Capítulo 42

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No dia seguinte

Quinn e Rachel estão esperando a chegada da filha no quarto que é destinado a Rachel durante a estadia no hospital. A loira andava de um lado para o outro no quarto enquanto balbuciava uma oração que aprendera ainda criança e que tinha muita fé e Rachel estava sentada na cama, brincando com os dedos e olhando o relógio de cinco em cindo minutos. Elas receberam alguns amigos nas últimas horas, todos queriam conhecer a Bethany, mas não puderam ficar todos dentro do quarto até que a menina chegasse, porém, eles prometeram ficar na recepção e pediram para que alguém avisasse quando pudessem entrar.

A porta foi aberta por Verônica, que é enfermeira que estava com a equipe médica quando Rachel chegou ao hospital, depois de cinco longas e torturantes horas de espera. A enfermeira tinha uma garotinha nos braços, que estava acordada e correndo os olhinhos pelo cômodo em busca de qualquer coisa nova. Quinn caiu sentada na poltrona próxima a janela ao ver sua criação tão de perto e Rachel estava com os olhos marejados por estar tão perto da menininha que gerou por oito meses.

—Você quer conhecer suas mamães? -Verônica perguntou a pequena em seus braços. Bethany pareceu entender o que a enfermeira disse e esboçou um fofo sorriso de bebê. —Vou tomar isso como um sim. -Disse com um sorriso e se aproximou delas.

A enfermeira acomodou a menininha nos braços de sua mãe morena pra ser amamentada, finalmente. A pequena estava ficando irritada pois estava passando do seu horário de ser alimentada. Rachel estava trêmula quando segurou a filha pela primeira vez sem a ajuda da enfermeira e antes seus olhos que brilhavam devido as lágrimas, agora as derramavam livremente. Aquelas eram lágrimas de felicidade por estar perto da coisinha mais importante de sua vida todinha.

—Oi amorzinho... -Rachel murmurou com um sorriso bobo no rosto.

—Ela é tão linda. -Quinn se sentou atrás da namorada na cama e rodeou seu corpo com os braços.

—Ela é sua filha... -Rachel se acomodou melhor nos braços da namorada, mas não desgrudou os olhos da filha.

—Nossa filha você quis dizer, não? -Quinn corrigiu a namorada e beijou sua bochecha. —Ela é perfeita...

Verônica está admirada com a interação do casal com a filha. Ela estava com os olhos brilhando pelas lágrimas e mantinha um sorriso no rosto. A mulher acompanhou de perto o sofrimento daquelas duas nesses últimos tempos.

—Vocês formam um lindo casal. Não tenho dúvidas que essa garotinha será muito amada por vocês e todos ao redor. -Comentou.

—Obrigada. -Quinn e Rachel disseram juntas e ofereceram um sorriso acolhedor para a enfermeira.

—Vou te explicar como amamentar e vou deixar que fiquem um pouco sozinhas. -Verônica comentou.

A enfermeira auxiliou a morena para que ela segurasse Bethany de uma maneira mais confortável para as duas e mais fácil para que Rachel pudesse amamentar. Ela aconselhou a morena a fazer pequenas pausas para que a pequena pudesse descansar. A judia acariciou os cabelos da filha antes de tirar o seio para fora (o que deixou Quinn um pouco envergonhada e ao mesmo tempo com certos ciúmes) e começou a amamentar a filha pela primeira vez e ela teve certeza que nenhuma experiência seria melhor que aquela.

Rachel amamentou a filha com toda calma do mundo. Os olhos nunca saírem da menina, nem mesmo quando a enfermeira disse que ela estava fazendo um excelente trabalho e pediu licença antes de se retirar do quarto. Quinn saiu da cama para fotografar o momento e estava toda boba com o quão bem sua namorada estava fazendo aquilo e ficou ainda mais boba com a vontade da filha em sugar o leite. De momento a única certeza que a loira teve é que a menininha é uma comilona. Assim como ela antes de entrar nas Cheerios ou momentos livres ou momentos de ansiedade.

—Quer pegá-la? -Rachel perguntou e tirou a loira dos devaneios.

—Ela não terminou de mamar... -Quinn comentou com as sobrancelhas frangidas.

—Sim, mas ela precisa fazer pequenas pausas. -Comentou. —Você quer ou não a segurar? -Perguntou.

—Eu quero muito! -Quinn respondeu e esticou os braços para segurar a pequena.

Quinn Fabray

Rachel acomodou nossa filha em meus braços e naquele momento todos os barulhos do mundo cessaram e só existia nos três no mundo e absolutamente nada poderia me abalar ou ferir. Bethany me encarou com curiosidade e novamente pensei que ela havia arqueado as sobrancelhas no estilo dos Fabrays. Olhei para Rachel que sorria com o celular em mãos, gravando o momento, seus olhos estavam marejados como a algum tempo atrás. Me inclinei e beijei a testa de Rachel e depois selei meus lábios com os de Rachel em um delicado beijo de agradecimento.

—Obrigada... -Sussurrei e ela arqueou as sobrancelhas. —Pelo melhor presente do mundo...

—Eu que deveria estar te agradecendo... -Rachel comentou e beijou a testa da nossa filha.

—Sabe... -Comecei. —Passei anos da minha vida tentando me conformar com o fato de que nunca teria uma família de verdade. Acreditava que nenhuma mulher iria me querer por culpa da minha condição. -Estava chorando mais ainda naquele momento. —Então te conheci quando entrei no McKinley e me apaixonei para pequena estrela da cidade e para minha decepção era apaixonada e namorava com Finn Hudson, o quarterback. -Rachel deu um meio sorriso e a acompanhei.

—Sem contar que você foi uma vaca comigo. -Rachel comentou e minhas bochechas ficaram vermelhas.

—Decidi ser uma vaca com você para tentar me convencer de que a odiava e que você não era garota para mim. Mas você nunca desistiu de ser aproximar e graças a Deus que fez isso, pois nos tornamos amigas e estava disposta a ser somente isso se fosse para ficar ao seu lado e se você fosse verdadeiramente feliz com o Finn. -Admiti.

—Eu nunca seria verdadeiramente feliz sem você ao meu lado, Quinnie. -Rachel comentou.

—Enfim, você me provou que todos merecem amor e não vai ser seu corpo, sexualidade ou qualquer outra coisa que vai impedir isso de acontecer. -Rachel sorriu e me puxou para que sentasse ao seu lado na cama. —Obrigada por me dar a vida que sempre quis ter, mas que achei ser apenas uma fantasia agridoce.

Tomei seus lábios em um beijo apaixonado e compartilhamos todo os sentimentos positivo naquele simples ato de puro amor.

[Continua...

consequências: FaberryOnde histórias criam vida. Descubra agora