Capítulo 25

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Dave parecia um maníaco enquanto atirava para o alto e comemorava com um gritos orgulhosos, ele não estava se importando com as feições de medo do pequeno grupo e isso incluía sua irmãzinha. Emily sabia que o irmão tinha uma arma, sabia que ele matou pessoas, muitas vezes inocentes, e que as pessoas tinham medo dele, mas nunca esperou vê-lo daquela maneira e ficar tão assombrada com aqueles disparos altos.

—Vocês fiquem com as mãos onde possa ver, não façam movimentos bruscos e o típico mimimi de sempre.

Quinn, Santana, Finn e Puck se colocaram em frente as portas do carro como uma barreira humana, tensos.

—Uau, eles são mesmo nobres amigos, não é? -Dave se aproximou e olhou para dentro do carro, sorrindo. —Seus amigos são muito corajosos. Eles estão dispostos a sacrificarem suas miseráveis vidas para proteger você e esse bebê. Incrível, não acha, Rachel? -Perguntou enquanto encarava a morena pelos vidros escuros.

—Desgraçado... -Puck murmurou e tapou a visão do homem com o seu corpo. —Não fale com ela, ouviu?

—Oh, o que vai acontecer se falar com a princesinha? -Dave colocou o cano da arma no maxilar do judeu.

—O que você está fazendo aqui? -Emily se recuperou do susto inicial e chamou a atenção do irmão, irritada. —Você trouxe essa maldita arma com a gente? Como passou pelos sensores do aeroporto com isso, Dave!?

—Tenho contatos espalhados pelo mundo, irmãzinha. -Dave William revirou os olhos e se aproximou dela. —Hoje mais cedo, quando você comentou sobre esse encontro, soube que era alguma emboscada, mas, você é muito bobinha para perceber as reais intenções das pessoas, Em. -O moreno deu uma gargalhada. —Sério que nem passou pela sua cabeça que essa loira anormal viria com os amiguinhos? -Ele perguntou.

—Pare de tirar sarro da minha cara e posso muito bem lidar com isso sozinha, Dave! -Emily ralhou com ele.

—Dave? -Quinn perguntou e todos olharam para ela. —Dave Williams? O seu irmão? -Perguntou incrédula.

—Ao vivo e a cores, Fabray! -Dave disse com um sorrisinho de canto. —E aquela vadia estava para te bater.

—Mas... -Emily ia retrucar, mas o moreno continuou.

—Pare de me repreender por livrar seu rostinho bonito de uns bons tapas e me agradeça, mulher! -Disse.

—Tudo bem, obrigada. -Emily agradeceu mesmo sem muita vontade e o homem revirou os olhos e sorriu.

—Como um rapaz tão doce se tornou um monstro? -Quinn perguntou com os olhos focados no moreno.

—Ele se tornou esse "monstro" no dia que aquela cidadezinha de merda começou a ofender sua irmãzinha.

—Do que... -Quinn ia perguntar, mas ele continuou.

—Quando aquelas pessoas descobriram sobre sua intersexualidade e você deixou a cidade com seus pais, elas começaram a atacar a Emily. A ruivinha chegava em casa toda suja de lama, farinha de trigo, ovos e as vezes até tomates podres e tudo por ter aceitado namorar uma aberração como você, Lucy. -Ele começou. —Em uma sexta-feira à tarde minha irmãzinha chegou em casa com um olho roxo, pois se recusou a ficar com um riquinho mimado da cidade e ele bateu nela na frente de várias, mas ninguém ajudou. -Comentou.

—O que... -Novamente a loira foi interrompida.

—Ninguém ajudou, pois todos pensavam que ela estava contaminada pelo pecado! -Dave chutou uma lata. —Eu matei aquele desgraçado com minhas próprias mão, ele sentiu tanta dor. -Ele sorriu com a lembrança.

—É por isso que ele sumiu... -Emily murmurou, ela estava em choque por ter recém descoberto sobre isso.

—Não podemos esquecer daquelas velhas que te jogavam água benta e queriam te exorcizar. -Dave disse. —Mas, agora podemos parar com esse papo e por que você não revida aquele tapa de meses atrás, Uhum?

—Ela ainda está dentro do carro e tem três pessoas e um pinscher endemoniado na minha frente. -Sorriu.

