Capítulo 26

301 27 79
                                    

Quinn continuou de joelhos no chão de terra, seus olhos estão vermelhos devido ao choro compulsivo e focados no chão. A judia não estava muito atrás no quesito choro, ela tremia levemente e tentava normalizar a respiração, que estava descompassada. Emily se aproximou do corpo esguio de Quinn e inalou o perfume inebriante da loira, ela ainda a amava. Deus como amava. Mas, sabia que nunca a teria de volta.

—Pensei que pudéssemos reatar nosso namoro, pensei que podíamos ser felizes novamente, Quinn. -Disse. —Mas, agora percebo que você não merece uma mulher como eu ao seu lado. Você prefere as prostitutas.

—Você voltou para arruinar ainda mais a minha vida, não foi? -Quinn perguntou e Emily riu, debochando.

—Eu te amo, sempre amei para ser sincera, mas era uma menina burra e de mente fechada naquela época.

—Se me amasse de verdade, me deixaria sair daqui com minha família e amigos, Williams! -Quinn bradava.

—Queria provar aquelas pessoas que não há nada de errado em ser diferente. -Emily comentou, irritadiça.

—Nunca voltaria para aquela cidade e ainda mais com você! -Quinn esbravejou e levou um tapa no rosto.

—Parando para pensar um pouquinho, você foi a responsável por todas as coisas ruins que me ocorreram. As pessoas foram horríveis comigo por sua culpa, fui espancada, eles me ofenderam e tudo por sua culpa...

—EU acabei com a SUA vida? -Quinn tentou se levantar, mas, Dave lhe deu um chute nas costas e ela caiu. —Eu te amava, Emily. Podia jurar que passaríamos o resto das nossas vidas juntas e teríamos muitos filhos.

—Você... você... -Os olhos da ruiva ficaram marejados com essa confissão, mas a loira continuou falando:

—Eu confiei o meu maior segredo a você e o que decidiu fazer? Você contou para todos da escola, Emily. -Quinn se ajoelhou novamente e encarou a mulher que um dia amou profundamente, mas que agora só conseguia sentir nojo e uma raiva descomunal, ela poderia matá-la facilmente se estivessem sozinhas ali. —Eu fui agredida, fisicamente e psicologicamente, por sua maldita culpa! -Emily tentava não chorar agora. —Você arruinou a minha vida e me obrigou a mudar da cidade em que nasci e eu acabei com a sua vida!?

—Quinn... -Emily tentou falar, mas a loira esbravejou:

—EU ACABEI COM MINHA VIDA QUANDO NAMOREI UMA VADIA COMO VOCÊ E... -Quinn parou de repente.

—CALA A MERDA DA SUA BOCA! -Dave acertou outro chute na loira, que deitou em posição fetal no chão.

—Quinn... -Rachel chamou pela namorada e tentou se aproximar dela, mas estava um pouco tonta e parou. —Quinn... -Ela chorou silenciosamente e voltou a se apoiar na árvore para que não caísse e se machucasse.

—VOCÊ VAI LAVAR A MERDA DA SUA BOCA... -Dave deu outro chute. —COM SABÃO... -Mais outro chute. —ANTES DE FALAR... -Outro. —DELA... -Mais um. —DESSE JEITO DE NOVO, ENTENDEU? -Dave perguntou.

Quinn tinha um filete de sangue saindo pela boca e gemia baixinho por estar sentindo uma dor dilacerante.

—SUA ABERRAÇÃO DE MERDA! -Dave deu outro chute no estômago de Quinn Fabray, que perdeu o fôlego.

—PARA COM ISSO! -Puck e Finn gritaram ao mesmo tempo e tentaram se aproximar, mas foram impedidos.

—Não sei como minha irmãzinha se envolveu com uma pessoa como você. -Dave cuspiu no rosto da loira. —Você devia ter largado essa vadiazinha e ficado com a minha irmã quando teve a chance, Fabray! -Disse.

—Dave... para... -Emily pediu em um sussurro, ela estava horrorizada com o que estava acontecendo ali.

—Essa morena é a Rachel? -Dave perguntou com um sorriso torto e se aproximou da judia, que tentou sair.

—AI! -Rachel grunhiu ao ser puxada pelos cabelos e seu corpo se chorar contra o peitoral do homem alto.

—Não chegue perto dela... -Quinn conseguiu balbuciar, mas fora ignorada. —Eu vou te matar... -Prometeu.

—Ela é tão pequena e frágil -Dave disse. —Parece que vai se quebrar ao mínimo toque, não é? -Perguntou.

—Sai de perto dela! -Santana rosnou, mas não pode avançar, pois o moreno ergueu a arma em sua direção.

—Por ser pequena desse jeito, ela vai sofrer com meu tamanho, mas até que vai ser divertido. -Comentou. —Vai ser divertido te ver sangrando no meu pau e te ouvir implorando para que pare de te foder, piranha.

—Seu porco! Desgraçado! -Finn ousou se aproximar e levou um tiro na perna esquerda. —AI, MERDAAAAA!

—Finn! -Puck e Santana se aproximaram do amigo.

—Talvez, ela implore para que a mate de uma vez ou ela pode gostar e pedir por mais, nunca se sabe. -Diz. —O bebê iria sentir? -Ele perguntou, fingindo curiosidade. —Ele merece participar da festinha, não, Rachel?

Rachel chorava copiosamente e tentava se afastar do homem enquanto abraçava sua barriga e ele sorriu.

—Calma, ainda não vou fazer nada com você, princesinha! -Dave beijou o topo de sua cabeça e se afastou.

—Dave, vamos embora. -Emily tocou o braço do irmão, mas não disse mais nada, pois ouviram sirenes.

—Mas... -Dave se assustou ao ver as luzes ao longe. —Como esses desgraçados chamaram a Polícia!?

—NÃO É HORA PARA PENSAR NISSO, TEMOS QUE SAIR DAQUI! -Emily tentou puxar o irmão. —VAMOS!

—Antes, vou mandar essa desgraçada para o inferno! -Dave apontou para Rachel, que soltou um grito e abraçou o próprio corpo com medo. —Mande lembranças aqueles malditos por mim, Rachel! -Ele disparou.

Rachel fechou os olhos com força, ela esperou a dor dilacerante que viria a tirar sua vida e consequentemente a vida de seu inocente bebê, mas o tiro nunca chegou ao seu corpo. A morena abriu os olhos e viu sua melhor amiga em sua frente. Santana serviu como um escudo humano para a morena e sua camiseta manchada de sangue provava isso.

—Santana! -Rachel puxou a amiga para seus braços e as duas encontraram o chão.

Emily saiu correndo e os policiais sacaram a arma no mesmo momento e o tiro foi certeiro em sua cabeça.

—EMILY! -Dave gritou e se aproximou da irmã. —NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! -Ele gritou.

—VOCÊ ESTÁ PRESO! FIQUE COM AS MÃOS PARA CIMA! -Os policiais o cercaram rapidamente.

—DESGRAÇADOS! -Dave ainda tentou atacar os policiais e levou um tiro no ombro e caiu no chão com dor.

—Santana, por favor, não faz isso comigo! -Rachel chorava.

—Para... com... os... dramas... Hobbit... -Santana murmurou com um sorriso e fechou os olhos em seguida.

—Santana, não, você não pode fazer isso! -Rachel disse. —SANTANA! -Ela gritou.

—Precisamos de duas ambulâncias! -Um policial comunicou pelo rádio em seu ombro. —Ela vai ficar bem...

[Continua...]

consequências: FaberryOnde histórias criam vida. Descubra agora