel Berry

Por sorte não preciso mais de uma cadeira de rodas para me locomover pelo hospital, posso fazer isso sem esforços, o que é muito bom. No momento estou no berçário com minha filha, ela saiu da UTI neonatal a uma semana, Graças a Deus. Minha menininha dorme tranquilamente enquanto acaricio seus cabelinhos loiros e cantarolo uma musiquinha que ela parece gostar, pois sempre ficava mais agitada e me oferece sorrisinhos de bebê, o que me derrete o coração.

Os médicos estão impressionados com o ganho rápido de peso de minha filha, eles acreditam que ela possa sair da incubadora muito em breve. Infelizmente, mesmo que ela saia da incubadora, terá que ficar no hospital por mais um tempo, mas sair dessa cápsula é um grande começo. Minha namorada não ficou para passar a noite no hospital, ela mandou uma mensagem dizendo que tinha que fazer alguns deveres atrasados, mas prometeu que viria amanhã antes do colégio me ver. Ainda não acredito que ela não pegou uma licença maternidade também. Poxa, ela também é mais da Bethany.

—Boa noite, mamãe. -Camila entrou no berçário. —Como vocês estão? -Perguntou.

—Estamos bem, obrigada. -Agradeci com um sorriso, mas logo voltei a atenção a minha filha.

—Tenho uma excelente notícia. -Camila tocou meus ombros e meus olhos brilharam ao ouvir aquele comentário.

—Beth recebeu alta da incubadora? -Perguntei.

—Ainda não. -Disse e meu sorriso deve ter caído um pouco. —Mas, amanhã iremos providenciar a primeira mamada dela.

—Como assim? -Perguntei.

—Ela ganhou bastante peso e seus pulmões estão se desenvolvendo muito bem. Acredito que ela possa mamar sem correr riscos.

—Sério? -Perguntei com um sorriso que ia de orelha a orelha.

—Claro. -Ela tocou meus ombros. —Alguns cuidados deveram ser tomados, mas quando chegas a hora você vai ser instruída, ok?

—Ouviu isso, amorzinho? -Falei com Beth assim que Camila deixou o berçário. —Amanhã vou poder te pegar no colo, meu bebê.

(Continua...)

consequências: FaberryOnde histórias criam vida. Descubra agora