consequências: Faberry

Capítulo 23

Quinn Fabray

Rachel entrou na 30° semana de gestação a poucos dias e dentro de dois meses terei meu bebê nos braços, mas enquanto isso não acontece, me alegro em acompanhá-la nas consultas com a Dra. Camila, pois todas são importantes para mim de alguma maneira. Amo quando temos ultrassonografia e posso ver meu bebê naquele pequeno televisor e ouvir o seu coração batendo ritmicamente pelas caixas de som do consultório.

—Estou ansiosa para acompanhar essa consulta. -Mamãe comentou. —Primeira de muitas que irei junto...

—A senhora sabe que é muito bem-vinda e que a Rach te ama como se fosse uma segunda mãe. -Comentei. —Queria que o papai fosse com a gente, ele quer tanto participar desses momentos, mas anda tão ocupado com as empresas da família. -Não escondi meu desapontamento por não ter a companhia do homem mais importante da minha vida em um dos meus momentos mais felizes e significativos. —Queria muito mesmo...

—As empresas estão passando por momentos de turbulência e seu pai está tentando resolver o problema, pois, agora mais do que nunca, precisamos de certa estabilidade financeira para ajudar vocês com os gastos de um recém-nascido. -Mamãe comentou e foquei meus olhos no chão por alguns momentos. —Você sabe que não precisa se preocupar com isso, não é? -Ela sabe como fico preocupada com situações como essas.

—Fico preocupada com os problemas da empresa e principalmente com o papai passando tanto nervoso...

—Você não deve lembrar, mas passamos por situação parecida quando você era criança. -Ela comentou.

—E o que aconteceu? -Perguntei enquanto penteava meus cabelos. —Como contornaram a situação, mãe?

—Seu pai trabalhou incansavelmente por dias e foi ao fundo do problema para resolver, filha. -Comentou. —Ele colocou tudo nos eixos naquela época e dará um jeito novamente. Você não precisa se preocupar com essas bobagens. Se concentre em auxiliar sua namorada e cuidar do bebê, ok? -Perguntou e concordei.

—Eles sempre serão minha prioridade, mãe. -Eu disse um pouco envergonhada e ela deu uma risadinha.

—Vou esperar lá embaixo. -Comentou. —Também vou tentar falar com o seu pai e ver como anda as coisas.

Entrei no banheiro para escovar meus dentes e tentar dissipar aqueles pensamentos ruins que se formaram. Ao voltar para o quarto, notei que estávamos quase atrasadas para buscar a Rachel e ela odeia atrasos. Hoje não usaria meu uniforme, já que passaria mais tempo fora do colégio, e optei por não fazer nenhum tipo de maquiagem.

—Fico feliz que as coisas estão se ajeitando, Russel. -Mamãe estava ao telefone quando desci as escadas. —Claro que mando, querido!

—O que ele disse? -Perguntei assim que ela se despediu e desligou o celular. —Está tudo bem por lá, mãe?

—Conseguiram identificar o problema e estão em busca de uma solução, Quinnie. -Disse com um sorriso. —Seu pai mandou um beijo para você e prometeu que estará presente na próxima consulta da Rachel, pois está louco de vontade de ver o "netinho". -Mamãe fez aspas com as mãos. Meus pais ainda estão competindo o cabo de guerra dos sexos e nunca consigo esconder meu sorriso. —Podemos ir? -Perguntou.

—Ah, droga! -Olhei o relógio. —Estamos atrasadas! -Ia correndo pegar minhas chaves, mas, ela me parou.

—Eu vou dirigir. -Mamãe balançou as chaves do seu carro. —Agora vamos logo ou Rach vai ficar uma fera!

O trajeto até a casa da minha namorada foi bem agradável. Minha mãe colocou algumas músicas dos Rolling Stones e chegamos à conhecida casa cantando uma das nossas canções favoritas e estamos dentro do horário, o que era fantástico. Descemos do carro, pois, mamãe precisava usar o banheiro devido alguns problemas femininos.