—Não se atreva a encostar um dedo na minha melhor amiga! -Santana rosnou e Dave apontou para ela.

—A não ser que queira levar um tiro no meio da testa e ainda colocar seus amigos em risco, aconselho que fique quietinha e saia da frente para que essa putinha possa descer desse carro. Porra, vocês estão parados aí desde que cheguei, que péssimos anfitriões, até parece que essa baixinha é uma deusa que precisa ser protegida com suas vidas! -Ele atirou para o alto mais uma vez e todos estremeceram. —Saiam do caminho!

Dave estava com um sorriso torto no rosto e não tardou a apontou para eles de novo, mas os meninos não moveram nenhum músculo, eles levariam um tiro pela morena, dariam suas vidas se isso fosse necessário.

—Acho que estou falando com as árvores... -Resmungou com tédio. —Em quem devo atirar primeiro, Em?

Rachel Berry ao ouvir aquilo abriu a porta do carro e desceu sem que os amigos e namorada percebessem.

—Eu vou até sua irmã, mas não faça nenhuma loucura, ok? -Sua voz se fez presente e os amigos gelaram.

—Rach! -Quinn tentou segurar seu braço, mas a morena se afastou do toque e ficou em frente aos quatro.

—Chega mais perto, bonitinha! -Dave maneou com a cabeça. —Minha irmã tem contas a acertar com você.

Rachel respirou fundo algumas vezes e envolveu a barriga com as mãos enquanto se aproximada da ruiva.

—Você me bateu aquele dia... -Emily murmurou, ela estava com o rosto perigosamente próximo da judia.

—E bateria de novo se o seu irmão não estivesse armado e ameaçando meus amigos. -Rachel comentou.

Emily soltou um risinho nasal e afastou as mãos da morena bruscamente de sua barriga para pousar a mão sobre a saliência. A morena queria a todo custo afastá-la, queria que a mulher ficasse longe do seu bebê, mas não podia se afastar assim, seus amigos e namorada corriam risco de vida. Ela sentiu um movimento.

—Oh, está chutando! -Emily comentou com uma falsa animação. —Olhem só, ele gosta de mim, pessoal!

Rachel abriu a boca para rebater ao comentário, mas foi interrompida por um tapa estalado em seu rosto. A ruiva ainda estava com a mão estendida e tinha um brilho medronho nos olhos e a Rachel queria chorar.

—Pena que odeio essa criança com todas as minhas forças, Berry! -Emily a puxou pelos cabelos castanhos. —Eu devia acabar com você e tirar essa criança do meu caminho logo, mas ainda é muito cedo. -Comentou.

O que eles não sabiam é que um pouco mais para frente, havia um carro estacionado e uma morena alta ligava para a polícia com uma mão e com a outra tentava impedir uma loirinha baixinha de sair do carro para tentar "ajudar" seus amigos.

—Você é uma vadiazinha e engravidou desse bastardo para prender a minha Quinn! -A ruiva acusou a judia. —Não acredito que ela pode dormir com uma coisa... horrenda... como você! -Outro tapa forte no rosto. O pessoal queria avançar, principalmente as garotas, mas estavam sendo impedidos por Dave, que apontava para cada um deles como se fizesse um "uni, duni, tê". —Ela é muito mulher para você, Berry...

—Estou tonta... -Rachel comentou e antes que Emily pudesse lhe bater novamente, uma mão a impediu.

—Por favor, para com isso... -Quinn aproveitou um momento de distração de Dave para se aproximar delas. —Ela está grávida e não pode passar por fortes emoções. Deixe os meus amigos a tirarem daqui, por favor!

—Uou, essa garota tem coragem! -Dave comentou com um sorrisinho torto no rosto.

—Eu fico com você, saio da cidade com você se for preciso, mas deixe eles irem, por favor, Emily. -Pediu.

—Implore e posso pensar no seu caso, Quinnie. -Emily tinha um sorriso zombeteiro nos lábios. —Vamos!

A loira chorava copiosamente, ela correu os olhos para os lados e seu coração apertou ao ver os amigos com as mãos atadas e a namorada apoiada em uma pequena árvore para que não caísse com tudo no chão.

—Por favor... -Quinn caiu de joelhos aos pés da mulher e soluçou em puro desespero. —Por favor, Emily!

[Continua...]

consequências: FaberryOnde histórias criam vida. Descubra agora