Acaso Libertino 💣⚡- Concluída

191° Capítulo

Narração: Micaella

Ainda extasiada, acordei e a primeira coisa que pensei foi na minha filha, ainda mais depois de perceber que barriga havia murchado. Daniel estava no quarto andando inquieto, abria e fechava a porta...
Micaella: Cadê a minha filha? -pergunto preocupada pensando no pior.
Daniel: Oi mona!!! Até que enfim acordou hein! E aí?
Micaella: Cadê a Eloá? -insisto em perguntar; prestes a cair no choro.
Daniel: Pegaram ela ainda agora para dar alguma coisa, a criança está cheia de fome Micaella!!! -Disse rindo apavorada.
Fui tentar levantar e senti umas dores horríveis, Deus é mais!
Micaella: Gente, o que rolou?
Daniel: Calma bicha! Não é assim não, tu está operada né... Porra tu soubesse quantas transferência foram feita de tu...não tem noção do que passou viada...
Micaella: Eu não me lembro de nada disso, sabia nem que minha filha tinha nascido; isso é o cúmulo a menina já nasceu e a mãe ainda não conheceu, putz!
Daniel: Muito linda amiga, parabéns! Um amorzinho ela, calma igual o pai... -contava todo bobo com à afilhada.
Micaella: E parece comigo né bicha?? -pergunto curiosíssima, doida para ver a minha menina.
A porta se abriu e entrou uns três médicos e a bebê no colo de um deles, provavelmente era a minha filha.
— Olha quem está aqui!? —Disse uma das enfermeiras rindo, se aproximando de mim- Mais dorme hein mãezinha.
Micaella: Ai, deixa eu ver... É minha filha??? -pergunto ainda desacredita; eu sou mãe?¿ é isso mesmo?
Eu segurando às lágrimas e nervosa e, morrendo de amores mesmo sem nem ver.

Me passaram ela ainda com o rostinho coberto e quando eu tirei o pano senti diversas emoções, transbordando amor e gratidão, comecei a rir descontroladamente de nervoso e sei lá mais o que que eu não conseguia distinguir, muito amor!!! Foi uma conexão só nossa, tão pura, tão aprazível.
Acho que nunca tive um momento assim na minha vida, minha filha era a coisa mais linda desse mundo e a minha cara.
Micaella: Gente, é muito minha!!! -Digo embasbacada, risonha.
Daniel: Agora você alimenta essa bichinha, coitada!

Me instruíram em como amamentar e pegamos o ritmo logo, Eloá estava com a fome monstra mesmo sugava numa força e a mesma intensidade eu só sabia amar e babar na minha joia raríssima.
Micaella: Foi horrível Dani, ela morreu né? Vida se paga com vida!!! Ela tentou tirar a minha, a nossa porra.
Daniel: Irmã, morreu e dona Míriam está com medo agora né...maior problemão pro teu pai resolver agora. -comentava.
Micaella: Menos uma pra tirar o nosso sossego, isso foi o ápice bi... Eu me vi perdendo a minha filha naquele lugar que tão perto de tudo e ao mesmo tempo tão longe... Depois que o Xandinho me tirou da escuridão e eu vi a luz do dia eu apaguei... -conto só o que eu lembro.
Daniel: Me contaaa... O que o gordo tem a ver mona? Ele estava lá? -indagava assustada- Suspeito...
Micaella: Sei lá, só sei que foi ele quem me tirou daquele lugar no colo, eu não tinha nem mais ânimo de vida quando ele apareceu, foi depois da rajada de tiro.
Daniel: Tô chocada!!! Ó, tô arrepiada. -Falou mostrando o braço- Irmã...a vida é foda mesmo, se retratar né pelo menos uma vez na vida fazer uma coisa boa.
Micaella: Se o outro souber disso, vai morrer... -Digo rindo- Tô rindo, mas olha eu acho que eu nem estaria aqui pra contar essa história Dani se não fosse ele né...

Eu estava era abismada com a chegada do meu presentinho ainda mais agora que ficou tudo bem, parece que aquilo foi algo da nossa cabeça, de tão inacreditável que foi; e não me importa quem ajudou eu terei gratidão eterna independente de qualquer situação passada, porém isso não quer dizer que vou ter convivência ou coisa do tipo só por ter gratidão. Por recompensa eu vou perdoar o Alexandre, perdoar por mim e pela minha irmã, não quero carregar nada disso comigo e até porque a partir de agora eu quero seguir à minha nova vida sem remoer e me deparar com vestígios do passado.
São águas passadas!
Encerrou aqui.
Já a ordinária safada teve o que merece e à essa hora deve está acertando as contas com o capeta!!!
Nada fica impune, nem o bem que você faz, tampouco o mau que você pratica. . .